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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Aprovar mais despesas sem indicar fonte é 'presente de grego', diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (30), em Caruaru (PE), que aprovar projetos que aumentem os gastos públicos sem indicar a origem dos recursos é um "presente de grego". Ainda segundo a presidente, "não é propícia" a discussão desses temas em tempos de crise financeira internacional.
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Em entrevista a rádios locais de Pernambuco, Dilma foi perguntada se seria um "presente" o Congresso não discutir a Emenda 29, que fixa percentuais de investimentos da União, estados e municípios na saúde, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que determina um piso salarial nacional.
"Eu não quero é que me deem presente de grego. Eu quero saber como serão os investimentos necessários para garantir saúde de qualidade, de onde vão sair os recursos. O que considero é que, num momento de crise financeira internacional, não é propícia a aprovação de despesas sem dizer de onde virão os recursos. Que eles aprovassem as despesas, mas tivessem firmeza e coragem de aprovar também de onde vão vir os recursos", disse a presidente.

Presidente Dilma cumprimenta população de Cupira, em Pernambuco, onde assina ordens de serviços de obras de barragens (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
A presidente disse ainda não crer que a Emenda 29 vá resolver a questão da saúde no Brasil. "Eu acho que o caso da saúde não se resolve só com a Emenda 29. Acho uma temeridade alguém achar que só aprovando uma lei que define percentuais de gastos vai revolver o problema da saúde. Em qualquer lugar, não só no Brasil, a saúde é cara."
Economia nas contas públicas
Dilma também comentou as medidas anunciadas na segunda-feira (29) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de aumentar a meta de superávit primário, a economia feita para pagar juros da dívida pública em R$ 10 bilhões neste ano.
A presidente garantir que não haverá cortes em programas sociais. "Nós vamos manter todos os investimentos, vamos manter o PAC, o Minha Casa, Minha Vida, as obras da COpa, as barragens como essa que vamos dar início aqui (Dilma foi a Pernambuco assinar contrato de construção de barragens). E vamos manter todos os programas sociais, Bolsa Família."
Dilma disse que cortar os gastos públicos é uma forma de assegurar "que o Brasil continue crescendo porque essa é a nossa maior defesa contra a crise, nosso mercado interno". "É o que garante que sejamos um país que conte com suas próprias forças, o que vai manter os empregos e a economia crescendo. A maior resposta contra a crise é o crescimento do país."
Segundo mandato
Ao comentar as obras de transposição do Rio São Francisco, no Nordeste, a presidente evitou fazer comentários sobre uma possível disputa à reeleição. Sobre a transposição, disse que trata-se de uma construção "complexa" e disse que uma parte será inaugurada até o final de 2014 e outra no quatro trimestre de 2015, quando seu mandato já terá acabado. O entrevistador perguntou "Somente no segundo mandato?", e a presidente respondeu: "Nunca se sabe".

Drogarias São Paulo e Pacheco anunciam fusão

A Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco anunciaram nesta terça-feira (30) a fusão dos negócios de varejo farmacêutico das duas companhias e a criação da Drogarias DPSP S.A. (DPSP).
Segundo comunicado das empresas, a "nova companhia nasce como a maior empresa varejista de produtos farmacêuticos e 7ª maior rede de varejo do país, com receita bruta combinada de R$ 4,4 bilhões nos 12 meses encerrados em junho de 2011, 691 lojas e presença em 5 estados brasileiros".
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A fusão ocorre após a união da Drogasil e da Droga Raia, anunciada no dia 2 de agosto como líder absoluta do varejo farmacêutico brasileiro.
A Drogaria São Paulo e a Pacheco utilizaram o critério faturamento para se definirem como a maior empresa de varejo farmacêutico do Brasil. Em termos de número de lojas, entretanto, a nova companhia fica atrás da Raia Drogasil, que concentra uma rede com 720 drogarias (362 da Droga Raia e 358 da Drogasil) em nove estados e R$ 4,1 bilhões de receita bruta.

Drogaria São Paulo possui 348 lojas (Foto: Divulgação)
"Com a operação, foi criada uma nova companhia, mais forte e competitiva com operações altamente complementares. As marcas “Drogaria São Paulo” - líder no estado de São Paulo - e “Drogarias Pacheco”- líder no estado do Rio de Janeiro serão mantidas", afirmam a DPSP em comunicado.
A gestão da nova companhia será compartilhada entre o Grupo Carvalho e o Grupo Barata, que terão iguais poderes na definição e implementação das estratégias da companhia. A nova empresa terá como presidente do Conselho de Administração Samuel Barata e será presidida por Gilberto Martins Ferreira.
A empresa não fez comentários a respeito da sobreposição de pontos ou sobre ganhos de sinergia esperados pelo comando

O Pátria Investimentos e o escritório Machado Meyer atuaram como assessores financeiro e legal da Drogaria São Paulo. O Banco Espírito Santo e o escritório Pinheiro Neto trabalharam para a Drogarias Pacheco.
A fusão será agora submetida à apreciação das autoridades brasileiras de defesa da concorrência.
Drogaria São Paulo
Com 68 anos de atuação, a Drogaria São Paulo é hoje a 2ª maior rede de varejo farmacêutico do Brasil, com cerca de 348 unidades em operação nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, segundo informou a companhia. A rede faturou R$ 2,2 bilhões em 2010 e atende mais de 6 milhões de clientes por mês. No ano passado adquiriu as 72 lojas da rede Drogão.

Drogarias Pacheco
A Drogarias Pacheco é uma empresa com quase 120 anos de atuação que comercializa medicamentos e produtos de higiene e beleza com presença líder em todo o estado do Rio de Janeiro. A companhia tem 343 lojas, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. A Drogarias Pacheco informa ter obtido em 2010 faturamento de R$ 1,8 bilhão, com cerca de 7 milhões de clientes atendidos por mês.