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domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente do Brasil

Dilma Vana Rousseff (PT), 62 anos, foi eleita neste domingo (31) a primeira mulher presidente do Brasil. Com 92,53% dos votos apurados, às 20h04, o Tribunal Superior Eleitoral informou que a petista tinha 55,43% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) e não podia mais ser alcançada por José Serra (PSDB), que, até o mesmo horário, totalizava 44,57% - confira os números da votação. Em um pronunciamento às 20h13, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, anunciou oficialmente a vitória da candidata do PT.

Na campanha eleitoral, Dilma contou com o engajamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo registrou recordes de aprovação – na pesquisa Datafolha do último dia 27, a avaliação positiva do governo alcançava 83%.
Lula participou de vários comícios e declarou repetidamente o apoio à candidata, o que inclusive rendeu a ele multas por propaganda eleitoral antecipada.

Antes da deflagração da campanha, o presidente também se empenhou em montar uma grande aliança política, que, além da adesão de aliados históricos do PT, como PSB e PC do B, incluiu o PMDB, um dos maiores partidos do país.
O PMDB indicou o vice de Dilma, o deputado federal Michel Temer, presidente da Câmara. Nos últimos dias da campanha do primeiro turno, Lula chegou a dizer que esteve em mais eventos do que quando ele próprio foi candidato e disputou a reeleição, em 2006.

No segundo turno, a aliança contava com 11 partidos: PT, PMDB, PC do B, PR, PDT, PRB, PSC, PSB, PTC,PTN e PP, o último a anunciar apoio.
Biografia
A presidente eleita nasceu em 14 de dezembro de 1947 em Belo Horizonte (MG). Durante o regime militar, integrou organizações de esquerda clandestinas, foi presa e torturada.
No Rio Grande do Sul, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Filiou-se ao PT em 2001. Formada em economia, Dilma foi secretária de estado no Rio Grande do Sul.
Como ministra da Casa Civil, Dilma assumiu a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um dos carros-chefe do governo. Foi apelidada por Lula de 'mãe do PAC’.
Na Casa Civil, ela sucedeu, em 2005, José Dirceu, homem forte do governo, que deixou o cargo atingido pelo escândalo do mensalão, em que parlamentares teriam recebido dinheiro para votar a favor de projetos do governo – ele sempre negou participação no suposto esquema.
No governo, Dilma também ocupou o cargo de ministra das Minas e Energia. Quando Lula se elegeu presidente para o primeiro mandato, sucedendo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ela participou da equipe que formulou o plano de governo do PT na área energética e do governo de transição.
Antes de tornar-se candidata, Dilma revelou que estava se submetendo a um tratamento contra um linfoma, câncer no sistema linfático, que havia descoberto em abril de 2009 a partir de um nódulo na axila esquerda, em um exame de rotina, em fase inicial.
Dilma concluiu o tratamento de radioterapia e disse estar curada. Ela chegou a raspar o cabelo devido às sessões de quimioterapia, o que a fez usar peruca durante sete meses. Boletim médico de agosto deste ano indicou que o estado de saúde da presidente eleita é considerado “excelente”.

Evolução nas pesquisas
Em fevereiro deste ano, o instituto de pesquisa Ibope apontou Dilma com 25% das intenções de voto contra 36% de seu principal adversário, José Serra.
Após o início oficial da campanha eleitoral, quando ela passou a ter a imagem colada à do presidente Lula, a candidatura decolou. No fim de agosto, ela atingiu 51% das intenções de voto contra 27% do tucano, o que indicava uma vitória no primeiro turno para a petista.
Em setembro, duas denúncias atingiram a campanha da petista. No começo do mês, foi divulgado um esquema de vazamento de dados sigilosos na Receita Federal de pessoas ligadas ao PSDB. Veronica Serra, filha do principal adversário de Dilma, teve o imposto de renda acessado. A oposição culpou a campanha de Dilma pelo fato, mas ela negou relação e defendeu investigações sobre o assunto.

Duas semanas depois, às vésperas da votação em primeiro turno, surgiu uma nova denúncia: foram divulgadas suspeitas de tráfico de influência na Casa Civil, antes comandada por Dilma Rousseff.
Sua sucessora, Erenice Guerra, indicada por Dilma, foi o alvo principal das acusações. Um empresário disse que o filho de Erenice cobrou propina para intermediar um contrato e indicou que o dinheiro iria para campanha da petista. Ela negou que houvesse vínculo entre as supostas irregularidades e sua campanha.

Após os escândalos, Dilma chegou a oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto. Os episódios foram usados pela campanha do adversário José Serra. Se, no começo do horário eleitoral, Serra usou imagem de Lula na televisão e chegou a utilizar o nome do presidente em um jingle, o tucano passou a relembrar fatos críticos para o PT, como o escândalo do mensalão.
Figura importante do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quase não apareceu na campanha de Serra. Na reta final, o PSDB colocou na internet vídeos com ataques a Dilma.

Durante toda a campanha, a estratégia de Dilma foi afirmar que, caso eleita, daria continuidade ao governo do presidente Lula. Ela propôs ampliar programas que se tornaram populares no atual governo, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Prouni.

Como propostas de governo, Dilma registrou no TSE, de início, um documento polêmico.
Veja no vídeo ao lado como foi a campanha de Dilma Rousseff
Aprovado em convenção do Partido dos Trabalhadores, o documento previa tributação de grandes fortunas, fim da criminalização de movimentos sociais, defesa da jornada de trabalho de 40 horas e combate ao monopólio dos meios de comunicação.
No mesmo dia, o programa foi trocado por um mais ameno, exatamente o mesmo, mas sem os trechos que provocaram questionamentos.

Aborto
A polêmica sobre o aborto foi convertida em tema central da campanha durante o segundo turno, ocupando espaço em debates e na propaganda dos candidatos. A campanha petista acusou os adversários de promoverem uma campanha de difamação contra Dilma.
A petista reafirmou ser pessoalmente contra o aborto, mas defendeu que o tema seja encarado como questão de saúde pública. Bispos se manifestaram contra candidatos favoráveis ao aborto e panfletos contra o PT pagos pela Diocese de Guarulhos chegaram a ser apreendidos pela Justiça Eleitoral. Na semana da eleição, Bento XVI reafirmou o direito dos líderes católicos emitirem juízos morais em questões políticas.
Em busca dos quase 20 milhões de votos obtidos por Marina Silva no primeiro turno, a petista apresentou 13 compromissos de sua política ambiental. Oficialmente, o PV declarou neutralidade, embora representantes do partido tenham participado de ato em apoio a Dilma. Em outro evento no segundo turno, a presidente eleita também recebeu apoio de um grupo de artistas e intelectuais, entre eles Chico Buarque e o teólogo Leonardo Boff.
A seis dias do segundo turno, a candidata apresentou um documento com 13 “compromissos programáticos”, que chamou de diretrizes de governo. Os 13 itens são: fortalecer a democracia política e econômica; expansão do emprego e renda; projeto que assegure sustentável transformação produtiva; defender o meio ambiente; erradicar a pobreza absoluta; atenção especial aos trabalhadores; garantir educação para a igualdade social; transformar o Brasil em potência tecnologia; garantir a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS); prover habitação e vida digna aos brasileiros; valorizar a cultura nacional; combater o crime organizado; e defender a soberania nacional.

Oito Estados e o Distrito Federal terão 2º turno neste domingo

Além de decidir quem será o novo presidente da República, eleitores vão escolher seus governadores neste domingo em oito Estados e no Distrito Federal. A disputa estadual foi levada ao segundo turno em Alagoas, Amapá, Goiás, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia e Roraima, além do DF.

Se depender das últimas pesquisas de opinião, a nova etapa de votação pode ter como um dos principais vencedores o PSB. O partido, que já garantiu no primeiro turno os governos de Pernambuco, Espírito Santo e Ceará, pode levar ainda Paraíba, Amapá e Piauí. Com isso, pode sair da disputa com seis governadores eleitos, o dobro em relação a 2006. Em comparação, PSDB, PT e PMDB devem manter ou perder ao menos um Estado em relação ao último pleito.

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Na Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) é apontado como favorito a conquistar o cargo de governador, apesar de pesquisa deste sábado apontar que a disputa está tecnicamente empatada, quando considerados os votos válidos. Se vencer, o ex-prefeito de João Pessoa vai protagonizar uma das maiores viradas no País, já que pesquisas ao longo da maior parte da campanha mostravam vitória do adversário e atual governador José Maranhão (PMDB) logo no primeiro turno. Embora o PSB seja aliado do governo federal na esfera nacional, no Estado é apenas o candidato do PMDB que conta com o apoio do presidente Lula.

No Piauí, o socialista Wilson Martins aparece melhor posicionado para vencer a disputa com o tucano Silvio Mendes. No Amapá, onde a Operação Mãos Limpas prendeu o atual governador Pedro Paulo Dias (PP) – que perdeu a reeleição logo na primeira etapa –, o representante da sigla, Camilo Capiberibe, está na frente do rival, Lucas Barreto (PTB). Segundo pesquisa Ibope publicada no dia 30, o socialista tem 49%, contra 43% do rival.

Impactada por uma operação da PF que investigou um esquema de desvios de verbas federais por políticos, empresários e funcionários públicos, a eleição no Amapá foi uma das mais tensas neste segundo turno. Ambos terminaram o primeiro turno com cerca de 28% dos votos. No último debate na TV, Capiberibe lembrou que Barreto tem o apoio do ex-governador e candidato derrotado ao Senado Waldez Góes (PDT), também preso na operação da PF. Já o pessebista teve que responder a questões relacionadas à administração de seu pai, João Capiberibe, entre 1995 e 2002, no Estado.

Pesquisas apontam vitória de Dilma neste domingo

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, deve ser eleita no pleito deste domingo, apontam pesquisas divulgadas na noite deste sábado pelos institutos Ibope, Datafolha e Vox Populi.

Ibope

Segundo o Ibope, Dilma tem 52% das intenções de voto, contra 40% de Serra. O percentual dos que declararam votar em branco ou nulo é de 5%, e os indecisos são 3%.

Considerando os votos válidos - excluindo brancos, nulos e indecisos -, a petista totaliza 56%, enquanto o tucano tem 44%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O Ibope entrevistou 3.010 pessoas entre 27 e 30 de outubro. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 37917/2010.

Datafolha

De acordo com Datafolha, Dilma tem 51% das intenções de voto, contra 41% de Serra. A pesquisa aponta ainda que 4% de eleitores devem votar em branco ou nulo. Os indecisos também são 4%.

Em relação aos votos válidos, Dilma tem 55%, contra 45% de Serra. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

O instituto ouviu 6.554 eleitores neste sábado. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 37903/2010.

Vox Populi

O Vox Populi aponta Dilma com 51% das intenções de voto, contra 39% de Serra. Brancos e nulos totalizam 5%, o mesmo percentual dos indecisos.

Considerando apenas os votos válidos, a petista soma 57% das intenções, enquanto Serra tem 43%. A margem de erro é de 1,8 ponto porcentual.

O Vox Populi entrevistou 3.000 pessoas na sexta-feira. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 37844/2010.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

STF decide que Lei da Ficha Limpa vale para as eleições deste ano

O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira que é a favor da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que considera a Lei da Ficha Limpa válida para as eleições deste ano no caso de políticos que renunciam para fugir da cassação.

O julgamento de recurso de Jader Barbalho (PMDB) contra a lei terminou empatado em 5 a 5. Nenhum dos dez ministros mudou seu voto em relação ao julgamento de recurso semelhante do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz.

Para resolver o impasse, depois de uma discussão marcada por vários momentos de tensão e desentendimentos entre ministros, prevaleceu a tese proposta pelo ministro Celso de Mello, por 7 votos a 3. Ele sugeriu a interpretação, por analogia, de um artigo do Regimento Interno do STF quando há empate, prevalece a decisão questionada – no caso, a do TSE, que negou o registro de Barbalho.

A tese vencedora foi acompanhada pelos ministros Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia, Ellen Gracie e Cezar Peluso. A solução foi adaptada do Inciso 2º do parágrafo único do Artigo 205 do Regimento Interno do STF, que diz que, no caso de empate em votação contra ato do presidente da Corte (em que ele não vota), “prevalecerá o ato impugnado”, ou seja, a decisão do TSE.

O peemedebista entrou com recurso contra decisão que cassou seu registro de candidatura ao Senado pelo Estado do Pará. Barbalho foi considerado "ficha-suja" por ter renunciado ao mandato de senador em 2001, para escapar de uma cassação. Ele recebeu 1,79 milhão de votos em 3 de outubro, que foram considerados nulos pela Justiça Eleitoral.

Como foi o julgamento

A defesa de Jader Barbalho argumentou que Barbalho não cometeu nenhum ato ilegal ao renunciar em 2001 e que já participou de outras duas eleições antes da Lei da Ficha Limpa ser proposta e aprovada. Ele ainda afirmou que a Lei da Ficha Limpa “tem aparência casuística”, ou seja, foi feita para atingir determinados políticos.

Em seguida, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fez suas considerações. Ele posicionou-se contra o recurso de Jader Barbalho.

O relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, votou contra o recurso de Barbalho, declarando-se portanto a favor da aplicação da lei da Ficha Limpa nestas eleições. “Não há como negar que o candidato está alcançado pela Lei da Ficha Limpa”, disse Barbosa. Acompanharam o voto do relator os ministros Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Ayres Britto e Ellen Gracie.

Discordaram do voto do relator e portanto votaram a favor do recurso de Barbalho os ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Peluso. Durante o voto do ministro Marco Aurélio, Mendes interrompeu o julgamento e acusou o TSE de parcialidade.

Os ministros não apresentaram um posicionamento claro sobre a questão da repercussão geral. Até o fim do julgamento, havia três hipóteses de abrangência da lei: apenas no caso de Barbalho, em todos os casos de renúncia para escapar de cassação, ou em todos os casos de atingidos pela Lei da Ficha Limpa.

Argentinos dizem que Kirchner foi o grande líder político após Perón

O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, que morreu na quarta-feira (27) aos 60 anos de idade após uma parada cardíaca, foi comparado a Juan Domingo Perón e apontado como grande líder político do país sul-americano nas últimas décadas por algumas pessoas ouvidas pelo G1 na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino, na noite de quarta e madrugada desta quinta-feira (28).
O corpo do ex-mandatário argentino chegou a Buenos Aires à 1h50 local (2h50 de Brasília) em um avião no qual viajou também a presidente Cristina Kirchner e o filho mais velho do casal, Máximo. Ele será velado na Casa Rosada a partir das 10h locais (11h de Brasília). O enterro acontecerá em Río Gallegos, em sua província natal, Santa Cruz (sul do país).
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Centenas de pessoas compareceram à sede do governo argentino para prestar homenagem ao ex-presidente. Para muitos, a morte foi um choque. “Não esperávamos. É uma lástima para toda a América Latina”, disse Alejandro Monaco, de 43 anos. “Foi o presidente mais importante da Argentina nos últimos 30 anos”, acrescentou sua mulher, Denise Monaco, de 19.

Para o casal Alejandro e Denise Monaco, Néstor Kirchner foi o presidente mais importante na Argentina nos últimos 30 anos. (Foto: André Luís Nery / G1)
Luciana Sánchez e Veronica Marzano, que seguravam uma faixa em defesa dos direitos dos gays e das mulheres, destacaram que o ex-presidente foi responsável por dar espaço para as minorias na política do país. “Ele defendeu a causa popular”, disse Luciana. “Ele cristalizou o processo democrático, dando visibilidade para os grupos minoritários”, ressaltou Veronica.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Grupo que fraudou prova da PF é o mesmo do caso OAB, diz procurador

Os mesmos acusados de chefiar a fraude no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de 2009 serão processados pela venda de gabaritos do concurso de agente da Polícia Federal do mesmo ano, informou ao G1 o Ministério Público Federal. O grupo seria formado por um casal, seu filho, um policial rodoviário federal e advogados. Ao todo, 64 pessoas são acusadas pela fraude na prova da PF. Dessas, 53 são candidatos que teriam se beneficiado do esquema.
A quadrilha foi descoberta pela própria PF durante a Operação Tormenta, deflagrada em julho, e que apura irregularidades também em outros concursos públicos: da Receita Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Policial suspeito estaria 'pagando' favor
O MPF diz que o esquema de fraude na prova da PF começou com a cópia do caderno de questões feita pelo policial rodoviário federal na sede do Núcleo de Operações Especiais (NOE), da 6ª Superintendência Regional da PRF, em São Paulo. Segundo a promotoria, o policial não levantou suspeitas porque já havia trabalhado no local e, eventualmente, era destacado para consertar computadores na unidade.
No mesmo dia, provavelmente em Campinas, SP, o policial teria entregue a cópia das questões ao casal que seria líder do esquema: um advogado e uma psicopedagoga. Ainda de acordo com a denúncia, o policial fez o serviço para retribuir a ajuda que o casal teria dado a sua irmã e amigos, que, em 2009, teriam se beneficiado de fraude no concurso da Anac. Esse exame também é alvo de inquérito da Operação Tormenta.
Os supostos chefes da quadrilha teriam então entregue o caderno de prova a dois advogados, para que corrigissem as questões e preparassem o gabarito na véspera do concurso. No mesmo dia, as respostas teriam sido repassadas a candidatos pelo casal, pelo filho deles, que é microempresário, por advogados e por um comerciante.
Gabaritos eram vendidos por até R$ 100 mil
O MPF diz que o casal ainda mantinha uma espécie de sociedade com outro grupo de fraudadores de concursos formado por um jornalista, um motorista, um agente da PF e outro advogado. Depois de receber uma cópia do caderno de questões desviado, o jornalista contatava esse advogado, que corrigia a prova e produzia um gabarito diferente do que havia sido feito pelos contratados do casal. Com as respostas em mãos, o jornalista as repassava a mais candidatos interessados, por meio do motorista e do agente da PF.

Os gabaritos teriam sido vendidos por R$ 10 e R$ 100 mil, diz o MPF. Ao G1, o delegado da PF Victor Hugo Rodrigues Alves, chefe da Operação Tormenta, disse que foi encontrado um cheque no valor de R$ 100 mil assinado por um candidato na casa de um dos integrantes da quadrilha. O delegado disse que o candidato confessou ter pago o valor pelo gabarito. Outros afirmaram ter pago R$ 60 mil, segundo policial.
O esquema para a prova da PF é muito parecido com o descoberto pela polícia em relação ao Exame da OAB (veja detalhes). Naquele caso, foi aberto processo contra 37 pessoas, ao menos nove também citados na fraude do concurso da PF.
Entre beneficiados, há 13 policiais, diz MPF
Entre os candidatos, diz a denúncia, há 12 servidores da Polícia Civil de SP, nove advogados, um PM e um oficial de promotoria. A grande maioria dos beneficiários é da Baixada Santista e da capital paulista, mas há candidatos do interior de SP e do Rio de Janeiro, diz o MPF. Para acelerar o processo, foi pedido o desmembramento do caso em oito ações distintas.
Visto como chefe da fraude do concurso, o casal responderá por peculato (furto praticado por servidor público), violação de sigilo funcional, quadrilha e corrupção ativa. O policial rodoviário, pelos mesmos crimes, mas por corrupção passiva. Os demais envolvidos na venda de respostas serão processados por receptação e formação de quadrilha. Os 53 candidatos são acusados também pelo crime de receptação.
Todos os réus responderão ainda por estelionato contra a União, pela prática de fraude para aprovação no concurso. Os aprovados que ingressaram na academia nacional de polícia responderão por estelionato consumado. Os que não passaram, por tentativa de estelionato.

Ibope: Dilma aparece com 51%, contra 40% para Serra

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem onze pontos de vantagem sobre seu adversário José Serra (PSDB), segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira.

Dilma tem 51% das intenções de voto, enquando José Serra aparece com 40%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Votos em branco e nulos somam 5% e os indecisos, 4%. O Ibope ouviu 3010 eleitores entre os dias 18 e 20 de outubro. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 36476/2010.

CNT/Sensus

Pesquisa CNT/Sensus, também divulgada na noite desta quarta-feira, aponta diferença de cinco pontos percentuais entre os candidatos, com Dilma Rousseff à frente. A petista aparece com 46,8% das intenções de voto e o tucano José Serra, com 41,8%.

Com Copa 2014, clubes podem faturar mais de R$ 500 milhões

A receita dos clubes de futebol brasileiros pode chegar a R$ 520 milhões em 2014. A estimativa é da Crowe Horwath RCS, empresa de auditoria e consultoria, com base nos R$ 250 milhões faturados no ano passado. O cálculo leva em consideração a receita com a venda de ingressos nos dias de jogos, a melhoria do ambiente de negócios no setor proporcionada pela reforma e construção de novos estádios até a Copa de 2014, o que levará a novas ações de serviços para os torcedores.

Amir Somoggi, diretor da área de gestão esportiva da empresa, lembra que os R$ 250 milhões usados como base levam em consideração apenas a venda de ingressos. “Só com bilheteria, esse faturamento deve subir para R$ 430 milhões, mas a tendência é os clubes dependerem não só da venda de ingressos, mas de outros fatores. Os clubes têm que diversificar as fontes de receita”, afirma.


Foto: Getty Images
Allianz Arena, em Munique, que tem contrato de 15 anos por US$ 115 milhões
Esses novos serviços, como locação do estádio para eventos, consumo nos bares, camarotes, lojas e restaurantes podem responder por 30% do faturamento. “Pensar em faturar apenas com a venda de ingressos é muito arcaico em relação ao que é feito no mundo hoje”, defende.

Somoggi afirma, inclusive, que seus cálculos são conservadores. Ele diz ter aplicado nas projeções uma taxa menor de crescimento que os 20% registrados pelos clubes brasileiros de 2003 a 2009, quando o faturamento total saltou de R$ 56 milhões para R$ 250 milhões.

Novos recursos

Um dos fatores que podem gerar novos recursos para os estádios é a introdução dos “naming rights”, traduzido grosso modo como o direito de usar a marca como o nome do estádio. “Essa é uma receita estratégica, extremamente valiosa para quem constrói um estádio novo”, avalia. No Brasil, já houve uma experiência com o Atlético Paranaense, que cedeu o uso de seu nome para a fabricante de celulares Kyocera. O contrato, no entanto, não foi renovado após um período inicial. Outra iniciativa está sendo planejada pelo Corinthians, para a construção da nova arena na Zona Leste de São Paulo.

“O prazo em um contrato de naming rights é longo. O valor pode até ser menor que a receita da venda de patrocínio nas camisas em um ano, por exemplo. Mas é uma receita garantida por um prazo longo, que pode contribuir para a construção de um estádio novo ou para abatimento de dívidas”, afirma Somoggi. “Sem contar que o clube pode securitizar essa receita.”


Foto: Getty Images
Estádio do Mets lotado: contrato de US$ 400 milhões com o Citigroup
O executivo conta que os melhores casos de sucesso em acordos de naming rights estão na Alemanha. “Há vários exemplos bem-sucedidos em estádios menores”, diz. Um dos mais marcantes é o Allianz Arena, em Munique, cujo contrato com a companhia de seguros foi de US$ 115 milhões por um período de 15 anos. Outro exemplo é o contrato do Arsenal com a companhia aérea dos Emirados Árabes para o Emirates Stadium. Esse contrato somou US$ 178 milhões pelo prazo de 15 anos para o naming rights e sete pelo patrocínio oficial ao britânico Arsenal.

Segundo Amir Somoggi, é possível que os clubes menores também acertem contratos de patrocínio com valores mais baixos, de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões anuais, enquanto outros podem render entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. “Vamos ter contratos com arenas maiores e menores, de Manaus a São Paulo”, diz ele.

De acordo com informações da Crowe Horwath, o mercado de naming rights supera US$ 4 bilhões no mundo, sendo 70% desse total no mercado norte americano. Os maiores contratos nos EUA foram fechados entre o time de beisebol New York Mets com o Citigroup, por 20 anos, no valor de US$ 400 milhões; e o fechado entre o banco Barclays e o time de basquete New Jersey Nets, também por 20 anos e no valor de US$ 400 milhões.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vox Populi: Dilma tem 51%, Serra tem 39% e indecisos somam 4%

Pesquisa Vox Populi/iG divulgada nesta terça-feira mostra que a vantagem da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em relação ao tucano José Serra aumentou para 12 pontos percentuais. Segundo o Vox Populi, Dilma tem 51% contra 39% de Serra. Na última pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, a vantagem era de 8 pontos (Dilma tinha 48% e Serra 40%). Os votos brancos e nulos permaneceram em 6% e os indecisos passaram de 6% para 4%.

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Se forem considerados apenas os votos válidos (sem os brancos, nulos e indecisos) a vantagem subiu de 8 para 14 pontos. Dilma tinha 54% e passou para 57%. Serra caiu de 46% para 43%. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.

A candidata do PT tem o melhor desempenho na região Nordeste, onde ganha por 65% a 28%. Já Serra leva a melhor no Sul, onde tem 50% contra 41% da petista. No Sudeste, que concentra a maior parte dos eleitores, Dilma tem 47% contra 40% do tucano.

O Vox Populi ouviu 3 mil eleitores entre os dias 15 e 17 de outubro. Os resultados, portanto, não consideram o impacto do debate realizado pela Rede TV no último domingo, nem a entrevista concedida por Dilma ao Jornal Nacional ontem à noite. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.193/10.

Recortes

Depois de toda a polêmica envolvendo temas religiosos como o aborto, Serra atingiu 44% entre os entrevistados que se declararam evangélicos. Dilma tem 42%. Entre os que se declararam ateus, Dilma vence por 49% a 36%.

Entre os católicos praticantes Dilma tem 54% contra 37% do tucano. No segmento dos católicos não praticantes a petista consegue seu melhor desempenho, 55% contra 37% de Serra.

A petista ganha em todas faixas etárias. Já no recorte que leva em conta a escolaridade dos pesquisados, Serra vence entre os que tem nível superior por 47% a 40% da petista. No eleitorado com até a 4ª série do ensino fundamental Dilma tem 55% contra 38% do tucano.

Serra também vai melhor entre o eleitorado com mais renda. Entre os que declararam ganhar mais de cinco salários mínimos, ele tem 44% contra 42% da petista. Dilma tem seu melhor desempenho entre os mais pobres, que ganham até um salário mínimo, 61% a 31%.

Embora seja mulher Dilma tem índices melhores entre os homens. Conforme o levantamento ela tem 54% contra 38% de Serra no eleitorado masculino e 48% contra 40% do tucano no eleitorado feminino.

No recorte que leva em consideração a cor da pela Dilma atinge 59% entre os entrevistados que se declararam negros contra 29% de Serra. Entre os brancos, a petista tem 45% contra 44% do tucano.

Segundo o Vox Populi, 89% dos entrevistados disseram estar decididos enquanto 9% admitiram que ainda podem mudar de ideia. Entre os eleitores de Dilma a consolidação do voto é maior, 93%. No eleitorado de Serra, 89% disseram que estão decididos.

Conmebol acata pedido da CBF e Brasileirão volta a ter G-4

O Campeonato Brasileiro voltou a ter quatro vagas para a Libertadores. A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) acatou o pedido da CBF nesta segunda-feira e agora o país do time campeão da Libertadores seguirá com uma vaga extra na competição. A decisão aconteceu após reunião de membros da entidade em Assunção, no Paraguai, onde fica a sede da Conmebol.

No último mês, a Conmebol decidiu alterar o regulamento classificatório para o torneio continental e foi estipulado um limite de cinco vagas para times brasileiros. Como o Internacional é o atual campeão e o Santos faturou a Copa do Brasil sobrou espaço apenas para os três primeiros colocados do Campeonato Brasileiro.

A CBF pediu a mudança, que foi acatada. Agora, com seis vagas na competição, estariam classificados neste momento Internacional, Santos, além do Cruzeiro (1º colocado do Brasileiro), Fluminense (2º), Corinthians (3º) e Atlético-PR (6º), mas que está atrás de Santos e Inter.

No entanto, o G-4 ainda poderá ser G-3. Caso uma equipe brasileira fature a Copa Sul-Americana, a última vaga do Brasileirão será roubada pelo campeão.

Protestos e greve na França afetam 30% do tráfego aéreo no país

Os protestos e greves contra a reforma na Previdência na França já afetam os aeroportos do país nesta terça-feira (19). Nas primeiras horas da manhã, 30% dos voos haviam sido cancelados em todo o país.
As paralisações no tráfego aéreo e no ferroviário da França, somadas ao fechamento de aproximadamente 20% dos postos de gasolina do país, marcam o início da sexta jornada de protestos contra o endurecimento das regras das aposentadorias.

Estudantes conseguiram bloquear o tráfego em várias regiões de Paris, como na Praça da República. (Foto: Miguel Medina / AFP Photo)
A tensão entre governo e sindicatos terá reflexos nesta terça, apoiada por 71% dos franceses, segundo pesquisa do instituto CSA. Estão programadas 266 manifestações pelo país.
Combustíveis
O bloqueio que há uma semana mantêm as refinarias francesas fechadas fez com que entre 1,5 mil e 2,5 mil postos de gasolina (dos 12 mil da França) tivessem de fechar por problemas de abastecimento, segundo profissionais do setor.
O abastecimento de combustíveis é especialmente difícil no oeste da França e na região litorânea da Normandia, justamente onde o presidente Nicolas Sarkozy está para se reunir com seu colega russo, Dimitri Medvedev, e com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Estações de trens estão lotadas na França, especialmente em Paris. (Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters)
Da cidade de Deauville, o presidente francês reiterou que não desistiria da reforma “essencial” da Previdência, que inclui aumentar de 60 para 62 anos a idade mínima de aposentadoria e de 65 para 67 anos a idade para aposentadoria integral.
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Trens
A Sociedade Nacional de Caminhos de Ferro (SNCF, na sigla em francês) anunciou nesta terça que, por enquanto, suas previsões estão sendo cumpridas. Para hoje, está prevista a circulação de 60% dos trens com saída ou destino a Paris, metade dos trens de alta velocidade (TGVs), 25% dos trens regionais e todos os Eurostar.
Aeroportos
Nos aeroportos de Paris, estão cancelados 50% dos voos de Orly e 30% dos voos em todo o país. A companhia aérea Air France espera manter 100% dos voos de longa distância, 80% dos voos de média distância e 50% dos voos de curta distância.

Trabalhadores em greve bloqueiam a entrada da refinaria de petróleo de Grandpuits, a leste de Paris. (Foto: Benoit Tessier / Reuters)
Estradas
Nas rodovias francesas, as ações de bloqueio começam a ser sentidas sobretudo nas estradas de acesso a Paris.
Escolas
Um terço dos professores primários também cruzará os braços, segundo os sindicatos, número que o Ministério da Educação reduz para 10%. Segundo o jornal “Le Monde”, 379 escolas estão fechadas, afetando 1.200 alunos. Além disso, cinco universidades se somarão à greve.
A greve também terá repercussão em La Poste - empresa pública de correios -, na France Télécom e no setor público audiovisual. As bancas amanheceram sem jornais.
A ministra de Justiça francesa, Michèle Alliot-Marie, prometeu “firmeza” contra aqueles que provocarem destruições durante os protestos. “Existem direitos. O direito à greve, o direito a se manifestar. Não existe o direito a destruir”, afirmou.
Em Le Mans, noroeste da França, uma escola pegou fogo na madrugada desta terça-feira, aparentemente como resultado de um ataque, mas não ficou claro se o caso está relacionado com os protestos.

domingo, 17 de outubro de 2010

Polícia encontra ossada perto de sítio de Bruno, mas descarta ser de Eliza

Foi encontrada neste sábado uma ossada atrás do sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, e as autoridades chegaram a levantar a possibilidade de que os restos mortais fossem de Eliza Samudio, desaparecida desde 4 de junho. A informação foi negada instantes depois pelo delegado Edson Moreira, chefe do departamento de investigações da Polícia Civil de MG.

A ossada foi localizada após uma denúncia anônima, mas os peritos concluíram que eram ossos masculinos, descartando a possibilidade de serem de Eliza. O corpo foi transferido para o Instituto Médico Legal.

Detido, o goleiro flamenguista é considerado suspeito pela polícia pelo sumiço de Eliza Samudio, 25, com quem manteve um relacionamento extraconjugal.

PV decide hoje posição do partido no segundo turno da eleição

Com tendência cada vez mais clara à neutralidade, o Partido Verde se reúne neste domingo com a senadora Marina Silva (AC) para definir a posição da legenda neste segundo turno das eleições presidenciais. Cerca de 160 delegados da legenda e outros 15 representantes dos núcleos sociais que apoiaram Marina no primeiro turno vão se reunir na zona oeste de São Paulo para deliberar sobre como os verdes devem se posicionar neste final de campanha.

Foto: AFP
Rindo a toa com 20 milhões de votos conquistados em 03 de outubro, Marina deve optar pela neutralidade no segundo turno da eleição presidencial
Apesar da forte ofensiva do PT e do PSDB em tentar conquistar o apoio da legenda e da própria Marina Silva nos últimos dois dias, a tendência atual é que o partido opte pela neutralidade – ou “independência”, como eles preferem classificar a decisão.

Diversos representantes do PV ouvidos pelo iG afirmaram que as sinalizações dadas pela campanha de Dilma e Serra para conquistar o apoio dos verdes não foram suficientes para levar o partido para um dos dois lados.

Mesmo arrancando promessas de Dilma e Serra em relação a maioria dos 10 itens da “Agenda por um Brasil justo e Sustentável” elaborada pelo PV, o deputado federal Zequinha Sarney (PV-MA) disse que as promessas não serão suficientes para conquistar o apoio da maioria dos diretórios regionais da sigla.

O deputado maranhense não descartou que a tendência possa mudar, já que PT e PSDB continuaram negociando com caciques da sigla verde até altas horas da noite deste sábado. Zequinha Sarney afirmou, porém, que o PV está muito dividido. “Os votos do PV e de Marina vieram de diversos segmentos e de diversos grupos de interesse. A independência vai fazer com que cada diretório possa, dentro da sua realidade, se posicionar. É a melhor forma de garantir a unidade do partido para o futuro”, disse Sarney.
O presidente do PV de São Paulo, Maurício Brusadin, também sinalizou que a "independência" é a melhor forma de preservar o patrimônio de 20 milhões de votos conquistados por Marina no pleito de 3 de outubro. Segundo ele, Marina sem sido influenciada pelos chamados “núcleos vivos da sociedade” (ONGs e organizações civis) a se manter alheia à guerra religiosa travada por PSDB e PT e uma posição contrária do partido pode “constranger a candidata” diante do eleitor. “O PV se esforça neste momento para manter a unidade partidária e a mobilização conquistada nesta campanha. Como existem várias alas dentro do Partido, qualquer resultado pode acontecer. Acho, porém, que Marina é o nosso maior patrimônio nesse momento”, avalia Brusadin.
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Com direito a cinco dos 15 votos que as entidades civis sem filiação com o PV terão na convenção deste domingo, o líder do “Movimento Marina Silva”, Eduardo Rombauer van den Bosch, reafirma a posição de independência que defenderá na plenária de hoje. Ele criticou a “lambança religiosa” que está sendo conduzida pelas campanhas de Serra e Dilma. “A ausência de debate programático nesse segundo turno mostra que os dois candidatos não têm compromisso com a nova forma de fazer política que Marina simboliza”, argumentou.

Guerra de cargos
Embora os principais líderes do partido não reconheçam publicamente, a posição de independência é a forma encontrada pelas várias alas do PV para conter a fúria por cargos que algumas integrantes do partido têm. Nas conversas reservadas que integrantes da sigla mantiveram com representantes de PT e PSDB, a oferta de cargos e ministérios não foi excluída.

Logo após o primeiro turno, o PSDB chegou a oferecer quatro ministérios ao partido, segundo informações de bastidores. A informação foi negada veementemente pelo PV e também pelos tucanos. Nas conversas reservadas, porém, falava-se que a negociação já estaria acontecendo antes mesmo do fechamento das urnas no primeiro turno.

Começa o horário de verão; adiante seu relógio em uma hora

Começou o horário brasileiro de verão. Desde 0h deste domingo (17) moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem adiantar seus relógios em uma hora.
O horário brasileiro de verão é adotado em dez estados do país e no Distrito Federal até a 0h de 20 de fevereiro de 2011.
A medida, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), visa reduzir a demanda por energia elétrica em horários de pico por meio do aproveitamento da luz solar. Por isso, o período escolhido para o horário de verão no Brasil, assim como em outros países no hemisfério sul, é o segundo semestre, entre a primavera e o verão, quando os dias são mais longos.
“A grande vantagem do horário de verão no Brasil não é a redução de consumo, mas a redução na demanda no horário de pico, o que evita sobrecarga no sistema. A economia no consumo não é tão alta”, diz Fernanda Gabriela Borger, professora da Business School São Paulo e pesquisadora da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O professor Mauro Moura Severino, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB), também acredita que a economia de energia não é o principal benefício do horário de verão. “A economia de energia não é o grande motivador para o horário de verão. Ele tem o objetivo de reduzir o consumo máximo, evitar que o sistema elétrico entre em colapso”, diz.
A mudança de horários deve ocorrer no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

sábado, 16 de outubro de 2010

Dilma cai um ponto e tem 47%, segundo Datafolha

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 47% das intenções de voto para o segundo turno, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira.

A petista caiu um ponto em relação ao levantamento anterior, de 10 de outubro. O candidato do PSDB, José Serra, aparece com 41%, mesmo percentual da última pesquisa.

A variação de Dilma está dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na contagem dos votos válidos, a candidata do PT registra 54%, enquanto Serra tem 46%.

Votos brancos e nulos somam 4% e os indecisos, 8%. Foram ouvidos 3281 eleitores entre ontem e hoje. A pesquisa foi encomendada pela "TV Globo" e pelo jornal "Folha de S. Paulo" e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 35746/2010.

"Política de FHC era nociva à Petrobras", diz Gabrielli

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que a administração da estatal deve ser discutida durante as eleições presidenciais. Na última quarta-feira, Gabrielli divulgou nota na qual acusa o governo anterior de fatiar a empresa em várias unidades e querer privatizá-la. Nesta sexta-feira, em entrevista ao iG, Gabrielli não só manteve o teor da nota polêmica, como também detalhou o que chama de “plano de desmonte da Petrobras”.


E rebateu o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que reclamou da nota e pediu mais respeito de Gabrielli. “Eu não desrespeitei o presidente Fernando Henrique Cardoso de jeito nenhum. Eu disse apenas que a política que o governo dele orientou a Petrobras a fazer era nociva para a Petrobras. Era uma política que levaria à privatização e à inanição da Petrobras. E reafirmo minha posição”.

iG: O que o motivou para divulgar a nota em resposta às declarações do ex-diretor da ANP, David Zylbersztajn, na época do governo FHC?

José Sérgio Gabrielli: O País tem no petróleo e na energia dois vetores fundamentais para o crescimento. A maior empresa do País é a Petrobras. É a segunda ou terceira maior empresa do mundo na área do petróleo, dependendo do critério. A Petrobras tem o maior plano de investimentos do mundo para desenvolver petróleo, refino, biocombustíveis, gás e energia. E a Petrobras estava num período de silêncio por causa da capitalização, não podia falar. Todos falaram sobre a Petrobras menos a Petrobras. Então eu achei que era um momento de discutir o futuro da Petrobras. E discutir o futuro da Petrobras passa pela discussão sobre o modelo de negócio da Petrobras, de como se organiza a Petrobras. E aí eu fiz comparações, sim, entre os oito anos dessa atual diretoria – no início era José Eduardo (Dutra) na presidência e eu na diretoria financeira – com os oito anos anteriores e identifiquei alguns problemas na gestão anterior, que se nós tivéssemos mantido, a Petrobras morreria, seria desmembrada e provavelmente seria privatizada.

iG: O senhor pode detalhar isso?

Gabrielli: A área exploratória é a principal área de atuação numa empresa de petróleo, pois o petróleo precisa ser encontrado. Esta área estava diminuindo. Com a quebra do monopólio e com o processo de leilões, a Petrobras foi inibida, limitada a participar dos leilões para dar espaço para o setor privado. Se continuasse assim, morreria por inanição, porque não teria área de exploração, então morreria. Na atividade de refino, a Petrobras tem um sistema integrado de refino que estava sendo dividido em partes. A Petrobras estava sendo excluída do setor petroquímico e estava sendo separada em partes. Tinha sido o primeiro passo na criação da Refap (Refinaria Alberto Pasqualini); a Reduc (Refinaria Duque de Caxias) estava sendo preparada para ser repartida; as fábricas de fertilizantes estavam sendo preparadas para ser seccionadas; a estrutura de refino estava sendo estruturada em unidades de negócios onde cada refinaria era um unidade de negócio independente.

iG: O que mudou no governo atual? O que a gestão deste governo realizou de diferente?

Gabrielli: As refinarias não são mais empresas separadas. Quando chegamos, integramos, fortalecemos as funções corporativas. Quando chegamos, fortalecemos os sistemas entre as partes, enfraquecemos a exacerbação do conceito de unidade de negócios. Nós estabelecemos que a unidade de negócios está subordinada ao interesse corporativo. Nós fortalecemos o sistema Petrobras mais do que cada parte do sistema. Isso foi uma mudança fundamental no modelo de organização da companhia, que chegou agora ao limite máximo. Acabamos com as unidades de negócio e as transformamos nas unidades operacionais. Assim fica difícil privatizar o todo. Na medida em que se fatia, pode-se privatizar partes.

iG: Como associar tal modelo de fragmentação à privatização? Não é uma dedução?

Gabrielli: Qual a outra alternativa a isso? É uma dedução óbvia, sequencial, lógica. O que nós fizemos foi inverter isso, nós fortalecemos o sistema, nós fortalecemos a engenharia da Petrobras, a ciência e tecnologia na Petrobras, o desenvolvimento de pesquisa. Reforçamos o processo de admissão, a Universidade Petrobras, aumentamos o investimento em oito vezes nos últimos oito anos – eram de US$ 5 bilhões em 2003 e, em 2010, US$ 45 bilhões. Voltamos a ter uma participação ativa na petroquímica, no biodiesel, no etanol. Nós fizemos o contrário, ao invés de conter, fragmentar e partir. E essa é a perspectiva para o futuro. Porque o pré-sal é uma área com baixo risco exploratório. Só na bacia de Santos temos mais de 20 poços com sucesso total.

iG: O que poderá mudar na Petrobras se a oposição vencer, na sua opinião?

Gabrielli: Se voltarmos àquele modelo, a única alternativa é fatiar, fraccionar, quebrar, vender. Não tem outra alternativa.

iG: Qual a sua resposta para quem diz que o senhor entrou na campanha eleitoral?

Gabrielli: A resposta é que é campanha deles, eu defendi a Petrobras, defendi um programa para o País, um programa para o futuro da Petrobras e para o País. E quero discutir no mérito, não vou discutir no adjetivo.

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Se é campanha eleitoral, se é lunático, para mim não é relevante, para mim é o mérito, o substantivo. Estou discutindo a exacerbação do conceito de unidade produtiva da Petrobras, de redução da capacidade exploratória, de limitação na capacidade de investimento, no modelo de contratação para gás e óleo, política de engenharia e desenvolvimento, política de pessoal, relacionamento com a sociedade, isso é um modelo de gestão da Petrobras, que acho que são temas relevantes para o País, que acho que são relevantes para o País, que deveriam ser discutidos na campanha eleitoral.



iG: O que o senhor diria ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que pediu mais respeito do senhor por causa da nota em que o senhor o acusa de planejar a privatização da Petrobras?

Gabrielli: Eu não desrespeitei o presidente FHC de jeito nenhum. Eu disse apenas que a política que o governo dele orientou a Petrobras a fazer através do conselho de administração era política nociva para a Petrobras a meu ver, era uma política que levaria à privatização e inanição da Petrobras e reafirmo minha posição. Se ele me desconhece é porque ele provavelmente está fora do mundo. (Fernando Henrique teria indagado: ”Quem é esse Gabrielli”)

iG: Ele respondeu que não privatizaria a Petrobras ...

Gabrielli: Aliás, isso é uma coisa que está acontecendo nesta campanha. O candidato Serra anda falando coisa que não faz em São Paulo. É possível também que o Fernando Henrique Cardoso esteja falando, mas não fez isso, a ação dele não foi na direção de fortalecer a Petrobras. Ninguém pode dizer que ele fortaleceu a Petrobras.

Gabaritos de provas da PF custavam até R$ 100 mil, diz delegado

Os gabaritos das provas do concurso para agente da Polícia Federal de 2009, vendidos por uma quadrilha, custaram de R$ 60 mil a R$ 100 mil, concluiu a investigação do próprio órgão, feita em parceria com a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal. Os detalhes foram divulgados nesta sexta-feira (15) ao G1.
A investigação sobre a fraude no concurso faz parte da Operação Tormenta, deflagrada em junho pela PF e que apura irregularidades também em outros concursos públicos: da Receita Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil.
De acordo com o delegado da PF Victor Hugo Rodrigues Alves, chefe da operação, 55 candidatos foram indiciados no inquérito sobre a fraude no exame da Polícia Federal. Foram indiciados também dez membros da quadrilha que desviou os gabaritos, sendo que alguns dos 55 candidatos também eram membros do grupo.
Na última quarta-feira (13), 49 candidatos indiciados foram eliminados oficialmente do concurso. Os outros seis já haviam sido excluídos em junho, logo que a operação foi deflagrada. O inquérito foi encerrado há cerca de dois meses, disse o policial federal.
De acordo com Alves, os candidatos foram indiciados por estelionato e receptação. Já os membros da quadrilha foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, corrupção ativa e corrupção passiva, dependendo de cada caso.

Policial rodoviário está envolvido, diz PF
O delegado explicou que a quadrilha operava com a ajuda de um policial rodoviário federal, que também foi indiciado no inquérito. Esse policial era responsável por pegar os cadernos de questões nas dependências da PRF, fazer uma cópia e vender o material para o "cabeça" da organização criminosa. Esse chefe, por sua vez, repassava as perguntas a professores que montavam o gabarito. Os gabaritos eram vendidos diretamente a candidatos ou para intermediadores. Depois, os candidatos ou decoravam as respostas, ou montavam uma cola ou recebiam as respostas por meio de pontos eletrônicos durante a prova.
De acordo com Alves, foi encontrado um cheque no valor de R$ 100 mil assinado por um candidato na casa de um dos integrantes da quadrilha. O delegado disse que o candidato confessou ter pago o valor pelo gabarito. Outros disseram ter pago R$ 60 mil, disse o policial.

O delegado afirmou que o inquérito já foi entregue ao Ministério Público Federal, que apresentou a denúncia à Justiça. Ainda segundo Alves, a Justiça já aceitou a denúncia e decretou prisão de alguns indiciados. Alguns estão presos, disse Alves.

Demais concursos
Além do concurso da PF, já foi encerrada a investigação sobre a fraude no Exame da OAB de 2009. Nesse caso, a Justiça Federal abriu processo contra 37 pessoas envolvidas, após a denúncia do Ministério Público Federal em Santos (SP). O esquema, segundo a promotoria, incluiu um curso com as questões para bacharéis em direito em uma universidade de SP.

De acordo com Alves, o total de envolvidos nas fraudes variava de acordo com cada concurso, mas já foram identificados 16 membros da quadrilha no total. Os inquéritos sobre as provas da Receita Federal, da Anac e da Abin continuam em andamento.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Três mineiros recebem alta do hospital de Copiapó, no Chile

Três dos 33 mineiros resgatados no Chile tiveram do Hospital de Copiapó alta nesta quinta-feira. Eles foram os primeiros a voltar para casa após mais de dois meses que ficaram presos a cerca de 700 metros da superfície na mina San José, no Chile.

Os mineiros são Juan Illanes, o boliviano Carlos Mamani e Edison Peña, que partiram em um carro da Associação Chilena de Segurança, encarregada da parte médica e psicológica do resgate. Ao chegar em casa, Edison Peña revelou que "passamos muito mal" durante a reclusão na mina. "Não acreditava que iria voltar".

O trabalhador destacou que "está bem, super saudável, e por isto fui um dos primeiros a sair" do hospital. Diante da multidão formada na frente de sua casa, Peña abriu caminho dizendo: "não somos artistas nem nada, somos gente comum".

O mineiro agradeceu "todas as orações das pessoas", que "nos davam mais coragem para esperar" o resgate. Os 33 mineiros, resgatados após 69 dias retidos na mina San José (800 km ao norte de Santiago), passaram por uma bateria de exames no hospital de Copiapó, e no geral, estão com o estado de saúde satisfatório.

Lula fez coisa boa, mas não precisa ser tão mesquinho, diz FHC

Em sua primeira aparição pública desde o início do segundo turno, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje que cansou de ficar calado e que quer conversar com o presidente Lula ao final do mandato dele.

"Presidente Lula, terminada as eleições, quando você puser o pijama, venha ao meu instituto para conversar", disse FHC, acrescentando: "Então vou dizer a ele, 'presidente Lula, você fez muita coisa boa, mas não precisa ser tão mesquinho, rapaz'".

As declarações foram feitas em evento do PSDB realizado hoje na zona norte da capital paulista, que reuniu militantes e teve a participação de caciques tucanos de São Paulo, como o governador eleito Geraldo Alckmin, o prefeito da capital, Gilberto Kassab, o governador Alberto Goldman e o senador eleito Aloysio Nunes.

FHC negou críticas do PT de que seu governo tivesse tentasse privatizar a Petrobras. "Essa gente não tem duas caras, não tem é cara nenhuma, não tem o que dizer e, como não tem o que dizer, falam mal de nós, mentindo sem cessar", declarou.

Já o governador eleito Geraldo Alckmin disse as últimas pesquisas vêm mostrando o crescimento de Serra. “A eleição está disputada mas acho que neste segundo turno o favoritismo está para o lado do PSDB", comemorou, adiantando que nas próximas semanas a campanha será reforçada em locais como Baixada Santista e Ribeirão Preto, entre outros, e, fora do território paulista, em Estados como Goiás, Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Receita paga megalote do IR 2010 nesta sexta

A Secretaria da Receita Federal paga nesta sexta-feira (15) restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para os 2,71 milhões de contribuintes incluídos no quinto lote deste ano. O valor depositado será de R$ 2,39 bilhões.
Este é o segundo maior lote de restituições da história, perdendo apenas para dezembro de 2009, quando foram pagos R$ 2,4 bilhões em restituições. As consultas estão abertas desde 8 de outubro, por meio da página do Fisco na internet, ou pelo telefone 146. Basta informar o número do CPF.
Neste lote do IR deste ano, a Receita informou que 9,03 mil contribuintes foram priorizados conforme a Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), totalizando R$ 21,27 milhões.
Lotes residuais de 2008 e 2009
A Receita Federal lembra que também serão pagas nesta sexta-feira (15) as restituições de lotes residuais do IR 2009 e de 2008. Os lotes residuais referem-se a contribuintes que caíram na malha fina do Fisco.
Sobre o lote residual de 2009, a Receita informou que serão creditadas restituições para um total de 49 mil contribuintes com imposto a restituir, totalizando um montante de R$ 62,92 milhões, já atualizados pela taxa selic de 13,60%.
Já com relação ao lote residual do exercício de 2008, serão creditadas restituições para um total de 12,84 mil contribuintes com imposto a restituir, totalizando um montante de R$ 19,62 milhões, atualizados pela taxa selic de 25,67%.