Previsão do Tempo

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Especialista esclarece mitos e verdades sobre dores na coluna

A dor nas costas vem atormentando boa parcela da população mundial. A cada dia sofremos incômodos na coluna ou ouvimos alguém, seja no trabalho, no trânsito ou em casa reclamando do problema. Segundo um estudo realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), ao menos um terço dos brasileiros sofre diariamente com dores na coluna.

Exatamente por atingir uma boa parcela da população, muitos mitos foram construídos em torno de problemas na coluna. O "telefone sem fio" e a mesma informação sendo disseminada diversas vezes por colegas, amigos e familiares faz surgir diversas dúvidas em torno da questão.

Cruzar as pernas pode prejudicar as costas? Dormir em um colchão rígido é mais saudável do que em um macio? É aí que entra o trabalho do neurocirurgião e diretor clínico do Instituto Paulistano de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral, Pedro Augusto Deja Teixeira, que esclarece algumas dúvidas ao eBand. Confira:

eBand: Cruzar as pernas pode prejudicar a coluna?
Dr. Pedro Augusto: Verdade. O hábito de cruzar as pernas, especialmente para as mulheres, pode ser confortável e elegante, mas é preciso atenção para não abusar da posição. A postura faz com que a coluna vertebral se desvie para a esquerda ou para a direita, devido ao desequilíbrio da região pélvica. O costume também pode levar à escoliose, que desvia a coluna no plano frontal, além de prejudicar o fluxo sanguíneo.

eBand: Usar salto alto faz mal?
Dr.: Depende. Uma postura correta é suficiente para prevenir dor na coluna mesmo quando a mulher usa salto alto. É importante que a coluna vertebral mantenha o seu eixo retilíneo com qualquer tipo de sapato.

eBand: Dormir no chão ou num colchão duro é bom para as costas?
Dr.: Mito. A rigidez poderá agravar, ainda mais, a dor. Durante uma crise de coluna, o ideal é que a pessoa repouse em seu próprio colchão. A melhor posição é de lado, com um travesseiro entre as pernas.

eBand: Travesseiro alto prejudica a coluna?
Dr.: Verdade. Travesseiros muito baixos ou muito altos, que não mantêm a coluna em um eixo retilíneo são contraindicados. A posição correta de equilíbrio da coluna é a que permite que o corpo distribua igualmente as pressões e que facilita a sua movimentação. Tal postura pode ser identificada, quando olharmos uma pessoa de pé, pelo nivelamento dos ombros e da bacia com o chão. É importante tentar manter esse equilíbrio na hora de se deitar.

eBand: Estalar o pescoço com o movimento da cabeça faz mal à coluna?
Dr.: Verdade. Apesar de o hábito causar alívio para alguns, estalar a coluna e o pescoço prejudica as articulações. Em alguns casos, pode levar a dores de cabeça, zumbidos e vertigens.

eBand: Fazer alongamentos pela manhã faz alguma diferença?
Dr.: Verdade. O hábito é bem vindo e deve ser realizado não só ao acordar, mas antes e depois de qualquer atividade física. Exercícios, no geral, são benéficos. Por ser um eixo que se conecta com as demais estruturas ósseas, a coluna vertebral, necessita ter sintonia com os ligamentos e músculos. Essa relação resulta em movimentos amplos e sem dor.

eBand: Fumantes têm mais dores nas costas do que não fumantes?
Dr.: Verdade. Os fumantes inalam mais substâncias tóxicas, o que prejudica a circulação sanguínea no disco intervertebral, levando a mais dores na região.

“Menudos” de Lula crescem no governo Dilma

Seja no primeiro ou no segundo escalão, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva teve jovens em postos chaves da administração. Com a alternância de poder, os servidores apelidados de “Menudos da Esplanada”, muitos com menos de 35 anos, galgaram posições e passaram a comandar grandes orçamentos e cadeiras visadas do Planalto.

Um dos exemplos mais patentes é o de Beto Vasconcelos. Aos 32 anos era subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil. Em parceria com a Advocacia Geral da União foi o responsável por elaborar defesas de Lula e de seu governo em casos de grande repercussão, como o mensalão e a extradição do italiano Cesare Batistti. Hoje, com 34 anos, avançou e se tornou secretário-executivo da Casa Civil, substituto direto do ministro Antônio Palocci na mais poderosa pasta de Dilma Rousseff.

Em seu antigo cargo, pelo qual passou o também jovem advogado Dias Toffoli, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), está outro “Menudo”: Ivo da Motta Corrêa, de 31 anos, que foi Diretor de Políticas Penitenciárias do Ministério da Justiça (MJ) no governo Lula.

Outro jovem que ampliou sua participação no poder foi Paulo Abrão. Hoje, com 35 anos, acumula a Secretaria Nacional de Justiça (SNJ) com a presidência da Comissão de Anistia do MJ (cargo que está desde 2007). É ele o responsável pela concessão de aposentadorias a pessoas perseguidas pela ditadura, pela coordenação da política de Justiça no Brasil e, através da classificação indicativa de faixas etárias, determina o que nossos filhos podem assistir na televisão, no cinema ou jogar no vídeo game.

Apesar da ascensão de alguns, nem todos deslancharam com a troca de comando na Esplanada. Pedro Abramovay, de 30 anos, era a face mais conhecida dos “Menudos”. Ele, que chegou a ser Secretário de Justiça do MJ e seria o servidor mais jovem a ocupar a direção do Escritório da ONU sobre drogas e crimes, em Viena, foi exonerado após uma entrevista em que defendeu penas alternativas para pequenos traficantes de drogas, o que desagradou Dilma Rousseff.

Ministros

Não tão jovens, mas novos para o cargo, estão dois membros do primeiro escalão de Dilma que também ganharam poder na transição de governo. Com 39 anos (faz 40 em maio), Orlando Silva conseguiu se manter no ministério dos Esportes, que será turbinado com as Olimpíadas e a Copa do Mundo.

Ainda mais jovem é o ex-ministro das Relações Institucionais de Lula e atual chefe da Saúde no governo Dilma, Alexandre Padilha. 110 dias mais novo que Orlando, o político saiu um cargo de prestigio, mas que não contava com R$ 77 bilhões para gastar em 2011.

'A Líbia não é o Egito nem a Tunísia', diz filho de Khadafi

O filho do coronel Muammar Khadafi, Seif Al Islam Khadafi, falou na TV na noite deste domingo (20) sobre a série de protestos contra o governo de seu pai, há 42 anos no poder, e que e disse que "a Líbia não é o Egito nem a Tunísia". Ele também afirmou que a imprensa "exagera no número de mortos" e que "a revolução feita por meio do Facebook foi criada por pessoas fora do país".
"Muammar Khadafi não é Mubarak, não é Ben Ali. É um líder do povo", afirmou durante o discurso. "Meu pai está no poder e temos muitos que nos apoiam. Não deixaremos a Líbia, lutaremos até o último homem".
Al Islam disse que existe um movimento de oposição separatista que ameaça a união da Líbia como país. "Não irão nos separar. A Líbia tem petróleo. É isso que nos unifica", disse. Ele atribui o número de mortes à falta de preparo e treinamento do exército líbio para conter manifestações públicas e à histeria coletiva do povo, que quis enfrentar o exército. No discurso, ele confirmou que 84 pessoas foram mortas em na cidade de Benghazi.

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Número de mortos em protestos na Líbia chega a 173, diz organização
Ele afirma que a imprensa exagera no número de mortos e sobre o que ocorre nas ruas. "Querem comparar o que acontece na Líbia com o que aconteceu em outros países recentemente. São grupos formados por sindicatos, partidos políticos e grupos islâmicos que estão por trás da violência. Sabemos o que desejam, que é separar a Líbia".
O filho de Khadafi disse também que estes partidos usaram árabes, africanos e imigrantes ilegais para espalhar o caos nas ruas. "Radicais islâmicos querem criar um emirado islâmico em Al-Bayda.Se a Líbia se partir, ela vai se dividir em pequenos emirados, o que nos levaria de volta ao que existia há 60, 70 anos".
Al Islam reiterou que não quer uma guerra civil. “Estamos diante de uma grande prova. Somos todos iguais neste momento, até mesmo os vândalos nas ruas. Todos temos armas. Se entrarmos em guerra, nos mataremos na rua e a Líbia cairá”. Ele disse, também, que o "Ocidente não permitirá que os protestos, o terrorismo e a violência tenham impacto no petróleo".

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Oriente Médio tem novo dia de violência em protestos antigoverno

Países do Oriente Médio tiveram novos violentos confrontos nesta sexta-feira (18) durante protestos populares contra governos totalitários, inspirados pela recente queda dos regimes do Egito e da Tunísia.
No Iêmen, uma granada explodiu durante manifestação na cidade de Taiz, matando duas pessoas e deixando outras feridas. Outras três pessoas morreram em protestos na cidade portuária de Aden.
Líbia
Na Líbia, onde o número de mortos em confrontos na véspera é calculado em pelo menos 24 pela organização Human Rights Watch, o Exército tomou as ruas da cidade de Benghazi para controlar os manifestantes contrários ao regime de Muammar Gaddafi, coronel que está no poder desde 1969.

Os comitês revolucionários, pilares do regime, ameaçaram os manifestantes oposicionistas com uma resposta "violenta e fulminante".
Guardas da prisão líbia de El Yedaida, perto da capital, Trípoli, mataram três presos que tentavam fugir, informou uma fonte das forças de segurança.
Manifestantes capturaram dois policiais e os enforcaram em Al-Baida, a 1.200 a leste da capital, informou o jornal "Oea", próximo a Seif Al Islam, filho de Gaddafi.
Mais cedo, uma fuga em massa de prisioneiros foi registrada em uma penitenciária de Benghazi, a 1.000 km de Trípoli, após uma rebelião.

Manifestantes antigoverno gritam palavras de ordem em protesto de Taiz, no sul do Iêmen, nesta sexta (18) (Foto: Reuters)

Bahrein
No Bahrein, país aliado dos EUA, políciais voltaram a reprimir, com tiros e gás, manifestantes que foram às ruas da capital, Manama.
Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas, segundo o ex-parlamentar xiita Jalal Firooz.
Antes, milhares de pessoas compareceram ao funeral de dois xiitas mortos pela violenta repressão policial da véspera.
O rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa, pediu ao príncipe herdeiro que comece um "diálogo nacional" com todos os partidos para resolver a crise. O xeque Salman bin Hamad al-Khalifa tem "todo os poderes" para responder às aspirações populares, disse o rei.
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Obama condena violência e pede direito de expressão
VC no G1: Está no local dos protestos? Mande sua foto, seu vídeo ou seu relato
"O diálogo está sempre aberto, e as reformas continuam', disse o príncipe herdeiro à TV. "Esta terra é para todos os cidadãos do Bahrein... Todas as pessoas honestas devem dizer 'basta' neste momento."
O Bahrein, pequeno arquipélago do Golfo com um milhão de habitantes, é governado por uma dinastia sunita, embora a maioria de sua população seja formada por muçulmanos xiitas.
A repressão policial aos protestos deixou três mortos e 200 feridos, de acordo com as autoridades, e quatro mortos segundo a oposição xiita. Ao todo, cinco pessoas já morreram desde segunda, quando tiveram início as manifestações, segundo fontes oficiais.

Jordânia e Omã
Pelo menos oito pessoas ficaram feridas nesta sexta em Amã, capital da Jordânia, quando defensores do governo atacaram centenas de jovens que participavam de uma manifestação para pedir reformas políticas, informaram um médico e várias testemunhas.
Estes são os primeiros confrontos violentos desde o início do movimento de protestos políticos e sociais no país, há algumas semanas, e que obrigaram o Rei Abdullah a reformar o governo.
Em Omã, cerca de 300 pessoas, incluindo várias mulheres, se manifestaram pacificamente no centro de Mascate para pedir aumento salarial e reformas políticas.
Os participantes da passeata, a segunda deste tipo em um mês no país, percorreram a avenida da capital que abriga os prédios dos principais ministérios, carregando cartazes com dizeres como "Parem o aumento de preços!", "Aumentem os salários!" e "Autorizem os bancos islâmicos!".
Apesar dos protestos, os manifestantes juraram lealdade ao sultão Qabus bin Said al-Said, que governa o país.
Irã
No Irã, manifestantes pró-governo foram às ruas da capital, Teerã, pedir a morte dos principais líderes oposicionistas, que estão em prisão domiciliar. O país reprimiu violentamente protestos contra o governo na segunda-feira.

Egito
Os atos são inspirados nas revoltas populares que derrubaram os governos da Tunísia e do Egito e que se espalham por países muçulmanos de regime autocrático nos últimos dias, muitas vezes inspirados por ativistas que usam a internet para organizar e divulgar os protestos.
No Egito, uma grande festa na Praça Tahrir, no centro do Cairo, celebrou uma semana sem o presidente Hosni Mubarak, que caiu depois de 18 dias de protestos de rua de ter controlado o país ao longo de quase 30 anos.
Ele renunciou deixando o poder nas mãos de uma junta militar que prometeu garnatir a ordem e fazer a transição do país para a democracia em um prazo de seis meses.
O ato -uma homenagem aos pelo menos 365 mortos durante a repressão policial aos protestos- foi pacífico e encarado como uma pressão da oposição sobre o Exército em relação à maneira como ocorre a transição democrática.
Liga Árabe
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, disse nessa sexta que o grupo não recebeu nenhuma solicitação formal para o adiamento da cúpula planejada para março no Iraque. A declaração dele contradiz uma informação dada pelo governo da Líbia.

Manifestantes pró e contra governo entram em
confronto nas ruas de Sanaa, capital do Iêmen,
nesta sexta-feira (18) (Foto: Reuters)
O evento, em 29 de março, é considerado crucial para a reintegração do Iraque ao mundo árabe, mas ocorre num momento crítico para a região, depois dos protestos que derrubaram os governos da Tunísia e do Egito.
A Jana, agência oficial de notícias da Líbia, disse que "circunstâncias na região árabe" haviam motivado o adiamento da cúpula.
Questionado sobre isso pela Reuters, Mussa respondeu: "Não recebi nenhuma solicitação formal".
O principal objetivo do Iraque na cúpula é tranquilizar seus vizinhos.
Muitos governos árabes sunitas veem com desconfiança a ascensão ao poder da maioria xiita do Iraque, e temem que isso amplie a influência regional do Irã, um país xiita e não-árabe.
O sucesso da cúpula em tese ajudaria o Iraque a se reafirmar como um país árabe relevante, e poderia reduzir o apoio tácito de alguns países árabes à insurgência sunita - que, nos últimos anos, foi sensivelmente enfraquecida, mas continua agindo com violência.
O egípcio Mussa havia dito no mês passado numa cúpula em Sharm el Sheikh -- balneário do mar Vermelho onde o ditador Hosni Mubarak se refugiou ao ser deposto -- que a ira dos cidadãos árabes com os problemas políticos e econômicos atingiu níveis sem precedentes.

MP denuncia quatro quadrilhas de policiais após Operação Guilhotina

Policiais civis e militares, além de informantes, foram denunciados nesta sexta-feira à 32ª Vara Criminal da Comarca do Rio pelo MPRJ (Ministério Público do Estado Rio de Janeiro). A ação foi feita por causa da Operação Guilhotina, da Polícia Federal.

Segundo o MPRJ, esses policiais formavam quatro grupos criminosos que atuavam independentemente, “utilizando-se das facilidades proporcionadas pelos cargos que exerciam”, diz nota divulgada pela instituição, para se apropriar de bens e pertences apreendidos em diligências e operações.

As acusações são pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e/ou ativa, peculato e violação de sigilo funcional, dentre outros, que variam de acordo com a conduta individual de cada acusado.

Assinaram as denúncias os promotores de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, Alexandre Murilo Graça, Márcio José Nobre de Almeida e Luis Otávio Figueira Lopes.

Carlos Oliveira

Em uma das denúncias, os promotores de Justiça sustentam que as atividades ilícitas do grupo de milicianos que atuava na Favela Roquete Pinto, em Ramos, na zona norte do Rio, eram facilitadas pelo ex-Subchefe Operacional de Polícia Civil Carlos Antonio Luiz de Oliveira.

Carlos Oliveira era um dos nomes de confiança do ex-chefe da Polícia Civil Alan Turnowski, denunciado ontem pela Polícia Federal por vazamento de informações referentes à Operação Guilhotina.

De acordo com o Ministério Público, Oliveira controlava as autoridades policiais das delegacias nas quais os milicianos exerciam suas funções, “de modo a permitir as empreitadas delituosas para a aquisição de armas e outros ‘espólios de guerra’”, ainda segundo a nota do MPRJ.

Neste caso, foram denunciados quatro policiais civis, seis PMs (um deles da reserva) e três traficantes, além de Oliveira e de mais sete pessoas que controlavam serviços como o transporte alternativo, segurança privada, “gatonet” e distribuição de gás e água na Favela Roquete Pinto.

“Arrego” negociado

Na segunda denúncia, os promotores da 1ª Central de Inquéritos acusam sete pessoas - sendo três policiais civis e dois PMs - de atuarem em uma quadrilha que “se aproveitava da confiança que lhe era depositada e do local de trabalho (no caso, a Delegacia de Combate às Drogas)" para se apropriar de bens e valores de criminosos.

De acordo com as apurações, os denunciados faziam apreensões em territórios dominados pelo Comando Vermelho e revendiam o material apreendido para integrantes de grupos da facção ADA (Amigos dos Amigos), liderados pelos traficantes Nem, da Rocinha, e Roupinol, do Morro de São Carlos.

Também de acordo com a denúncia, quatro policiais teriam negociado um “arrego" com os traficantes, recebendo em troca um pagamento mensal de R$ 50 mil para o repasse de informações sobre operações policiais.

Complexo do Alemão

A terceira denúncia apontou o envolvimento de quatro PMs na apropriação de bens de traficantes durante a ocupação do Complexo do Alemão. A prática foi flagrada em gravações telefônicas entre os acusados, realizadas com autorização da Justiça.

Casas de jogos

A quarta denúncia citou o envolvimento de dez PMs, dois policiais civis e mais uma pessoa na prestação de segurança privada, mediante pagamento, em estabelecimentos nos quais eram praticados crimes e contravenções. Os acusados atuariam, em grupos específicos, em casas de exploração de jogos de azar e caça-níqueis em, pelo menos, três imóveis, localizados em Botafogo, Bonsucesso e Barra de Guaratiba.

À Justiça, eles responderão por formação de quadrilha e corrupção passiva. Neste caso, o MPRJ aguarda, entretanto, a chegada de mais documentos que visam à apuração exata das denúncias.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Dilma anuncia medidas para a educação e promete combater a miséria

Em seu primeiro pronunciamento como presidente da República, Dilma Rousseff saudou alunos e professores que iniciaram o ano letivo pela rede pública e assumiu compromissos para melhorar a qualidade da educação no país. Dilma afirmou que o país tem condições e necessidades de dar um salto na qualidade do ensino.

A presidente prometeu aumentar o salário dos professores, aumentar o número de creches e pré-escolas, mas sem mencionar números. Ela afirmou ainda que o governo vai criar condições para superar a evasão e repetência, além de “acabar com essa ilusão de o aluno passar de ano sem aprender quase nada”, em uma referência que lembra o programa de aprovação continuada em vigor em São Paulo.

Dilma anunciou também a criação do Pronatec (Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica) e a ampliação do Plano Nacional de Banda Larga. Para garantir o acesso à internet à população de baixa renda não só nas escolas, como também nas casas e pequenos comércios, a preços acessíveis.

A presidente prometeu ainda lutar para evitar falhas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que, segundo ela, são instrumentos importantes para a avaliação do aluno e da escola.

Por fim, Dilma reiterou o compromisso de combater a miséria e afirmou que, para isso, é importante melhorar a qualidade de ensino no país. “Ninguém sai da pobreza se não tiver acesso à educação gratuita, contínua e de qualidade”, declarou.

A presidente aproveitou para anunciar o slogan do governo. “País rico é país sem pobreza”, anunciou. De acordo com Dilma, “Esse será o lema de arrancada de meu governo. Só realizaremos o destino de grandeza quando acabarmos com a miséria”, completou.

Indicações ajudam na busca por emprego, mas não são carta branca

A prática do “Quem Indica” é responsável pela maioria do preenchimento de vagas nas empresas. Segundo especialistas ouvidos pelo iG Carreiras, aproximadamente 70% das posições são definidas dessa forma.

Para se beneficiar de uma indicação, é necessário que o profissional mantenha uma rede de relacionamento ampla e atualizada. “É a partir dela que as oportunidades surgem”, analisa
Edson Rodrigues, diretor do site de coaching Your Life.


A indicação é importante em boa parte dos processos seletivos, mas não deve ser entendida como “carta branca” para seu comportamento no emprego, alerta Paulo Mendes, sócio da 2GET, empresa especializada em recrutamento. “O profissional deve ter cuidado. A sua postura é que vai mantê-lo na empresa. Ele tem que mostrar que é competente.”

O profissional que chega à empresa afirmando que está lá porque foi indicado por um diretor pode acabar sendo mal avaliada pela sua arrogância. “Se a pessoa precisa disso para aparecer, é porque alguma coisa está errada. Ela não deve ser boa no que faz”, analisa Mendes.

Por isso, os apadrinhados precisam se esforçar e mostrar que realmente têm o perfil adequado para a vaga. “Muitas vezes, uma pessoa estava esperando uma promoção e entra alguém por indicação. Fica um mal-estar”, exemplifica Rodrigues. Nesse caso, o novato deve “mostrar que é realmente competente” e, assim, conquistar o respeito da equipe. “A pessoa que entra dessa forma tem que honrar a indicação e se esforçar para se integrar com os colegas”, reforça Mendes.

Rodrigues alerta que o cuidado também deve existir pela pessoa que faz a indicação. “O profissional que indica acaba se responsabilizando pela competência do outro.” Por outro lado, essa responsabilidade não acontece quando alguém indica um profissional simplesmente para participar de um processo seletivo.

Há ainda o risco de a indicação comprometer a amizade. “Antes ele era teu amigo, agora é seu chefe. O que pode parecer uma solução acaba complicando uma relação”, destaca Carmelina Nickel, consultora sênior da DBM Consultoria.

Indicação ou imposição?

A indicação é usava em muitas empresas como um mecanismo auxiliar ao recrutamento tradicional. Nesses casos, mesmo com o aval de algum funcionário, os candidatos continuam tendo de se submeter ao processo de seleção formal. “A indicação é uma forma de coletar os candidatos”, acredita Rodrigues.

Segundo ele, as imposições de candidatos para determinadas vagas costumam acontecer somente em posições de chefia. “É relativamente difícil que pessoas sejam indicadas para funções técnicas, para as quais é necessário um processo de contratação.”

Apesar de alguns cuidados que devem ser tomados, Carmelina acredita que um candidato com indicação tem muito mais chances do que aquele que simplesmente enviou um currículo sem referência nenhuma. “Quando a indicação é por networking, isso com certeza vai facilitar a entrada do profissional na empresa.”

PF faz megaoperação para prender policiais com ligação ao tráfico e jogo

A Polícia Federal do Rio realiza, desde o início da manhã desta sexta-feira (11), uma megaoperação para prender policiais civis e militares e delegados de polícia suspeitos de ter ligação com traficantes, milícias e máfia dos caça-níqueis.
Ao todo são 45 mandados de prisão – sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policias militares - e 48 de busca e apreensão, na chamada Operação Guilhotina. Para cumpri-los, a ação conta com 380 policiais federais e 200 homens das forças estaduais, além de dois helicópteros e quatro lanchas.
De acordo com a PF, os suspeitos vendiam informações a milicianos e traficantes e pegavam produtos encontrados em operações da polícia para repassar aos criminosos. As investigações apontam ainda que o grupo era não só com o tráfico de drogas, mas também de armas e munições, com a segurança de pontos de jogos clandestinos, como o bicho e máquinas de caça-níqueis.
Os policiais federais contam com o apoio da Secretaria de Segurança Pública, da Corregedoria Geral Unificada e do Ministério Público. Segundo a PF, a operação partiu do vazamento de informações numa operação que era conduzida pela PF em Macaé, no Norte do Estado, para prender o traficante Rupinol, comparsa do traficante Nem, na Rocinha.
PMs presos na quinta
Na quinta-feira (10), policiais da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae) prenderam quatro policiais militares suspeitos de comercializarem drogas. Segundo o delegado da Drae, Rodrigo Sebastian Santoro, eles trabalham no 5º BPM (Praça da Harmonia).
Em nota, a Polícia Militar informou que os quatro policiais seriam encaminhados para a Unidade Prisional da PMERJ e reafirmou "que não coaduna com qualquer tipo de desvio de conduta de seus policiais".

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Marinha americana testa novo avião sem piloto na Califórnia

A Marinha americana testou neste domingo na Califórnia um novo avião sem piloto, ou drone, desenvolvido com o fabricante Northrop Grumman, mais rápido que os atualmente em uso no Afeganistão.

O X-47B parece-se à versão menor do bombardeiro B-2. No teste efetuado na base aérea de Edwards, na Califórnia (oeste), o aparelho permaneceu no ar durante 29 minutos subindo até 5.000 pés (1.500 m), segundo a Marinha americana e o Northrop Grumman.

Para o Estado Maior, o X-47B pertence à nova geração de drones, capazes de escaparem dos radares mais rapidamente que os Predator e os Reaper, em serviço atualmente no Afeganistão. Ao contrário de seus predecessores, o X-47B não possui hélice, mas reator.

A construção do aparelho pela Northrop Grumman faz parte de um contrato datado de 2007 no valor de 636 milhões de dólares.

"Antes ele do que eu", diz assassino de William Morais

O assassino Darisson Carlos Ferraz da Silva, de 18 anos, que confessou ter atirado no jogador de futebol Willian Morais, garante que não está arrependido do que fez na madrugada deste domingo. O criminoso, ao comentar o crime, justificou que se não tivesse matado William, ele mesmo poderia ter sido morto.

"Meu sentimento não é de arrependimento não, agora vou fazer o quê? Se ele tivesse uma arma lá naquele momento ele poderia ter me matado. Antes ele do que eu", declarou em conversa com jornalistas, acompanhado dos dois comparsas, Hebert Lopes dos Santos, de 18 anos, e Daivisson Carlos Basílio Moreira, de 23.


Segundo eles, a intenção nunca foi de roubar o atleta. "Ele ficou bravo porque eu mexi com a menina que ele estava conversando e veio discutir. Daí eu falei pra ele que não estava escrito na testa dela que ela é mulher dele não. Se eu quisesse roubar tinha levado alguma coisa", comentou Darisson.

Ele, porém, não soube explicar o porquê do tiro ter sido desferido nas costas de William. "O que acontece é que na hora que eu saquei a arma ele virou para trás. Eu só sei que atirei, não sei onde pegou", completou o criminoso, que será indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte).

Incêndio atinge a Cidade do Samba no Rio

Imagens feitas na manhã desta segunda-feira (7), pelo Globocop, mostram um incêndio na Cidade do Samba, na Gamboa, na Zona Portuária do Rio. Há muita fumaça no local.
"Presenciou o incêndio? Envie fotos e vídeos para o VC no G1"

O Corpo de Bombeiros informou que quinze carros e 70 homens foram enviados ao local. As chamas ainda não foram controladas.
Ainda não informações sobre feridos.
Imagens mostram que os barracões atingidos são o Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), da Portela, da União da Ilha do Governador e da Grande Rio. Procurada pelo G1, a assessoria da Liesa não confirma que o barracão tenha sido atingido e informou que, pelas imagens, é possível verificar que o fogo chegou à parte alta dos barracões, onde ficam os ateliês de fantasia.
O diretor de carnaval da União da Ilha, Márcio André, explica que 90% das alegorias já estavam prontas para o desfile deste ano. Segundo ele, ainda não há registro de feridos. No barracão da Grande Rio, a parte de cima já começou a ceder.
Segundo a assessoria da prefeitura, Eduardo Paes está acompanhando o trabalho dos bombeiros e, assim que o fogo for controlado, ele pretende ir ao local. Em entrevista ao Bom Dia Brasil pelo telefone, o prefeito disse "que não há hipótese de o carnaval não acontecer e as escolas não desfilarem. Dou a garantia que a Cidade do Samba começa a ser reconstruída ainda esta semana", disse Paes que garante apoio e suporte às escolas atingidas.
A CET-Rio informou que a Rua Arlindo Rodrigues, que fica próxima à região, foi interditada. No Santos Dumont, a Infraero diz que a movimentação de aeronaves é normal.