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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Próximo 'ficha suja' só deve ser julgado pelo STF depois da eleição

Há pouca chance de o Supremo Tribunal Federal (STF) definir se a Lei da Ficha Limpa deve ser aplicada nesta eleição antes da votação de domingo (3). Isso porque, até a noite desta quarta-feira (29), nenhum recurso sobre o tema havia chegado ao tribunal.
Nesta quarta-feira (29), os ministros do STF decidiram, por seis votos a quatro, extinguir o recurso que deu origem à discussão sobre o tema no tribunal.
Após o TSE ter se decidido favorável à aplicação imediata da lei nesta eleição, o caso chegou ao Supremo por meio de um recurso do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz. Houve empate na votação e impasse sobre o critério de desempate. Roriz desistiu da candidatura, e o recurso foi declarado extinto. Agora, para uma decisão final, é necessário que um novo recurso chegue ao plenário, a fim de que os ministros possam discutir o mérito da questão.
De acordo com a assessoria de imprensa do STF, oficialmente não há nenhum recurso sobre o tema no tribunal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que vai remeter um processo para o STF na manhã desta quinta-feira (30).
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- Confira candidatos com situação indefinida devido à Lei da Ficha Limpa
Quando o recurso chegar, precisa ser distribuído e analisado pelo relator. Para uma solução até domingo, o relator deve incluir o processo na pauta da sessão desta quinta (30), o que deveria ser feito ainda nesta quarta (29). A sessão de quinta é a última antes do pleito.
Há uma possibilidade, no entanto, de o ministro solicitar a votação mesmo sem estar na pauta. A assessoria de imprensa do Supremo admitiu que a probabilidade de uma votação antes da eleição é 'mínima'.
Na segunda (27), o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, assinou documento que permitia o envio de um recurso extraordinário do candidato a deputado estadual pelo Ceará Francisco Chagas (PSB) ao STF. De acordo com a assessoria, os papeis saem do tribunal na manhã de quinta.
O recurso extraordinário é um instrumento usado para questionar uma decisão com a alegação de que ela contraria a Constituição Federal. No caso do TSE, é o presidente que recebe e decide se envia o recurso para a Corte Suprema. O recurso só é enviado se há questão constitucional.
A decisão em vigor é a do TSE, de que a lei deve ser aplicada nesta eleição. No entanto, os candidatos que tiveram registro indeferido podem concorrer normalmente até decisão final de seus recursos. Se, após a eleição, o Supremo decidir que a lei deverá ser aplicada, isso afeta o resultado da eleição.
Francisco Chagas teve o registro de candidatura indeferido porque foi condenado por compra de votos em 2006 e se tornou inelegível por três anos. A Lei da Ficha Limpa aumentou essa pena para oito anos e, por conta disso, Chagas estaria inelegível. A defesa alega que ele já havia cumprido a pena e que a lei não poderia retroagir. A defesa defende também que, para valer, a lei deveria ter sido sancionada um ano antes da eleição. A Constituição prevê que mudanças no processo eleitoral ocorram um ano antes. Alguns juristas entendem que inelegibilidade não muda o processo eleitoral.
Além de Chagas, pelo menos três candidatos tiveram candidatura indeferida pelo TSE, mas recorreram ao próprio tribunal: a deputada federal candidata à reeleição Janete Capiberibe (PSB-AP); o deputado federal Paulo Rocha (PT-PA), que tenta o Senado pelo Pará; e a ex-governadora do Distrito Federal Maria de Louder Abadia. Jader Barbalho (PMDB-PA), que também tenta o Senado pelo Pará, teve recurso do TSE negado, mas ainda pode tentar ir ao Supremo.
A decisão em vigor é a do TSE de que a lei deve ser aplicada nesta eleição. No entanto, os candidatos que tiveram registro indeferido podem concorrer normalmente até decisão final do STF. Se, após a eleição, o Supremo decidir que a lei deveria ser aplicada, isso afeta o resultado da eleição.

"Fui traído pelo meu partido", diz Alvaro Dias ao iG

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou em visita ao iG nesta quarta-feira que foi traído pelo próprio partido em seu Estado, o Paraná. "Eu fui traído desde o primeiro momento no Paraná pelo meu partido. (...) Não só eu. O candidato à Presidência da República (José Serra) também", disse. Segundo ele, essa "traição" fez com que se sentisse "desobrigado" a apoiar o candidato do PSDB ao governo do Paraná, Beto Richa."Houve uma traição ao compromisso assumido e isso desestruturou o que poderia ser o maior palanque pró-Serra, com forças que acabaram se confrontando", explicou.

Quase vice de Serra, o senador declarou seu apoio ao irmão Osmar Dias (PDT), principal rival de Beto Richa no Estado, e afirmou que além da questão familiar, seu posicionamento contrário ao tucano é uma questão de "princípios éticos". "Figuras desprovidas de certos valores como dignidade não podem receber meu apoio. (Beto Richa) tem uma gestão que eu não aprovo com relação a certos comportamentos e, sobretudo, essa facilidade com que se desrespeita compromissos", disse. Segundo Alvaro Dias, sua decisão de ajudar o irmão, indo contra o próprio PSDB, foi motivada pelas "agressões despropositadas" de Richa a Osmar Dias. "Declarei meu voto, o voto do ser humano, que tem família, e que vota no irmão", afirmou.

Com a decisão controversa, Álvaro Dias se colocou em uma situação delicada, especialmente no caso de derrota da candidatura do irmão, apoiado pelo PT. Isso porque com Beto Richa no poder no Estado, o senador estaria isolado dentro da legenda. "O que me conforta mais nessa decisão é que é o melhor para o Estado", disse.

O senador negou que tenha traído o PSDB. "Tenho sido leal, tenho me colocado à disposição de Serra em todos os momentos. (...) Eu desde o primeiro momento tenho estado ao lado de Serra, mesmo com essa situação desagradável de ter sido indicado a vice", disse. Álvaro Dias garante que, se Serra for para o segundo turno contra a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, estará ao lado do tucano para "reunir lideranças dispersas em torno de seu projeto".

Para ele, no segundo turno "não há tempo para articulação política" e, por isso, é importante investir na comunicação. O senador diz acreditar na vitória de Serra na eventual segunda etapa "já que os projetos pessoais estão eliminados, os interesses eleitorais locais estão realizados, solucionados para o bem ou para o mal".

Leia os principais trechos da entrevista de Alvaro Dias ao iG:



Senador fala sobre apoio a irmão
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iG: O senhor chegou a ser confirmado vice de Serra e voltou atrás por causa do seu irmão. Agora, Osmar Dias tem uma disputa difícil no Paraná. Valeu a pena?

Alvaro Dias: Eu iniciei o processo eleitoral do Estado dizendo que ficaria distanciado da disputa pelo governo porque tinha um irmão concorrendo contra o meu partido. Seria difícil entender eu trabalhando para derrotar meu próprio irmão. E seria difícil entender eu trabalhando para derrotar meu próprio partido. Foi uma conjuntura inusitada e eu acabei anunciando que se não ocorresse nenhum fato inusitado preponderante eu ficaria distante do processo eleitoral no Estado. Depois, há poucos dias, o candidato do meu partido passou a agredir despropositadamente o meu irmão. Obviamente, não pude ficar, diante da injustiça que se praticava contra um irmão, eu não poderia ficar numa postura de neutralidade. Então, declarei o meu voto. O que me conforta mais nessa decisão é que é o melhor para o Estado.



Álvaro Dias critica gestão de Beto Richa
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iG: Então a questão familiar se sobrepôs a questão partidária?

Alvaro Dias: Foi a questão familiar aliada a princípios éticos. Eu sinceramente não tenho coragem de apoiar no Estado aquilo que eu condeno no plano nacional. As figuras que são desprovidas de certos valores que implicam em ter dignidade não podem receber meu apoio sob pena de eu estar agindo de forma incoerente e pouco transparente e, sobretudo, insincera.

iG: Quando o senhor fala em falta de ética, está se referindo ao Beto Richa, que é do PSDB, o seu partido.

Alvaro Dias: Exatamente. É um comportamento sem nenhuma razão de ser na campanha e uma gestão que eu não aprovo com relação a certos comportamentos e, sobretudo, essa facilidade com que se desrespeita compromissos.



Fui traído pelo PSDB, diz Álvaro Dias
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iG: Mas o senhor teme sair dessa eleição como traidor?

Alvaro Dias: Ao contrário. Eu é que fui traído desde o primeiro momento no Paraná, pelo meu partido. Não pelo meu partido, mas por pessoas que comandam o partido. Aliás, não só eu. O candidato à Presidência da República... Ainda ontem tivemos o debate no Paraná e o único candidato que não citou o nome do candidato à presidente foi o do PSDB. Os demais todos citaram. O do PSDB ignora a existência do projeto maior, que é um projeto prioritário para o País, desde o primeiro momento. É evidente que isso me desobrigou de apoiá-lo. Se não há solidariedade ao candidato à Presidência por parte do candidato no Estado, por que haveria eu de apoiá-lo diante de todos os fatos já conhecidos?

iG: O PSDB já entrou na campanha desarticulado dessa forma?

Alvaro Dias: No Estado, sim. O candidato (Beto Richa) disse que foi "convocado" e que, por isso, deixou a prefeitura (de Curitiba) depois de um ano e três meses de mandato. Mas não foi bem assim porque houve uma prorrogação do diretório com o compromisso de que o candidato seria escolhido de acordo com pesquisas. As pesquisas me davam vantagem, mas não foram respeitadas. Quando essas pesquisas vieram ao conhecimento, simplesmente se reuniu a Executiva (do partido) e deliberou que elas não teriam nenhum valor para a escolha do candidato. Houve uma traição ao compromisso assumido e isso desestruturou uma aliança que poderia ser fortíssima no Paraná em favor da candidatura Serra. Certamente teríamos o maior palanque do Brasil pró-Serra, com a junção de forças que acabaram se confrontando agora na campanha Estadual.

iG: Em uma entrevista, Serra afirmou que nunca fez "passa-moleque", se referindo a tropeços na campanha, incluindo a escolha do vice. Eu pergunto: o senhor fez "passa-moleque" no Serra?

Alvaro Dias: Não, não foi a mim que ele se referiu. Eu estou desde o início, mesmo sendo preterido para vice - não fui eu que me retirei da posição, eu fui retirado na madrugada e aceitei. Eu tenho estado ao lado dele (Serra) mesmo com essa circunstância desagradável de ter sido indicado a vice e não ter permanecido. Tenho sido leal, tenho me colocado à disposição em todos os momentos. Acho o Serra disparado o mais bem preparado dos nossos candidatos.

iG: Num eventual segundo turno, como o PSDB poderá unir as lideranças locais?

Alvaro Dias: No segundo turno essa união ocorre de forma natural e espontânea. Não há muito tempo para articulação política. É uma campanha de comunicação. Além de catalizar a opinião pública, vai reunir lideranças dispersas em torno de seu projeto. Para a oposição é muito importante essa adesão no segundo turno já que os projetos pessoais estão eliminados. Os eventuais interesses eleitorais localizados estão realizados para o bem ou para o mal. É humano que a ambição pessoal acabe prevalecendo. Agora no segundo turno isso acaba. Então, podemos reaglutinar as forças oposicionistas.

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma mantém 49% e Serra sobe para 26%

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, manteve 49% das intenções de voto e estaria eleita se o pleito fosse hoje, segundo a pesquisa diária Vox Populi/Band/iG divulgada nesta quarta-feira.

Os dados levantados ontem apontam que o segundo colocado, José Serra (PSDB), subiu de 25% para 26%, enquanto Marina Silva (PV) permaneceu com 12% em relação à última pesquisa.

Votos brancos e nulos somam 3%, e os indecisos são 9%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Veja a evolução dos candidatos nas pesquisas diárias.

O “tracking” tem a renovação da amostra de entrevistados como sua principal diferença em relação às pesquisas convencionais. O Vox Populi ouve 500 eleitores por dia e trabalha com uma amostra consolidada de 2.000 entrevistas a cada quatro dias. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 27.428/10.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Brasileiros esperam mais cuidados da família na velhice, diz estudo

Os brasileiros são os que mais esperam ser sustentados pela família na velhice, segundo uma pesquisa feita em 12 países.
A pesquisa da multinacional de seguro de saúde Bupa, conduzida pela universidade London School of Economics, foi feita com mais de 12 mil entrevistados em junho deste ano. No Brasil, 1.005 pessoas foram ouvidas.
Três em cada quatro brasileiros entrevistados disseram acreditar que sua família vai sustentá-los na velhice. Em países como França, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha, menos de 70% das pessoas acreditam que serão sustentadas pelos parentes ao chegarem a velhice.
Os brasileiros também estão entre os que mais acreditam que a responsabilidade de ser sustentado na velhice é dos seus familiares - dois em cada três entrevistados manifestaram esta visão na pesquisa da Bupa. Na Grã-Bretanha, menos de 30% atribuem à família a responsabilidade de sustentá-los na velhice.
Planejamento
O estudo também revelou que os brasileiros são os que mais têm expectativas positivas sobre chegar à terceira idade - 17%.
Os brasileiros só perdem para os franceses na "sensação" de juventude. Entre os entrevistados com 65 anos ou mais, 72% disseram que não se sentem velhos, e 67% se declararam saudáveis.
No entanto, apesar da perspectiva positiva sobre a terceira idade, 64% dos brasileiros disseram não estar se preparando financeiramente para a velhice. Menos de 7% das pessoas disseram estar separando dinheiro para quando pararem de trabalhar.
"É realmente animador ver que tantos brasileiros não se sentem velhos e estão até com boas expectativas sobre a velhice, mas as pessoas não podem ser complacentes", disse o diretor médico da Bupa International, Sneh Khemka.
Os brasileiros também estão entre os que menos atribuem ao Estado o papel principal no sustento das pessoas idosas. Como nos Estados Unidos, Alemanha e Índia, menos de 10% dos brasileiros acreditam que a responsabilidade maior no cuidado de idosos é do Estado.
Na China e Grã-Bretanha, mais de 25% dos entrevistados esperam que o Estado os sustentará na velhice.
A pesquisa revelou que a principal preocupação das pessoas ao chegar à velhice é com doenças como câncer (para 34% dos entrevistados nos 12 países) e demência (23%).

domingo, 19 de setembro de 2010

Dilma segue com 51% e Serra tem 24% na pesquisa diária Vox/Band/iG

A pesquisa diária de intenções de voto Vox Populi/Band/iG divulgada neste sábado mostra que a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, manteve o índice de 51%.

José Serra, que concorre pelo PSDB, oscilou um ponto para cima em relação ao levantamento anterior e agora tem 24%. Marina Silva, do PV, está com 9%. Veja a evolução dos candidatos na pesquisa diária.

Votos brancos e nulos somam 5% e os indecisos, 11%. A margem de erro do levantamemto é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

O “tracking” tem a renovação da amostra de entrevistados como sua principal diferença em relação às pesquisas convencionais.

O Vox Populi ouve 500 eleitores por dia e trabalha com uma amostra consolidada de 2.000 entrevistas a cada quatro dias. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 27.428/10.

China suspende contato com Japão após disputa em fronteira marítima

A China suspendeu os intercâmbios de alto nível com o Japão neste domingo (19) e prometeu duras medidas defensivas após um tribunal japonês estender a detenção de um capitão de um barco chinês que colidiu com dois navios da guarda costeira japonesa.
A disputa entre as duas maiores economias da Ásia se aprofundou desde o Japão prendeu o capitão, acusando-o de deliberadamente atingir um navio patrulha e obstruir a aproximação de funcionários públicos japoneses a ilhotas desabitadas no Mar da China Oriental, reivindicada pelos dois lados.
A China exigiu "que o Japão liberte imediatamente o capitão, sem quaisquer condições prévias", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, repetindo que a China viu a detenção como ilegal e inválido. "Se o Japão age deliberadamente e insiste em repetir o erro, o lado chinês vai tomar contramedidas fortes, e todas as consequências devem ser suportadas pelo lado japonês", disse Ma.
A decisão do Japão "prejudicou seriamente as relações sino-Japonesas", acrescentou a televisão estatal. A China suspendeu as relações de nível ministerial e provincial com o Japão.
A agência de notícias japonesa Kyodo informou que a detenção do capitão tinha sido prorrogada até 29 de setembro. O governo japonês não divulgou nenhuma resposta oficial.

Campanha de Serra pede que TSE aplique multa para Erenice e Dilma

A coligação O Brasil Pode Mais (PSDB, DEM, PTB, PPS, PMN e PT do B), que apoia a candidatura do tucano José Serra à Presidência da República, apresentou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um pedido de aplicação de multa para a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra e para a candidata petista Dilma Rousseff. A representação refere-se à nota divulgada pela Casa Civil na última terça-feira, véspera do pedido de demissão de Erenice Guerra.

Na nota, a ex-ministra da casa civil se referiu ao candidato do PSDB como “aético e já derrotado”. A nota oficial também pede a apuração rigorosa de denúncias da existência de um suposto esquema de lobby envolvendo a ex-ministra e seus familiares.

No entendimento da campanha de Serra, a nota “procurou de forma imprópria e indevida” relacionar tais imputações à candidatura de José Serra. Os tucanos alegam que Erenice Guerra teria incorrido em conduta vedada a agente público, quando procurou desqualificar o candidato adversário de sua correligionária, no caso, Dilma Rousseff.

De acordo com informações do TSE, a coligação pede a aplicação de multa a Erenice Guerra e a Dilma Rousseff em valores que podem variar de 5 mil a 100 mil UFIR (Unidade de Referência Fiscal), com base no artigo 73, parágrafo 4º da lei das Eleições (9.504/97). O tribunal informou ainda que a representação está sob a análise do ministro Henrique Neves.

TV completa 60 anos com o fim da era dos aparelhos de tubo

A televisão brasileira completa 60 anos neste sábado, dia em que a primeira transmissão oficial foi realizada pela Rede Tupi, no canal 3, em 1950, em São Paulo. Mas o ano em que a TV comemora seu 60º aniversário também deve entrar para a história como o declínio da era dos televisores de tubo no País.

Ao longo de seis décadas, os cinescópios - ou os tubos de raios catódicos, conhecidos pela sigla em inglês CRT (cathodic ray tube) - passaram por várias revoluções tecnológicas, como a mudança da imagens em preto e branco para cores, a alteração da captura de sinais por antena para as transmissões a cabo, o lançamento do videocassete, sucedido anos depois pelo aparelho de DVD. Até hoje, os televisores são chamados de “linha marrom” pelos varejistas, termo herdado dos tempos em que os gabinetes eram feitos de madeira e funcionavam com válvulas.

O CRT, porém, não resistiu ao aparecimento das tecnologias de plasma e cristal líquido (LCD), que difundiram-se nos países desenvolvidos nos últimos dez anos. E outras novas tecnologias continuam chegando às lojas, como as telas de LED e 3D.

Leia também:
Pioneira no País produzirá TV de tubo por mais três anos
O Brasil, ao lado da Índia e de países africanos, é um dos poucos lugares do mundo onde os televisores de tubo ainda são fabricados. Mas, a partir de 2011, as vendas desses aparelhos vão se tornar cada vez mais residuais e, dentro de três anos, os fabricantes devem encerrar de vez a sua produção, dizem especialistas e fabricantes ouvidos pelo iG.

A Philips já não fabrica mais CRTs, e a Samsung deve parar sua produção em 2011 no Brasil. A indústria brasileira Semp Toshiba, que liderou o mercado de televisores nos últimos 20 anos no País, pelo menos, prevê fechar a linha de produção de aparelhos de tubo em 2013.

Pela primeira vez, serão vendidos em 2010 mais televisores de telas de LCD e plasma do que CRTs no mercado brasileiro. A previsão da indústria é de que sejam comercializados neste ano 6,5 milhões de aparelhos de TV de tela fina (LCD, plasma e LED) e algo entre 4,5 milhões e 5 milhões de aparelhos de tubo no País.

Substituição acelerada

Daqui para a frente, a substituição do CRT pelas novas tecnologias vai ocorrer de uma forma mais acelerada devido a uma escassez cada vez maior de componentes, na avaliação de especialistas. A Samsung, por exemplo, que fornecia cinescópios para outros fabricantes, parou de produzi-los no Brasil neste ano. Com isso, a TV de tubo tende a ficar cada vez mais cara, como aconteceu com as vitrolas ou os videocassetes, enquanto os televisores de LCD tendem a se tornar cada vez mais baratos, em razão dos ganhos de escala de produção.

“Os preços dos televisores de LCD já ficaram muito competitivos em relação ao tubo”, afirma Rafael Cintra, gerente da divisão de televisores da Samsung. Um LCD de 22 polegadas já é vendido por cerca de R$ 600, um valor próximo ao de um aparelho de tubo de 21 polegadas, sendo que as telas dos primeiros aparelhos são no formato “widescreen” (retangular), enquanto as telas das TVs CRT são quadradas.
O lançamento das telas de plasma e LCD, bem como a captura de sinais de TV por aparelhos móveis, revolucionou a forma como as pessoas se relacionam com os televisores. Na era do CRT, o consumidor escolhia entre uma tela de 14, 21 e 29 polegadas e optava por uma ou outra marca pela qualidade da imagem.

Hoje, porém, o grande número de opções de formatos, de vários tipos de polegadas, a oferta de novos recursos, como entrada HDMI, além da convergência tecnológica com os computadores pessoais, transformaram a compra de um televisor em uma escolha muito mais complexa. E a diferença de qualidade entre uma e outra marca também deixou de ser algo que salta aos olhos, como acontecia no passado, já que qualquer indústria pode ter acesso aos componentes, produzidos em grande parte na China.

Ciclo de vida

Os ciclos de vida das tecnologias também estão cada vez mais curtos, o que deve fazer com que os consumidores se sintam impelidos a trocar o televisor em um prazo cada vez menor, como já acontece com os computadores. A tecnologia plasma, por exemplo, mal surgiu e já foi substituída pelo LCD. Mesmo no Brasil, as vendas de televisores de plasma já estacionaram em 500 mil peças. Nos próximos anos, a expectativa é que o LCD deve ser trocado pelo LED, cuja espessura das telas é bem mais fina, inferior a 1 centímetro.

Muitas das marcas que reinaram durante os 60 anos da predominância do CRT também não resistiram. As coreanas LG e Samsung, que chegaram ao Brasil em meados da década de 1990, conseguiram se consolidar no Brasil, ganharam prestígio com os consumidores e ocuparam o espaço deixado por grandes nomes no passado, como Sharp e Mitsubishi.

As duas marcas japonesas desapareceram do mercado brasileiro nos últimos dez anos devido aos problemas financeiros enfrentados pelos seus parceiros locais. A Sharp era sócia da família Machline, que faliu depois da morte do fundador Mathas Machline em um acidente aéreo em 1994, enquanto a Mitsubishi possuía um acordo com o empresário Leo Kryss, que entrou em dificuldades financeiras após a quebra da rede de varejo Arapuã, em 1998.

Culpados devem ser 'drasticamente' punidos, diz Dilma sobre denúncias

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse neste sábado (19), em Campinas, que nunca abrigou ou tomou conhecimento da ocorrência de atos ilegais na Casa Civil no período em que ocupou a pasta, de junho de 2005 a março de 2010.
Reportagem da revista “Veja” deste final de semana afirma que houve pagamento de propina em licitação para a compra do remédio Tamiflu – usado no tratamento da gripe H1N1 – e a liberação de uma concessão ao marido da ex-ministra Erenice Guerra para operar no mercado de telefonia celular em São Paulo.
Segundo a revista, funcionários da Casa Civil teriam recebido pacotes de dinheiro, contendo R$ 200 mil, supostamente pela intermediação de um contrato de R$ 34,7 milhões para a compra emergencial do medicamento.
Já a concessão ao marido de Erenice teria saído por influência da ex-ministra.
Entenda o caso da suspeita de tráfico de influência na Casa Civil
"Eu não tive acesso ainda a essa reportagem [de 'Veja´], mas tenho uma posição muito clara quanto a isso. Todas as denúncias têm de ser rigorosamente apuradas e investigadas. Acredito que as pessoas culpadas têm de ser drasticamente punidas", afirmou Dilma. "Eu tenho um histórico de vida pública. Jamais permiti, jamais abriguei práticas ilegais nas minhas proximidades. Não faria isso também na minha campanha."
Eu não tive acesso ainda a essa reportagem, mas eu tenho uma posição muito clara quanto a isso. Todas as denúncias têm de ser rigorosamente apuradas e investigadas. Acredito que as pessoas culpadas têm de ser drasticamente punidas"
Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência
A revista afirma que a empresa Unicel, dirigida pelo marido de Erenice, o engenheiro elétrico José Roberto Camargo Campos, teria conseguido, em 2005, concessão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para operar telefonia celular em São Paulo.
A decisão de incluir a empresa no mercado, segundo a reportagem, teria sido tomada pelo presidente da Anatel, Elifas Gurgel, e contestada por técnicos da agência por suposta falta de capacidade técnica da empresa de Campos para atuar no mercado.
A revista afirma Erenice fez pressão para que técnicos da Anatel modificassem pareceres e aprovassem a empresa do marido e de ter usado sua influência para reduzir a taxa de entrada cobrada nos contratos de concessão de 10% para 1% . Ainda de acordo com a publicação, o negócio teria como alvo o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
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Consultor diz que dinheiro pagaria 'dívidas de Dilma, Erenice e Costa'; citados negam
Ministra Erenice Guerra deixa o governo
Erenice e filhos
A reportagem descreve o que seria um “balcão de negócios” na Casa Civil, com contratos sem licitação envolvendo parentes da ministra. Segundo a revista, Israel Guerra, filho de Erenice, teria cobrado R$ 40 mil de propina do piloto de motocross Flávio Corsini, de Brasília, em troca da liberação de patrocínio de R$ 200 mil com a Eletrobras.
“Não tinha nenhum filho da Erenice na Casa Civil, o que tinha eram amigos. Se esses amigos cometeram delitos, eu lamento a indicação deles, lamento profundamente”, afirmou Dilma. O filho de Erenice Israel Guerra é suspeito de intermediar contratos entre empresas e o governo.
Não tinha nenhum filho da Erenice na Casa Civil, o que tinha eram amigos. Se esses amigos cometeram delitos, eu lamento a indicação deles, lamento profundamente"
Dilma Rousseff
Dar credibilidade à consultor é 'estarrecedor', diz Dilma
De maneira genérica, Dilma criticou a imprensa por divulgar denúncias do consultor Rubnei Quícoli, que apontou cobrança de propina e tráfico de influência na Casa Civil. "Acho estarrecedor que se dê credibilidade [às denúncias] a uma pessoa com aquele currículo."
Quícoli já foi processado por crimes como uso de dinheiro falso, coação e receptação, e passou dez meses preso por desobediência a ordem judicial.
A candidata do PT disse, porém, que não faria pré-julgamento da ex-assessora. “A ex-ministra Erenice trabalhou comigo, e enquanto trabalhou comigo demonstrou muita capacidade, muita competência e muita idoneidade.”
Dilma disse ter recebido telefonema de Erenice na quinta-feira (16), dia em a ex-ministra anunciou sua saída do cargo. “Ela me avisou que ia pedir demissão. Falei que ficava a cargo dela, era problema de avaliação e de critério dela. Ela que soubesse a medida mais correta para tomar”, afirmou a candidata do PT à Presidência.
Outros lados
A Casa Civil informou, por meio de sua assessoria, que todas as denúncias veiculadas pela imprensa serão enviadas ao Ministério da Justiça para serem apuradas no âmbito da investigação já iniciada pela Polícia Federal.
Além disso, a Casa Civil afirmou que vai encaminhar a reportagem, caso haja indício de envolvimento de servidores da pasta na nova denúncia, à Comissão de Sindicância criada na sexta-feira (17) para apurar outros relatos recentes de supostas irregularidades no ministério.
O G1 procurou também as assessorias da Eletrobras e da Anatel e aguarda resposta. O advogado de Israel Guerra, Eduardo Ferrão, afirmou que ainda não tinha conhecimento das novas denúncias. A ex-ministra e o marido não foram localizados pela reportagem.
Encontro com Del Toro
Dilma participa nesta tarde de comício em Campinas, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais cedo, a candidata do PT tomou café da manhão com o ator porto-riquenho Benicio Del Toro, que interpretou Che Guevara no cinema.
A candidata do PT afirmou que o ator se mostrou interessado pela campanha eleitoral no Brasil e que eles conversaram sobre a América Latina e caribenha. “Ele estava muito interessado na eleição. Parece que ele vai ao comício. Acho que vai ser interessante. No Brasil, nós mostramos para ele que nós somos os únicos que fazem comício neste país”, disse.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PF abre inquérito para investigar denúncias contra filho de Erenice Guerra

A Polícia Federal vai investigar as denúncias de tráfico de influência envolvendo Israel Guerra, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. Sobre ele pesa a suspeita de que teria intermediado contratos com os Correios mediante pagamento de propina. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse nesta terça-feira que determinou a instauração do inquérito à PF para que seja feita uma ampla apuração dos fatos noticiados pela imprensa.

“O que interessa neste momento é chegar à verdade concreta dos fatos. A Polícia Federal, a partir de agora, abre esse inquérito e investiga todos os fatos que foram narrados nos últimos dias”.

Em sua defesa, a ministra encaminhou à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério da Justiça ofícios solicitando que sejam abertos processos de investigação para apurar as denúncias. “Ela está muito envolvida em descobrir a verdade, tanto que solicitou a três órgãos da União a apuração da verdade. A melhor maneira de se chegar a essa verdade é por meio de uma investigação policial”.

Segundo Barreto, a investigação não diz respeito à ministra, pois ela não está diretamente envolvida nos fatos. “[As denúncias] dizem respeito a empresas, advogados e pessoas que teriam participado de liberação de licenças. Temos de avaliar se essas liberações foram feitas dentro da normalidade. A investigação da ministra depende de autorização prévia do Supremo Tribunal Federal”.

O ministro informou que ainda não há prazo definido para a conclusão do inquérito, “depende do andamento das apurações”.

Crise projeta o Brasil entre os protagonistas do mundo

Não foi a “marolinha” que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esperava, mas a crise do subprime ajudou o mundo a voltar os olhos para o Brasil. Dois anos após o estopim da maior turbulência econômica dos últimos 80 anos – completados nesta quarta-feira, aniversário da quebra do banco de investimento Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008 -, a economia brasileira ganhou holofotes pela rápida recuperação, após a primeira queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 17 anos, ao contrário do que acontecia em crises anteriores das décadas de 1980 e 1990. Agora, no pós-crise, o País sustenta uma das maiores taxas de crescimento do mundo.

Enquanto na Europa e nos Estados Unidos ainda existem temores com relação a uma nova depreciação da economia, puxada, principalmente, pelos altos índices de desemprego, no Brasil, a discussão é outra: poderá a economia seguir crescendo em um ritmo tão acelerado? Para este ano, espera-se que o PIB cresça acima dos 7%, o que será a maior expansão dos últimos 24 anos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que, até 2014, o Brasil deve crescer, em média, 5,5% ao ano.

O Brasil e o mundo

Compare o desempenho trimestral da economia brasileira frente a emergentes e desenvolvidos


Fonte: IBGE e Departamentos de Análise Econômica locais

O desempenho da economia brasileira surpreendeu o mundo. Desde o estouro da crise, o Fundo Monetário Internacional (FMI) errou todas as projeções que fez sobre o Brasil. Já com relação à Europa, o Fundo se mostrou benevolente e acabou surpreendido por resultados ruins das principais economias da região. Mas o Brasil não passou ileso pela crise. Em 2009, o PIB teve queda de 0,2%, o primeiro recuo desde 1992. No entanto, a baixa foi bem menor que a observada em outros países: nos Estados Unidos, a queda foi de 2,4%, a maior desde 1946, e a União Europeia teve baixa de 4,1%.

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Em 2010, o Brasil também está à frente dos chamados países desenvolvidos: com crescimento de 9% no primeiro trimestre e 8,8% no segundo, o País só é superado pela China em termos de expansão entre as principais economias do mundo.

"A recessão por aqui durou apenas dois trimestres, o último de 2008 e o primeiro de 2009, segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE), da FGV", diz Octávio de Barros, economista-chefe do banco Bradesco. "Cabe destacar que a média histórica de recessão no país é de 5 trimestres. Desde então, foram 5 trimestres consecutivos de expansão forte, cuja média foi de 2,0% ao trimestre."

Desempenho impressionante

“O desempenho do Brasil tem sido extremamente impressionante”, diz Jim O’Neill, economista-chefe do Goldman Sachs e criador do termo Brics (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China). Para ele, o Brasil deve crescer de 5% a 6% na década e, nos próximos 20 anos, deve responder por 5% de toda economia mundial.

O otimismo de O’Neill, no entanto, não deve ser atribuído somente ao desempenho do Brasil no pós-crise. Segundo especialistas brasileiros, a resposta do País está associada a fatores anteriores ao 15 de setembro de 2008. “A crise foi a oportunidade de consolidar a visão de que somos um país estável, previsível e com baixa vulnerabilidade a choques externos”, diz o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, sócio da consultoria Tendências.

É praticamente consenso entre os especialistas que o tripé da política econômica – câmbio flutuante, metas de inflação e responsabilidade fiscal –, o fortalecimento do mercado interno e a consolidação do sistema financeiro sustentaram o Brasil, enquanto o mundo sofria com o congelamento do financiamento Internacional, o baque no comércio mundial e a quebra de instituições.

“A crise chegou aqui não pelas causas, mas pelas conseqüências”, diz Rubens Ricupero, embaixador e ex-ministro da Fazenda. “Nos afetou pelo efeito da diminuição do comércio mundial e um pouco pela redução da oferta de financiamento global, enquanto em países europeus e nos Estados Unidos, as causas foram bolha imobiliária, sistema bancário fraco e problemas nas hipotecas.”

Ricupero destaca que a crise ajudou o Brasil a ganhar voz no cenário internacional, a partir do momento em que o G20 ganhou força como grande fórum da discussão mundial. No estouro da crise, a presidência rotativa do grupo das 20 maiores economias do mundo era ocupada pelo Brasil.

Desde então, praticamente todos os indicadores brasileiros já responderam ao pior da crise. As reservas internacionais – importante “colchão de proteção” contra a variação da moeda – estão em alta há 16 meses, ultrapassando a casa dos US$ 250 bilhões (no estouro da crise, estavam em US$ 207,4 bilhões). A geração de empregos com carteira assinada está em alta em todos os meses de 2010, enquanto a utilização da capacidade instalada da indústria e a produção industrial se aproximam dos patamares pré-crise.

Do ponto de vista do consumo (importante motor para a economia), o rendimento médio real habitual dos trabalhadores está no maior nível desde o estouro da crise. Pela primeira vez na história, mais da metade da população passou a compor a classe média. Cerca de 3,1 milhões de pessoas das classes D e E migraram para o segmento C entre 2008 e 2009.

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Segundo Daniela Prates, professora de economia da Universidade de Campinas (Unicamp), a crise reforçou a condição do Brasil de “menina dos olhos” da economia mundial. Mas, a situação das contas externas pode fazer com que o cenário fique menos favorável ao País no longo prazo. “Estamos reduzindo nossa capacidade de gerar divisas via exportações e isso gera um déficit alto em transações correntes, aumentando o passivo externo. Sabemos que isso tem um limite”, afirma. Por outro lado, ela acredita que, no curto prazo, a situação será contornada pelo fluxo de capitais e pelas reservas internacionais.

Mailson da Nóbrega, da Tendências, não vê motivos para muito otimismo. “O Brasil dificilmente será uma grande potencia nos próximos anos. Eu diria que, se o País fizer tudo certo, daqui a uma geração teremos uma renda per capita parecida com a da Espanha de hoje.”

“O nosso bom desempenho é muito recente e durou muito pouco. O resultado só é convincente quando dura duas décadas, como no caso dos asiáticos”, completa Rubens Ricupero.

Polícia faz operação contra torcidas organizadas no RJ

Uma operação da 73ª DP (Neves), em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, prendeu seis integrantes de torcidas organizadas do Vasco e do Flamengo, na manhã desta quarta-feira (15). Eles são suspeitos de vários crimes, como homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal e porte ilegal de arma. As informações são da 73ª DP.
Os policiais estão nas ruas para cumprir, ao todo, 19 mandados de prisão e 23 mandados de busca e apreensão.
No dia 22 de agosto, um torcedor do Vasco morreu em um hospital particular na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio. A polícia suspeita que ele tenha sido vítima de uma briga de torcidas.

sábado, 11 de setembro de 2010

Atentado que mudou o mapa político mundial completa nove anos hoje

Há exatos nove anos, um atentado terrorista mudou para sempre os Estados Unidos e o mundo, levando destruição, morte e pânico a um lugar até então intocado pelas guerras há mais de 200 anos: o território norte-americano. No dia 11 de setembro de 2001, dois aviões pilotados por extremistas muçulmanos se chocaram contra as imponentes torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, matando mais de 3.000 pessoas. E o mundo nunca mais foi o mesmo.

Na manhã deste sábado, homenagens foram realizadas em vários pontos do país para relembrar os nove anos do atentado. As principais ocorreram na região onde estavam os edifícios do World Trade Center, hoje conhecida como Marco Zero. O presidente Barack Obama está presente no evento da capital, Washington.

Os atentados representaram muito mais que um mero ataque de terroristas contra cidadãos inocentes em uma grande cidade. Eles provocaram uma profunda mudança no mapa político mundial, ainda em processo de reorganização após o fim da Guerra Fria. Cerca de dez anos após o colapso do comunismo e da tensão entre os Estados Unidos e União Soviética, um novo e poderoso inimigo surgia nos discursos dos líderes norte-americanos: o terrorismo.

O impacto dos atentados foi enorme, a ponto de o dia em que eles ocorreram ganhar um novo e intenso sentido próprio. Hoje se fala em 11 de setembro não como uma data, mas como um acontecimento, algo que sintetiza toda uma era de medo surgida deste então.

Bin Laden

O autor intelectual dos atentados não demorou a se apresentar ao mundo, tornando-se uma espécie de celebridade do noticiário internacional. Osama bin Laden, herdeiro de uma milionária família saudita da indústria petrolífera, já integrava há anos a lista de homens mais procurados pelos Estados Unidos, na condição de comandante da organização terrorista Al-Qaeda. Após o 11 de setembro, ele se consolidou como inimigo público número 1 do Ocidente.

Já com o status de terrorista mais procurado da história, bin Laden apareceu diversas vezes em vídeos, com mensagens contra os Estados Unidos e seus aliados e apresentando uma visão particular da Jihad, a guerra santa.

O chefe da Al-Qaeda pregava contra a intervenção política e econômica promovida pelos Estados Unidos e Europa no Oriente Médio. Também criticava a cultura e o modo de vida dos países ocidentais. Para ele, estes países eram a encarnação do Grande Satã.

Represália

O ataque a Nova York motivou uma reação imediata dos Estados Unidos. O então presidente George W. Bush declarou uma “guerra ao terror”, realizando a ocupação do Afeganistão. Segundo o líder norte-americano, o país da Ásia Central era o centro de operações da Al-Qaeda, contando com o apoio do Taleban, organização islâmica extremista que governava o país desde 1996.

Um grande contingente das Forças Armadas foi mobilizado pelos Estados Unidos ao Afeganistão para derrubar o Taleban e encontrar bin Laden. O governo foi deposto e aliados dos norte-americanos ocuparam seu lugar, mas a guerra continua até hoje. Bin Laden não foi encontrado até agora e os talebans iniciaram uma série de atentados na busca para recuperar o poder.

Desde então, a “guerra contra o terror” envolveu vários outros países, como o Iraque, Irã e Paquistão, além de incluir a interminável questão palestina. Nove anos depois, os conflitos estão longe de acabar.

Alckmin mantém vantagem sobre Mercadante, aponta Datafolha

O candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PSDB, Geraldo Alckmin, manteve a vantagem de 26 pontos percentuais sobre seu principal adversário, o petista Aloisio Mercadante, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado.

Geraldo Alckmin segue na frente com 49%, enquanto Mercadante aparece com 23%. Na pesquisa anterior, o tucano tinha 50%, contra 24% do petista. Com este resultado, Alckmin continua com chances de vencer a eleição ainda no primeiro turno.

Na pesquisa divulgada hoje, Celso Russomanno (PP) está em terceiro lugar, com 9%, enquanto Paulo Skaf (PSB) conta com 3%. Fabio Feldmann (PV) e Paulo Bufalo (PSOL) têm 1% cada. Brancos e nulos somam 5% e 8% dos entrevistados disseram que não sabem em quem votar ou não responderam, 8%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 9 de setembro, com 2.111 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Tracking Vox Populi/Band/iG: Serra vai a 22%; Dilma mantém 53%

O candidato tucano à Presidência da República, José Serra, oscilou positivamente um ponto e chegou a 22% no tracking Vox Populi/Band/iG, que mede diariamente as intenções de voto para a eleição presidencial deste ano. Foi a primeira vez que o tucano ganhou pontos desde o começo da medição no dia 31 de agosto. A mudança ocorre dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais.

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A candidata petista Dilma Rousseff manteve-se na liderança, com 53% das intenções de voto, acumular uma queda de três pontos porcentuais em dois dias. Marina Silva (PV) continua na terceira colocação, com 9% das intenções de voto. Outros candidatos têm 1% dos votos. Os eleitores indecisos somam 10% e brancos e nulos 5%.

A região onde Dilma tem o melhor desempenho é o Nordeste. A candidata do PT está 60 pontos percentuais a frente de José Serra - 72% da petista contra 12% do tucano. Serra tem o melhor resultado na região Sul, onde a diferença para a primeira colocada cai para 11 pontos. Dilma lidera com 44% na região contra 33% de Serra.

Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos ao eleitor, Dilma tem 43%, Serra tem 18% e Marina tem 7%. Lula é citado por 2% e “o candidato do PT” também recebe 2%.
A cada dia, o instituto realiza 500 novas entrevistas. A amostra consolidada com 2000 entrevistas, portanto, só é totalmente renovada após quatro dias. O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o nº 27.428/10.

Veja intenções de voto à Presidência por sexo e região segundo Datafolha

Uma nova pesquisa Datafolha de intenção de voto para a Presidência da República foi divulgada na sexta-feira (10). Os principais resultados foram publicados no mesmo dia pelo G1. Além dos números gerais, o instituto calculou os percentuais de intenção de voto dos presidenciáveis por segmentos do eleitorado como sexo, regiões do país e estados.
O quadro ao lado mostra o desempenho de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), nas sete últimas pesquisas nacionais do Datafolha. O último levantamento, divulgado na sexta, mostra Dilma com 50%, Serra com 27% e Marina com 11%. Dos demais candidatos, nenhum atingiu 1%. Brancos e nulos somaram 4%, e os indecisos, 6%.
Homens e mulheres
Dilma alcança 54% das intenções de voto dentre os homens, mesmo patamar da pesquisa anterior, contra 26% de Serra e 11% de Marina. No levantamento realizado no início do mês, o tucano tinha 28%, e a candidata do PV, 9%.
Entre as mulheres, a petista passou de 46% para 47% nesta pesquisa. Serra tinha 29% e agora tem 28%. Marina oscilou de 10% para 12%.
Regiões
No Sudeste, a candidata do PT tinha 44% na pesquisa anterior e agora tem 46%. O tucano oscilou de 33% para 29%, e Marina passou de 12% para 13%. No Sul, Serra passou de 31% para 35%, enquanto Dilma oscilou de 44% para 43%. Marina se manteve em 9%.
No Norte/Centro-Oeste, Dilma saiu de 51% e foi para 47%, e Marina passou de 10% para 14%. Serra se manteve em 29%. No Nordeste, a petista oscilou de 61% para 63% nesta pesquisa, enquanto o tucano passou de 20%, no levantamento anterior, para 18%. Marina oscilou de 6% para 8%.
Estados
O Datafolha também verificou o desempenho dos candidatos no DF e em alguns estados. Na comparação das duas últimas pesquisas, os resultados de Dilma, Serra e Marina, respectivamente, foram:
SP - 44%, 36%, 11% (2 e 3.set) - 41%, 35%, 14% (8 e 9.set)
RJ - 46%, 23%, 13% (23 e 24.ago) - 49%, 21%, 16% (8 e 9.set)
MG - 48%, 29%, 10% (23 e 24.ago) - 51%, 24%, 11% (8 e 9.set)
RS - 43%, 39%, 7% (23 e 24.ago) - 43%, 38%, 8% (8 e 9.set)
PR - 43%, 34%, 9% (23 e 24.ago) - 46%, 33%, 8% (8 e 9.set)
BA - 60%, 22%, 7% (23 e 24.ago) - 64%, 18%, 8% (8 e 9.set)
PE - 62%, 21%, 5% (23 e 24.ago) - 67%, 18%, 6% (8 e 9.set)
DF - 44%, 25%, 16% (23 e 24.ago) - 51%, 16%, 24% (8 e 9.set)
Sobre a pesquisa
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". Foram realizadas 11.660 entrevistas em 414 municípios na quarta-feira (8) e na quinta (9). A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 28809/2010.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Para “Economist”, Dilma só perde eleição se houver “cataclismo”

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, só não será eleita a sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se houver um “cataclismo político” no país, afirma a edição desta semana da revista britânica “The Economist”.

Segundo a publicação, graças ao apoio de Lula e de sua “incrível popularidade”, a petista abriu vantagem nas pesquisas de intenção de voto e deve “surrar” o adversário do PSDB, José Serra, mesmo com a repercussão da violação de dados fiscais da filha do tucano, Verônica Serra.

“Com o resultado da eleição presidencial praticamente resolvido, as atenções se voltam para as disputas locais e legislativas que irão determinar a força do próximo governo”, afirma a revista.

A “The Economist” aposta ainda que Dilma deverá conquistar o “mais forte governo no Brasil desde o fim da ditadura”, com 390 assentos na Câmara, somando os mandatos de aliados, e pouco menos de 60% das vagas no Senado, novamente contando com os parlamentares de legendas coligadas.

Apesar disso, a publicação diz que o “maior obstáculo ao poder da Sra. Rousseff” poderá surgir de dentro do PT, afirmando que a ex-ministra se filiou ao partido há menos de dez anos e que sua candidatura foi imposta por Lula.

“Com mais lugares e mais fraco do que o líder do seu antecessor, o próximo governo pode parecer mais forte no papel do que será na prática”, conclui a revista.

Governador do Amapá é preso em operação da Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (10) o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), durante a Operação Mãos Limpas. O governador é suspeito de participar de uma organização criminosa composta por servidores públicos, políticos e empresários que praticavm desvio de recursos públicos do Amapá e da União. O governador foi levado pelos agentes da PF para o quartel do Exército, em Macapá.
A assessoria do diretório do PP em Macapá confirmou a prisão do governador, mas não quis comentar o assunto.
Foram mobilizados 600 policiais federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além do Amapá, os mandados também estão sendo cumpridos no Pará, Paraíba e São Paulo. Participam da ação 60 servidores da Receita Federal e 30 da Controladoria Geral da União (CGU).
As apurações revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Foi constatado que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitavam as formalidades legais e beneficiavam empresas previamente selecionadas. Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.
Durante as investigações, constatou-se que o mesmo esquema era aplicado em outros órgãos públicos. Foram identificados desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado do Amapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.
As investigações, que contaram com o auxílio da Receita Federal, da CGU e do Banco Central (BC), iniciaram-se em agosto de 2009, e se encontram sob a presidência do STJ. Os envolvidos estão sendo investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.

Emprego industrial tem o melhor desempenho para o mês de julho

O emprego na indústria teve crescimento de 0,3% em julho na comparação com o desempenho no mês anterior, já descontados os efeitos sazonais, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o sétimo resultado positivo consecutivo, segundo mostra a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES). Na comparação com julho de 2009, houve expansão de 5,4%, sexta taxa positiva seguida, a mais elevada desde o início da nova série histórica iniciada em 2001.

O indicador acumulado no ano chegou a 2,9%, acelerando frente ao fechamento do primeiro semestre (2,5%). No acumulado nos últimos 12 meses saiu de -1,5% em junho para -0,5% em julho, o que acentuou a redução na intensidade da queda iniciada em dezembro do ano passado.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Em GO, Dilma diz que opositores "subestimam" população

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, participou na noite dessa segunda-feira, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de comício em Valparaíso (GO) e afirmou que seus adversários "subestimam a inteligência e a capacidade” dos brasileiros.

“Agora, na campanha eleitoral, eles (oposição) apelam para uma porção de factoides. E eles subestimam a inteligência e a capacidade desse país e do seu povo”, discursou a ex-ministra.

Dilma disse que seus opositores fizeram uma “aposta errada” ao criticarem o governo Lula. “Apostaram que a gente não sabia governar e foi uma aposta errada que fizeram. Achavam que iam voltar. Não só não voltaram como mostramos que sabíamos governar."

A petista falou ainda como eleita. “Eles (oposição) estão com medo de uma mulher dar certo. Mas essa mulher aqui vai ser a primeira presidente do Brasil."

Ao lado dos candidatos aliados aos governos de Goiás, Íris Rezende (PMDB) e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), Lula pediu votos dos eleitores para os dois e disse que a oposição vive um momento de nervosismo.

“Vocês estão vendo que nossos adversários estão nervosos. Primeiro, eles diziam que a Dilma não estava preparada. Depois, começaram os debates e perceberam que não podiam dizer que ela não estava preparada”, declarou.

O presidente ainda acusou o presidenciável tucano, José Serra, de “começar os ataques”. “A Dilma aprendeu a primeira lição, de não responder e não baixar o nível da campanha”, acrescentou.

Lula ainda ironizou o uso de sua imagem pelo candidato do PSDB. “Ele me coloca no programa de televisão e diz que é amigo do Lula há mais tempo que a Dilma. Aí eu fui para a TV dizer que era amigo dele, mas minha candidata é a Dilma, porque amigo é uma coisa, candidato é outra”, afirmou.

OCDE: Desemprego no Brasil é menor entre os que não concluíram 2º grau

A taxa de desemprego entre as pessoas que concluíram o segundo grau no Brasil é maior do que entre aquelas que não terminaram essa etapa na sua formação, diz um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), divulgado nesta terça-feira.

O dado, que vai na contramão da tendência verificada nos países ricos, onde o maior nível de formação educacional garante maiores chances de encontrar um trabalho, está no relatório "Olhares sobre a Educação 2010", que analisa a situação do ensino em 38 países - os 31 países membros e alguns países tidos como parceiros da organização para a realização de estudos sobre educação.

O índice de desemprego entre os que não concluíram o segundo grau no Brasil é de 4,7% da população ativa, enquanto a taxa dos que terminaram o curso é de 6,1%, diz o economista Etienne Albiser, da divisão de indicadores e análises sobre educação da OCDE.

Segundo ele, uma das razões desse paradoxo no Brasil seria a alta taxa de desemprego entre mulheres que concluíram o segundo grau.

Essa taxa é de 8,5%, bem superior ao mesmo índice de mulheres nos países da OCDE, que é em média de 5%. "Outro fator é a estrutura da economia brasileira, que teria mais necessidade de uma mão-de-obra menos qualificada, embora não existam estatísticas a respeito", disse o economista à BBC Brasil.

Sem diploma

Segundo a OCDE, pelo menos dois terços das pessoas entre 25 e 64 anos no Brasil não têm diploma de estudo secundário. O Chile, a Grécia, o Luxemburgo e o México, que são membros da organização, registram situação semelhante à do Brasil.

Nesses países, a taxa de desemprego entre as pessoas que não concluíram o segundo grau também é menor do que a registrada pelas que obtiveram esse diploma. "Nos países da OCDE, o diploma de conclusão do segundo grau é considerado como a bagagem mínima para ser competitivo no mercado de trabalho.

A taxa de desemprego das pessoas com esse diploma é menor, em média, de cerca de 4 pontos percentuais em relação ao que não atingiram esse nível de formação", afirma o estudo. O documento também revela que as despesas do governo brasileiro com alunos do ensino primário e secundário quase dobraram entre 1995 e 2007.

Em 2007, último dado disponível, os gastos por aluno dos ciclos primário e secundário no Brasil atingiram US$ 1,8 mil. Nos países da OCDE, a média é de US$ 7,6 mil. "Os gastos do Brasil com o ensino primário e secundário era um dos mais baixos entre os países analisados. Houve o aumento da população, mas também havia a necessidade de recuperar o atraso em relação aos demais países", diz Albiser.

Os gastos com educação no Brasil passaram de 3,7% no período 1994-2000 a 5,2% do PIB em 2007. Entre os países analisados no relatório, apenas o Brasil, o Chile, a Dinamarca, os Estados Unidos registraram um aumento dos gastos com educação superior a 0,8 ponto percentual do PIB nesse período.

A parte da educação no orçamento brasileiro passou de 11,2% a 16,1% do total entre 1995 e 2007, afirma o estudo.

Saiba como limpar seu nome se ele for incluído indevidamente no SPC

Ter o nome incluído nos serviços de proteção ao crédito (SPC) é um problema sério, mas que pode tornar-se ainda mais complicado quando o consumidor julga que a inclusão é indevida. Quando o consumidor fica com o nome “sujo” por uma dívida que ele realmente tem, a saída é procurar a empresa que fez a negativação para negociar.

Se a inclusão for indevida, consumidor poderá pleitear indenização por danos morais
Depois, é preciso quitar a dívida acrescida dos juros e solicitar a exclusão do cadastro de inadimplentes, o que deve ocorrer em cinco dias úteis, conforme orienta Renata Reis, do Procon. O cliente pode ainda pleitear indenização por danos morais se inclusão for indevida.
“O consumidor deve guardar o comprovante de que a dívida esteve figurando nos órgãos de proteção ao crédito, porque ela pode um dia ser reincluída”, diz. “Tem que guardar esse documento, que vale ouro. Também é documento hábil para solicitar danos morais.”
Em caso de título de crédito – cheque, nota promissória ou letra de câmbio – , depois que a pessoa resgatá-lo, é preciso levar o título ao cartório e o comprovante de pagamento para solicitar a baixa de protesto.
Se for cheque, ainda é preciso apresentá-lo no banco, pois existe a inclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF). “Além de pagar a tarifa para dar baixa no protesto,

Oliveira foi parar no Serasa por causa de empresa
de telefonia celular (Foto: Arquivo pessoal)
Cobrança indevida
Antonio Marcio Fonseca de Oliveira, de 45 anos, gerente financeiro de uma multinacional do setor de tecnologia, é um exemplo de consumidor que teve seu nome incluído no serviço de proteção ao crédito, segundo ele, de forma indevida.
Em julho de 2009, ele entrou em contato com o serviço ao cliente da operadora Claro para pedir o cancelamento da sua linha de telefone celular. “Fui informado pela atendente que não havia nenhuma multa contratual e que eu poderia desconsiderar a fatura que venceria no dia 05 de agosto”, diz.
Porém, em setembro, Oliveira recebeu uma conta que incluía o valor em atraso de R$ 35,00, mais juros e multa, além da cobrança de mais uma mensalidade, no valor de R$ 35,00. “No dia 05 de outubro, recebi uma correspondência da operadora informando do valor em aberto de R$ 70,86”, explica.
Quanto mais provas tiver, mais vai ter um valor de indenização justo, vai ter um julgamento melhor"
Maria Inês Dolci
O consumidor deve guardar o comprovante de que a dívida esteve figurando nos órgãos de proteção ao créditoA situação agravou-se quando Oliveira recebeu uma correspondência do Serasa informando que, a pedido da empresa, o nome dele seria incluído no cadastro de inadimplentes. Mais uma vez o gerente financeiro recorreu à empresa de telefonia e acreditou que a questão estivesse solucionada. Mas, ao tentar contratar um financiamento imobiliário, foi informado da “restrição” ao seu nome devido à pendência com a operadora de telefonia. “Para evitar mais aborrecimentos, paguei os R$ 35,00 com a promessa de que os R$ 70,86 fossem retirados do Serasa”, conta.
Oliveira destaca que buscou regularizar sua situação com o fornecedor por diversas vezes e diz que tem todos os números de protocolo abertos, com os respectivos nomes dos atendentes, dias e horários dos contatos.
O G1 procurou a Claro e foi informada que, no caso de Antonio Marcio Fonseca de Oliveira, não foi identificada irregularidade na inclusão de seu nome no órgão de proteção ao crédito. Segundo a empresa, após o pedido de cancelamento, o cliente recebeu uma fatura com a cobrança dos créditos feitos entre o ciclo de faturamento, que ocorria todo dia 19 de cada mês, e a data do pedido, feito no dia 29.
“Em 25/11/09, foi gerado boleto avulso com o valor restante do débito de R$ 35,00, porém o pagamento desta fatura foi efetuado em 01/02/2010. Após a quitação do débito, foi feita a exclusão de seu nome no órgão de proteção ao crédito”, informa a operadora.
Danos morais
A supervisora da área de Assuntos Financeiros do Procon-SP, Renata Reis, explica que, se o consumidor não tem nenhuma outra negativação, ele pode pleitear danos morais pelo período que ficou negativado junto ao Poder Judiciário. “Se o consumidor entender que o dano não supera o valor de 20 salários mínimos, pode recorrer ao Juizado Especial Cível”, explica. Neste caso, não há nem a necessidade de contratar um advogado. Para indenizações no valor de até 40 salários mínimos, também é possível buscar a solução nos juizados especiais, mas é preciso contratar um advogado. “Acima deste valor, terá de recorrer à Justiça comum”, diz.
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Segundo ela, muitas vezes as empresas costumam resolver o problema, exatamente para evitar uma ação de danos morais. “Se o consumidor contesta (a dívida), mesmo que a empresa não consiga conferir, ela retira o nome por precaução, faz a análise e, dependendo do resultado, coloca novamente”, diz. Isso porque, segundo Renata, o valor dos danos morais está diretamente ligado ao tempo que o nome ficou negativado.
Renata explica que, a partir do momento que a pessoa tem acesso à informação da negativação, é preciso procurar o órgão que fez a inclusão no cadastro de inadimplentes - SPC ou Serasa, por exemplo – e fazer o levantamento de todas as informações. “O órgão fornece um documento indicando quem e quando houve a negativação”, diz.
De posso desse documento, o consumidor deve procurar a empresa que efetuou a negativação. “Se o contato for por e-mail, imprima a mensagem; se for por telefone, solicite um número de protocolo; anote dia, hora e nome do atendente”, orienta.
O prazo de exclusão do nome é de cinco dias úteis. “Se essa providência não for tomada pela empresa nesse prazo, o consumidor deve procurar o órgão de defesa do consumidor para tentar a retirada e, se não houver solução, procurar a Justiça.”
Problemas com cartões de crédito
Os problemas do aposentado Osvaldo Casarin, de 59 anos, começaram em 2006. Ele explica que, em 2001, depois de se aposentar, abriu uma conta na Caixa Econômica Federal e recebeu cartões de crédito das bandeiras Visa e Mastercard em seu nome, da esposa e das filhas.
“Passou 2001, 2002, 2003, 2004, nunca paguei um tostão de anuidade. Quando foi de 2004 para 2005, a Caixa começou a cobrar anuidade”, diz. Casarin comenta que um dos cartões das filhas foi cancelado quase que de imediato, porque ela já tinha emprego e, portanto, conta bancária própria. O da esposa nunca chegou a ser desbloqueado. “De repente, começou a chegar anuidade minha, da minha esposa. Aí é que foi complicado.”
O aposentado nunca pagou a anuidade, segundo ele, seguindo orientação da própria gerente da sua conta. Em abril de 2006, porém, o nome de Casarin foi incluído no cadastro do Serasa por uma dívida de R$ 489,27 do cartão Mastercard.
No caso do cartão Visa, além do problema da cobrança de anuidade, a agravante, de acordo com o aposentado, foi que ele deixou a fatura no banco para ser paga e a funcionária teria feito a liquidação da dívida com um dia de atraso. A partir de então, Casarin começou a receber a cobrança de multa por este atraso que ele não reconhecia como seu.
Na fatura do mês seguinte apareceu um encargo contratual de R$ 52,41 que Casarin acredita ter surgido por causa do pagamento com atraso. Com isso, em novembro de 2007, o aposentado teve o nome incluído novamente nos serviços de proteção ao crédito, desta vez por problemas com o cartão Visa. “Foi um erro do banco, erro administrativo, que pagou com atraso”, se defende.
O aposentado afirma que procurou a agência inúmeras vezes para tentar resolver seu problema, ligou para o telefone de atendimento, mas que nunca conseguiram convencê-lo dos valores cobrados. “Mandaram ocorrências internas, mandei e-mail, fax, tentei escrever para o presidente da Caixa. Uma vergonha!”, desabafa.
Depois de muito reclamar, o aposentado diz que a Caixa reconheceu um erro administrativo e fez um crédito de R$ 192,00 em sua conta. Ainda assim, ele teria continuado com uma dívida. Para ele, o que mais incomoda é não saber como o banco e a operadora do cartão chegaram aos valores cobrados – tanto dos débitos quanto do crédito efetuado em sua conta. “O banco ou a operadora deveria mostrar a razão da cobrança e o cálculo. Isso não é demonstrado. Se comprovassem de onde surgiu o valor eu tentaria fazer um acordo”, reclama.
A Caixa Econômica Federal confirma, por e-mail, que Osvaldo Casarin é autor de um processo contra o banco no Juízado Especial Federal da Terceira Região. “A Caixa informa, ainda, que não comenta casos em trâmite na justiça, e que a ação judicial em curso apresenta, até o momento, decisão favorável a esta instituição em primeira instância”, conclui.
'Zona cinza'
O advogado Arystóbulo Freitas, especializado em Relações de Consumo, destaca que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem entendido que uma inclusão indevida só gera indenização se for a primeira ocorrência. No caso do aposentado Osvaldo Casarin, portanto, talvez não seja possível pleitear danos morais.
Freitas diz, ainda, que as instituições financeiras não possuem apenas os cadastros oficias e públicos conhecidos, como Serasa, Telecheque, associações comerciais. “Existe uma troca de informações que eu diria numa ‘zona cinza’, porque não é divulgado, e se você estiver discutindo qualquer questão (judicialmente) com uma instituição, ela vai passar isso adiante”, diz.
O advogado comenta que um caso comum é a negativação por motivo de fraude, seja porque a pessoa perdeu ou teve os documentos roubados, ou porque tem um homônimo. “Uma vez identificado, se for fraude, tem que ir para a Justiça, não tem outra alternativa”, orienta.
Comunicação prévia
A coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, lembra que o nome de ninguém pode ser mandado para o cadastro de restrição sem que a pessoa seja previamente comunicada.
Maria Inês diz que casos de documentos fraudados também têm sido registrados na entidade. “Às vezes nem tem documento roubado, é falsificação de documento mesmo. Aí, a pessoa é de São Paulo, por exemplo, e aparece um crediário no Nordeste. Temos recomendado para fazer boletim de ocorrência na delegacia e entrar com ação na Justiça”, diz.
A coordenadora da Proteste lembra que, em qualquer situação, é fundamental que o consumidor tenha a prova de que o nome foi negativado. “Quanto mais provas tiver, mais vai ter um valor de indenização justo, vai ter um julgamento melhor, o juiz poderá avaliar melhor a extensão do dano”, diz.
Segundo ela, ainda que a empresa que fez uma negativação indevida reconheça o erro imediatamente e retire o nome do cadastro de inadimplentes, o consumidor pode ir à Justiça pedir reparação por danos morais

domingo, 5 de setembro de 2010

Grupo separatista basco ETA anuncia fim de ações armadas

O grupo separatista basco ETA decidiu parar os ataques armados por tempo indeterminado. O comunicado foi publicado no jornal basco “Gara” em sua versão on-line neste domingo (5).
Segundo o jornal, não está claro se o cessar-fogo é permanente ou temporário.
De acordo com o diário espanhol "El País", um vídeo enviado pelo grupo à britânica BBC anuncia que o grupo "não realizará mais ações armadas". No vídeo, integrantes do ETA dizem que o grupo tomou a decisão há meses para "pôr em marcha um processo democrático".

O governo espanhol ainda não comentou o anúncio.
"O ETA reafirma seu compromisso com uma solução democrática para que, através do diálogo e na negociação, os cidadãos vascos possamos decidir nosso futuro de forma livre e democrática. Se o governo da Espanha tem vontade, o ETA está disposto, hoje como ontem, a estabelecer os mínimos acordos necessários para empreender o processo democrático", diz o comunicado.
Antes de o grupo basco tornar pública a decisão, afirma o "El País", o governo já havia anunciado que a única forma de negociar com o ETA era com a deposição das armas e o abandono definitivo de ações violentas.
Responsável por cerca de 850 mortes em quatro décadas de luta pela criação de um Estado Basco, numa região situada a norte da Espanha e sul da França, a organização vem sendo enfraquecida pela prisão de muitos de seus líderes nos últimos anos.
O principal líder do grupo e outras duas liderenças importantes foram presos em fevereiro no norte da França. O ETA já havia declarado um cessar-fogo permanente em março de 2006, mas o primeiro-ministro espanhol Jose Luis Rodriguez Zapatero interrompeu o processo de paz no mesmo ano após o grupo detonar um carro-bomba no aeroporto de Madri, matando duas pessoas.

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma 53%, Serra 24%

No quarto dia das medições do tracking Vox Populi/Band/iG para a eleição presidencial, a petista Dilma Rousseff tem 53% e o tucano José Serra 24% das intenções de voto. Dilma oscilou positivamente um ponto percentual, dentro da margem de erro em relação ao dia anterior, quando tinha 52%. Já o seu oponente, José Serra, permaneceu com o mesmo índice da última sondagem, quando apareceu com 24%. As mudanças ocorreram dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2,2 pontos percentuais.

A candidata Marina Silva (PV), terceira colocada, apresentou novamente 8% das intenções de voto –mesmo percentual da última pesquisa. Brancos e nulos são 4%, indecisos somam 10%, um ponto a menos que no levantamento do dia anterior, e os outros candidatos têm 1%.

A pesquisa, publicada diariamente pelo iG, ouve novos 500 eleitores a cada dia. A amostra é totalmente renovada a cada quatro dias, quando são totalizados 2.000 entrevistados.

Na pesquisa espontânea, quando o nome do candidato não é apresentado ao entrevistado, Dilma tem 42%, Serra 19% e Marina Silva 6%. Dilma foi a única a ter os percentuais mudados na comparação com o levantamento do dia anterior, no qual a petista apareceu 41%.

A petista lidera em todas as regiões do país. Dilma tem seu melhor desempenho na região Nordeste, onde soma 70% dos votos contra 15% de Serra e 5% de Marina.

Já a melhor performance de Serra ocorre na região Sul, onde ele soma 30% e Dilma tem 49%.

Três ataques aéreos israelenses deixam dois palestinos feridos em Gaza

A aviação israelense lançou, neste sábado à noite três ataques contra o sul da Faixa de Gaza, sendo que um deixou dois feridos, segundo fontes médicas e autoridades de segurança do movimento islamita Hamas.

Dois ataques foram efetuados contra um túnel de contrabando para o Egito perto de Rafah, local onde as duas pessoas ficaram feridas. O terceiro ataque teve como alvo uma antiga base do braço armado do Hamas, a leste da cidade de Khan Younes.

De acordo com o Exército israelense, os ataques ocorreram como resposta a um disparo de foguete a partir da Faixa de Gaza contra o sul de Israel, que não deixou feridos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tem início restrição à circulação de caminhões na Marginal Pinheiros

A partir desta quinta-feira (2), os caminhões estão proibidos de circular pelas pistas local e expressa da Marginal Pinheiros, no trecho entre as pontes do Jaguaré e do Morumbi, e pelas avenidas dos Bandeirantes, Jornalista Roberto Marinho e Afonso d'Escragnolle Taunay. O horário da proibição tem início às 5h e vai até as 21h, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, começa às 10h e termina às 14h. A multa para quem desrespeitar a determinação é de R$ 85,12, além de quatro pontos na carteira.
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a fiscalização destas vias será feita por meio de oito radares eletrônicos, além de 45 agentes de trânsito e 12 policiais do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran).

Tracking Vox/Band/iG: Dilma tem 51% e Serra fica com 25%

Na primeira medição do tracking encomendado pelo iG e pela Band ao Instituto Vox Populi, a candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, aparece na liderança, com 51% das intenções de voto. O cenário, que daria à petista a vitória no primeiro turno, mostra o adversário tucano José Serra com 25%. A candidata do PV, Marina Silva, aparece em seguida, com 9%. Outros candidatos obtiveram, juntos, 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somaram 4%, enquanto os indecisos ficaram em 11%.

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Trackings permitem antecipar tendências na definição do voto
Vantagem de Dilma chega a 16 pontos sobre Serra no Sudeste
O tracking, modalidade de pesquisa tradicionalmente utilizada pelas campanhas eleitorais para identificar tendências na definição do voto, será divulgado diariamente pelo iG. Apesar de o sistema ser utilizado há mais de uma década pelos partidos políticos e campanhas eleitorais, os dados tradicionalmente não entravam no rol de divulgação dos veículos de comunicação.

O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. Essa renovação permite identificar rapidamente as tendências de evolução das intenções de voto. A margem de erro do tracking é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

No tracking espontâneo, no qual os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Dilma tem 41% das intenções de voto, enquanto Serra aparece com 19%. Marina, nesse caso, tem 6%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é citado por 2% dos entrevistados. Brancos e nulos somaram 4%, não souberam ou não responderam 11%.

José Alencar passa por quimioterapia em São Paulo

O vice-presidente da República, José Alencar, está internado para realizar sessões de quimioterapia, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. As informações são da BandNews TV.

Além das sessões de quimioterapia, Alencar realiza vários outros exames. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a internação cumpre procedimentos de rotina. Não há previsão de alta.

O vice-presidente luta contra o câncer há mais de dez anos e já passou por 15 cirurgias.