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terça-feira, 29 de março de 2011

Dilma e Lula choram ao lembrar de José Alencar

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva choraram nesta terça-feira em Coimbra, em Portugal, ao comentar a morte de ex-vice-presidente José Alencar, segundo informações do repórter Sérgio Gabriel, da TV Bandeirantes. Lula, especialmente, mostrava-se emocionado, disse o repórter.

O ex-presidente disse que irá permanecer em Portugal até amanhã. Tanto ele quanto Dilma devem voltar para o Brasil no início da noite. Lula disse ainda que irá dedicar a Alencar o prêmio que irá receber em Coimbra.

Corpo de Alencar subirá a rampa do Palácio do Planalto

O corpo do ex-vice-presidente José Alencar será velado nesta quinta-feira, em Brasília, em uma cerimônia que será marcada por homenagens dedicadas a chefes de Estado. Presidente em exercício, o atual Michel Temer decretou luto oficial de sete dias. "Justificamente porque sua excelência exerceu praticamente um ano a Presidência da República por causa das viagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva", explicou Temer.

O corpo de Alencar, que morreu vítima de um câncer nesta terça-feira, em São Paulo, deve chegar à base aérea da capital federal por volta das 9h15, onde será recebido com honras militares, pelos chefes dos três poderes: além de Temer, os presidentes José Sarney (Senado), Marco Maia (Câmara) e Cezar Peluso (Supremo Tribunal Federal).

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Após um cortejo que deverá durar cerca de uma hora, o caixão subirá a rampa do Palácio do Planalto, a exemplo do que ocorreu com o presidente eleito Tancredo Neves, em 1985. Por volta das 10h30, o velório deverá então ser aberto ao público.

A presidenta Dilma Rousseff deve chegar a Brasília no começo da noite de quarta-feira, segundo informações da assessoria de imprensa. Ela está em Portugal, onde o ex-presidente Lula é homenageado. Os dois deverão comparecer juntos ao velório de José Alencar no Palácio do Planalto.

A homenagem ao ex-vice-presidente da República vai se estender por toda a madrugada desta quinta-feira. Por volta das 7 horas, o corpo segue para Belo Horizonte (Minas Gerais). Ainda não se sabe se Alencar será enterrado na capital mineira ou na sua cidade natal Muriaé. Nesta tarde, o corpo está sendo velado no Hospital Sírio-Libanês, com acesso restrito a familiares e convidados.

Em função da viagem da presidenta Dilma Rousseff ao exterior, o vice-presidente Michel Temer assumiu nesta tarde a tarefa de fazer um pronunciamento pela morte de Alencar. "Embora enfrentando uma tragédia, uma quase tragédia, soube manter uma harmonia interna e revelar uma tranquilidade excepcional perante todos brasileiros", afirmou. "O Brasil perde uma de suas grandes e expressivas figuras, tanto do setor empresárial como político", completou Temer.

De Portugal, Lula e Dilma lamentaram a morte de Alencar. "Tínhamos uma relação de irmãos, de pai e filho", disse Lula.

Ex-vice-presidente José Alencar morre aos 79 anos

O ex-vice-presidente da República José Alencar, 79 anos, morreu às 14h41 desta terça (29), no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em razão de câncer e falência múltipla de órgãos, segundo informou o hospital.
Após conversar com Josué Alencar, filho do ex-vice, a presidente Dilma Rousseff afirmou em Portugal que o velório será no Palácio do Planalto, em Brasília, aberto à visitação pública e com previsão de início às 10h30.
"Foi uma grande honra ter convivido com ele. Vai deixar uma marca. Estamos muito emocionados", afirmou Dilma.
Na quinta (31), o corpo também será velado em Belo Horizonte, no Palácio da Liberdade.
Em Portugal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou ao falar sobre a morte do ex-vice. "Conheço poucos seres humanos que tenham a alma de José Alencar, a bondade dele”, disse.
Primeiro ministro a se manifestar sobre o assunto nesta terça, Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, também se emocionou ao receber a notícia durante uma entrevista (saiba o que disseram outros políticos e personalidades).
A morte de Alencar também repercutiu no exterior. O presidente da República em exercício, Michel Temer, decretou luto oficial de sete dias.
Na UTI
Na última das várias internações, Alencar estava desde segunda (28) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com quadro de suboclusão intestinal.
O ex-vice-presidente lutava contra o câncer havia 13 anos, mas nos últimos meses, a situação se complicou.
Após passar 33 dias internado – inclusive no Natal e no Ano Novo –, o ex-vice-presidente havia deixado o hospital no último dia 25 de janeiro para ser um dos homenageados no aniversário de São Paulo.
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A internação tinha sido motivada pelas sucessivas hemorragias e pela necessidade de tratamento do câncer no abdômen. No dia 26 de janeiro, recebeu autorização da equipe médica do hospital para permanecer em casa. No entanto, acabou voltando ao hospital dias depois.
Durante o período de internação, Alencar manifestou desejo de ir a Brasília para a posse da presidente Dilma Rousseff. Momentos antes da cerimônia, cogitou deixar o hospital para ir até a capital federal a fim de descer a rampa do Palácio do Planalto com Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele desistiu após insistência da mulher, Mariza. Decidiu ficar, vestiu um terno e chamou os jornalistas para uma entrevista coletiva, na qual explicou por que não iria à posse e disse que sua missão estava “cumprida”.
Na conversa com os jornalistas, voltou a dizer que não tinha medo da morte. “Se Deus quiser que eu morra, ele não precisa de câncer para isso. Se ele não quiser que eu vá agora, não há câncer que me leve”, disse.
No mesmo dia, ele recebeu a vista de Lula, que deixou Brasília logo após a posse de Dilma.
Internações
Os últimos meses de Alencar foram de internações sucessivas. Em 9 de fevereiro, ele foi hospitalizado devido a uma perfuração no intestino.
O ex-vice-presidente já havia permanecido internado de 23 de novembro a 17 de dezembro para tratar uma obstrução intestinal decorrente dos tumores no abdômen. No dia 27 de novembro, foi submetido a uma cirurgia para retirada de parte do tumor e de parte do intestino delgado.
Alencar passou alguns dias na UTI Cardiológica e começou a fazer sessões de hemodiálise depois que os médicos detectaram piora da função renal. Em setembro de 2010, foi internado em razão de um edema agudo de pulmão.
No dia 25 de outubro, voltou ao Sírio-Libanês ao apresentar um quadro de suboclusão intestinal. Dias após a internação, ainda no hospital, sofreu um infarto no fim da tarde do dia 11 de novembro. Foi submetido a cateterismo, “que não mostrou obstruções arteriais importantes”.
Batalha contra o câncer
O ex-vice-presidente travou uma longa batalha contra a doença. Nos últimos 13 anos, enfrentou uma série de operações e tratamentos médicos. Foram mais de 15 cirurgias. Em abril de 2010, desistiu da candidatura ao Senado para se dedicar ao tratamento do câncer.
Desde 1997, foram mais de dez cirurgias para retirada de tumores no rim, estômago e região do abdômen, próstata, além de uma cirurgia no coração, em 2005.

A maior delas, realizada em janeiro de 2009, durou quase 18 horas. Nove tumores foram retirados. Exames realizados alguns meses depois, no entanto, mostraram a recorrência da doença.
Também em 2009, iniciou em Houston, nos Estados Unidos, um tratamento experimental contra o câncer. Alencar obteve autorização para participar, como voluntário, dos testes com um novo medicamento no hospital MD Anderson, referência no tratamento contra a doença. O tratamento não surtiu o efeito esperado e o então vice-presidente voltou a fazer quimioterapia em São Paulo.
José Alencar era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e deixa três filhos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patrícia.
Tratamento no exterior
O tratamento experimental nos EUA em 2009 não foi a primeira tentativa de Alencar de obter a cura fora do país. Ele já havia viajado para os Estados Unidos em 2006 para se tratar com especialistas. No ano seguinte, no entanto, os exames mostraram que o câncer havia se espalhado para o peritônio, uma membrana que reveste as paredes do abdômen.
Iniciava-se, então, a série de cirurgias na região. Em 2008, foram três internações. Em janeiro e em julho, exames mostraram uma reincidência de tumores abdominais. Em agosto, Alencar começou tratamento com um novo medicamento, a Trabectedina.
Com a saúde fragilizada, o ex-vice-presidente também foi internado por outros problemas. Em novembro de 2008, durante uma visita a Resende (RJ), teve fortes dores abdominais. O diagnóstico foi enterite (inflamação intestinal). Segundo os médicos, não havia relação com o câncer. Vinte dias depois, ele foi internado novamente, com quadro de insuficiência renal. Recebeu alta dois dias depois.
Sempre bem-humorado nas sucessivas vezes em que deixou o hospital Sírio-Libanês, chegava a brincar com seu próprio quadro clínico. "Estou melhor do que das outras vezes", repetia.

Após a maior das cirurgias, em 2009, Alencar saiu do hospital dizendo que não temia a morte. “Não tenho medo da morte, porque não sei o que é a morte. A gente não sabe se a morte é melhor ou pior. Eu não quero viver nenhum dia que não possa ser objeto de orgulho", afirmou. “Peço a Deus que não me dê nenhum tempo de vida a mais, a não ser que eu possa me orgulhar dele.”
Problemas de saúde ‘paralelos’
O ano de 2010 começaria com uma boa notícia para o então vice-presidente. O tumor que tratava vinha apresentando redução, segundo o hospital.
Alguns meses mais tarde, no entanto, ele começou a ter problemas de saúde “paralelos” ao câncer.
No início de maio, numa das idas ao hospital para a quimioterapia, apresentou pressão alta. Exames apontaram isquemia cardíaca e uma “obstrução grave” numa das artérias.

Alencar então passou por um cateterismo e uma angioplastia e recebeu um “stent”, um mecanismo que “alarga” a artéria. No total, ficou nove dias internado.
No final do mesmo mês, queixando-se de fadiga, foi internado novamente. Após exames, o hospital constatou que ele estava anêmico e tinha um “quadro congestivo pulmonar”, consequência da quimioterapia.
O tratamento, no entanto, continuava a dar resultados positivos, com a redução dos tumores.
No final de agosto, contraiu uma infecção, que foi tratada com antibióticos. Ele seria internado novamente poucos dias depois, no início de setembro, com o diagnóstico de edema agudo de pulmão. Foram mais seis dias no hospital.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Técnicos detectam Plutônio no chão da central nuclear de Fukushima

Vestígios do metal radioativo plutônio foram detectados nesta segunda-feira no chão em cinco áreas da central nuclear de Fukushima, segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, que cita um relatório da empresa Tepco (Tokyo Electric Power Co).

A empresa acredita que o plutônio veio do combustível de um dos reatores avariados após o terremoto seguido pelo maremoto de 11 de março.

Água contaminada

Nesta segunda-feira, água com alto índice radioativo foi detectada nos túneis que passam sob os edifícios dos reatores 1, 2 e 3. "Detectamos água acumulada em poços de um duto subterrâneo que desemboca no exterior do edifício com um nível de radioatividade superior a 1.000 milisieverts por hora", declarou um porta-voz da empresa.

Os poços ficam a 60 metros do Oceano Pacífico e a água contaminada pode ter seguido até a margem. A empresa também detectou água contaminada no exterior dos edifícios dos reatores 1 e 3, mas com níveis de radioatividade muito inferiores.

Erro inaceitável

O anúncio equivocado da empresa Tepco (Tokyo Electric Power) sobre um nível de radioatividade 10 milhões de vezes acima do normal na água que sai da central nuclear de Fukushima é "inaceitável", afirmou o governo do Japão.

"Mesmo que o cansaço das pessoas que trabalham no local possa ajudar a explicar o erro, considerando que a vigilância da radioatividade é uma condição maior para garantir a segurança, este tipo de erro é absolutamente inaceitável", declarou Yukio Edano, porta-voz do governo. "O governo ordenou que a Tepco não cometa o mesmo erro", acrescentou.

TSE vai cadastrar digitais de 6 milhões de eleitores

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, deu início hoje, em Curitiba (PR), a uma nova etapa de recadastramento de eleitores para as eleições de 2012. Nesta fase, cerca de seis milhões de pessoas deverão comparecer às sedes dos tribunais eleitorais para o cadastramento das impressões digitais.

O objetivo é que até 2018 todos os estimados 150 milhões de eleitores do País estejam cadastrados biometricamente, o que, segundo Lewandowski, evitará fraudes, encurtará filas e apressará a apuração. Nas eleições de 2010, pouco mais de 1,1 milhão de eleitores foram identificados por impressão digital em todo o Brasil.

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Além dos 1,3 milhão de eleitores curitibanos, os eleitores dos municípios paulistas de Jundiaí e Itupeva; dos pernambucanos Aliança, Caruaru, Catende, Macaparana, Sanharó e Vicência; de Goiânia, e de todas as cidades de Alagoas e Sergipe também participam do recadastramento nesta fase. Os eleitores da capital de São Paulo devem esperar algum tempo para a coleta das impressões digitais. "É um osso duro de roer, tem que estudar bem", disse Lewandowski. A capital paulista tem mais de 8,4 milhões de eleitores.

De acordo com o presidente do TSE, o recadastramento colocará os eleitores como prioritários para o recebimento da identificação única, chamada de Registro de Identificação Civil (RIC), que substituirá vários outros documentos. Em Curitiba, foi montada uma grande estrutura na Central de Atendimento ao Eleitor para que seja possível o recadastramento de até 5 mil eleitores por dia. A fim de evitar filas, os eleitores foram orientados a seguir uma distribuição baseada no mês de nascimento.

Ficha Limpa

Na semana passada, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a Lei da Ficha Limpa não vale para as eleições de 2010. Hoje, quando falava dos avanços tecnológicos no sistema eleitoral, Lewandowski foi questionado sobre o assunto e reforçou seu ponto de vista, de que a lei deveria ter sido aplicada já nas últimas eleições. O ministro explicou que, além do avanço tecnológico, a Justiça tem procurado "afastar os maus políticos de ocuparem cargos públicos".

O presidente do TSE disse ainda que, no tempo em que vigorou, sustentada pela Justiça Eleitoral, a Lei da Ficha Limpa surtiu efeitos. "Primeiramente porque a população discutiu profundamente, de forma muito vertical, os antecedentes dos candidatos, e, em segundo lugar, os próprios partidos políticos fizeram uma triagem e eliminaram os candidatos que não tinham bons antecedentes", comentou.

Lewandowski ressaltou, ainda que, em alguns casos, os próprios candidatos que previam ser barrados renunciaram à candidatura ou sequer registraram-na. "Portanto, ela surtiu importantes efeitos durante sua vigência. E eu creio que a cidadania brasileira espera que o Supremo confirme a sua constitucionalidade para as eleições de 2012".

Coalizão atinge uma das unidades 'mais leais' a Kadhafi, diz Pentágono

A coalizão que ataca as forças pró-Muammar Kadhafi na Líbia atingiu o quartel-general de uma das unidades militares mais leais ao ditador, e uma das mais ativas em atacar civis, disse nesta segunda-feira (28), sem entrar em detalhes, o diretor do Estado Conjunto das Forças Armadas dos EUA, vice-almirante Bill Gortney.
Ele disse que a coalizão disparou seis mísseis de cruzeiro Tomahawk nas últimas 24 horas e fez 278 incursões aéreas, muitas relacionadas a ataques às forças de Kadhafi.
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O vice-almirante reforçou que o Pentágono não tem relatos confirmados sobre mortes de civis em bombardeios das forças da coalizão, ao contrário do que afirma o governo líbio.
Ele também negou que os EUA estejam ajudando diretamente os rebeldes que, desde 15 de fevereiro, tentam derrubar o governo Kadhafi, mas disse que, claramente, os rebeldes estão se beneficiando militarmente dos bombardeios aliados.

Apesar disso, Gortney qualificou os ganhos militares dos rebeldes nos últimos dias de "tênues".
Ele afirmou que o Pentágono ainda tem poucas informações sobre quem são os rebeldes.
Mais cedo nesta segunda, militares franceses afirmaram ter bombardeado um centro de controle das tropas pró-Kadhafi próximo à capital, Trípoli.
Os bombardeios aliados continuavam na noite desta segunda-feira em duas cidades ao sul de Trípoli, segundo a TV estatal do país..
Ao mesmo tempo que mantêm a pressão militar sobre Kadhafi, os aliados também continuam com a ofensiva diplomática para convencê-lo a sair do poder.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o premiê britânico, David Cameron, voltaram a pedir a renúncia de Kadhafi e voltaram a reconhecer o "papel pioneiro" do conselho rebelde e a endossá-lo no futuro processo de transição no país.
Uma reunião na terça-feira deve começar a definir o panorama política de uma possível Líbia pós-Kadhafi.
O ex-ministro da Justiça Mustafá Abdeljalil, hoje no conselho rebelde, disse que o grupo oposicionista tem a intenção de julgar Kadhafi no próprio país por seus supostos crimes de guerra. O regime já é investigado pelo Tribunal Penal Internacional, de Haia.

domingo, 13 de março de 2011

Tropas de Kadhafi retomam controle de cidades na Líbia

As tropas do ditador Muamar Kadhafi retomaram neste sábado o controle de cidades importantes, como Ras Lanuf, a 600 km da capital Trípoli, e Bin Jawad. Os rebeldes fugiram para Al-Gayla, temendo bombardeios e explosões nos tanques de combustível nas instalações de petróleo de Ras Lanuf.

Os chamados Kataebs, forças leais ao regime, são treinados para a guerra. Eles contam com mais armamento e têm auxílio de bombardeios aéreos, deixando os rebeldes com poucas alternativas senão fugir.

Na próxima segunda-feira uma missão da ONU (Organização das Nações Unidas) chegará à Líbia para tentar uma saída pacífica para o conflito na região. Em uma reunião no Cairo, capital do Egito, a Liga Árabe pediu formalmente ao Conselho de Segurança da ONU que seja criada uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.

Alta tecnologia faz prédios resistentes a terremotos

Em meio à destruição causada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu a costa leste do Japão sexta-feira, o maior da história do país, prédios continuam em pé apesar do forte tremor. O que explica isso são as altas tecnologias de engenharia civil desenvolvidas há anos pelos japoneses para minimizar os prejuízos e mortes causados pelos desastres naturais. “Eles concebem o prédio como um elemento dinâmico, já que ele estará sempre sujeito a movimentos em qualquer direção”, explicou André Dantas, engenheiro civil especialista em logística de desastres e professor associado da Universidade de Canterbury (Nova Zelândia), em entrevista ao iG.
Os estudos sobre construções resistentes a terremotos começaram fora do Japão na década de 70. Dois pesquisadores, Robert Park e Thomas Paulay, iniciaram estudos na Nova Zelândia sobre como desenvolver elementos de construção, como o pilar e a laje, mais resistentes aos abalos sísmicos. Depois do terremoto de Kobe, em 1995, que matou cerca de 6,5 mil pessoas, os japoneses passaram a investir mais em novas tecnologias na construção civil. “Os japoneses levaram técnicas já desenvolvidas a um nível assustador”, diz Dantas.

À prova de tudo

Ao construir um novo prédio, a preocupação começa na fundação, parte do edifício que fica em contato com o solo. Os prédios ganham alicerces com suspensão para absorver o impacto gerado pelo terremoto. Nos prédios como os do governo japonês, são instalados amortecedores eletrônicos, que podem ser controlados à distância. Em prédios mais simples são usados amortecedores de molas que funcionam de um jeito parecido à suspensão de veículos. Os engenheiros também colocam um material especial para amortecer as junções entre as colunas, a laje e as estruturas de aço que compõe cada andar. “Esse material ajuda a dissipar a energia quando a estrutura se movimenta em direções opostas, assim o prédio não esmaga os andares intermediários”, explica Dantas. Todos os andares possuem, além de paredes de concreto, uma estrutura de aço interna, que ajuda a suportar o peso do prédio.

Pêndulo

Uma das partes mais importantes dos prédios com tecnologias mais modernas contra terremotos é o sistema de contrapeso inercial: instalada na parte mais alta, uma bola pesada o bastante para movimentar o prédio no sentido contrário às vibrações do solo atenua o movimento e permite que o prédio se mantenha 40% mais estável durante um terremoto.

Os vidros das janelas, uma das partes mais sensíveis da construção, são envolvidos por borracha, para que não fiquem em contato direto com a esquadria de aço. Com isso, enquanto o prédio sacode, o vidro também se movimenta, porém de maneira controlada.

Este conjunto de tecnologias permite que os prédios mais modernos do mundo passem por terremotos sem comprometer a estrutura física da construção. Contudo, como cada prédio pode ser construído para suportar uma intensidade máxima de terremoto, alguns edifícios podem desabar após enfrentar uma série de abalos sísmicos em um curto espaço de tempo. “Uma estrutura já debilitada por um tremor inicial está suscetível a danos maiores”, diz Dantas.

Controle à distância

Os engenheiros de países localizados em regiões com alta movimentação de placas tectônicas tentam preparar os prédios para suportar terremotos de diversas intensidades. Novos estudos mostram que em breve empresas poderão ajustar os sistemas de contenção das construções pelo computador no momento em que o terremoto começar. “Todas essas tecnologias serão controladas em conjunto a partir de informações de sensores”, diz Dantas.

Ao instalar sensores em todos os elementos que compõe uma edificação, um engenheiro receberá informações em tempo real sobre o início, intensidade e variações do terremoto. Depois de analisar as melhores técnicas, ele acionará via internet os dispositivos que controlam cada estrutura flexível do prédio. Será possível, por exemplo, aumentar a velocidade do pêndulo para compensar movimentos bruscos causados pelo terremoto.

Entre as universidades que conduzem estudos científicos sobre o assunto estão a Universidade de Nagoya (Japão) e a Universidade de Washington (EUA). Os sistemas, contudo, ainda não estão prontos para instalação em prédios.

Japão alerta sobre risco de nova explosão na usina de Fukushima

O governo do Japão alertou neste domingo (13) do risco de uma nova explosão, similar à da véspera, na usina nuclear de Fukushima, localizada no nordeste do país. As autoridades, no entanto, dizem que não esperam danos em nenhum reator do complexo.
O ministro porta-voz Yukio Edano disse que o reator número 3 da unidade sofre problemas em seu sistema de refrigeração, mas que não há risco de fusão do núcleo.
Edano considerou possível que aconteça uma explosão no recipiente de contenção do reator devido a uma acumulação de hidrogênio, como ocorreu no reator 1, mas insistiu em que o previsível é que não cause danos graves.
Ele também afirmou que uma eventual explosão não causaria novas retiradas de moradores da região, após a mudança para outros lugares de cerca de 180 mil pessoas que vivem em um raio de 20 km em torno da usina nuclear.
Sobre as informações de um possível processo de fusão no núcleo de um reator, Edano disse que não há nenhum dado que confirme que aconteceu essa fusão, embora tenha admitido uma possível “deformação” de uma parte do núcleo devido a um superaquecimento.
Edano destacou, no entanto, que ambos os casos são diferentes e é necessário ser cauteloso com a terminologia, pois segundo ele “uma deformação do núcleo não equivale a uma fusão”.

O porta-voz do governo disse que o nível de radiatividade que desprendia a central de Fukushima chegou a superar em um ponto o limite permitido de 500 microsievert até alcançar os 1.557 microsievert, mas 50 minutos depois tinha se reduzido para 184 microsievert.
“O nível atual não é prejudicial para a saúde”, afirmou Edano, que equiparou o nível máximo de radiatividade emitido pela central com três radiografias de estômago.

Segundo a agência local Kyodo, apesar das retiradas maciças, pelo menos 22 pessoas foram expostas à radiatividade.
Em Fukushima, os esforços se centram em tentar reduzir a temperatura de seis reatores das usinas nucleares 1 e 2, cujos sistemas de refrigeração ficaram danificados pelo terremoto. Para isso, estão sendo usadas água do mar e ácido bórico.

sábado, 12 de março de 2011

Mortos por terremoto e tsunami podem passar de mil, diz governo

Um dia após o terremoto seguido de tsunami que devastou a costa leste do Japão, o governo lançou uma grande operação de resgate e ajuda humanitária nas áreas mais afetadas. O último balanço oficial divulgado pelo governo informou que a tragédia deixou pelo menos 686 mortos, mas o porta-voz do governo afirma que o número de vítimas fatais pode passar de mil.

"Baseado nos casos reportados (e não confirmados) até agora, estimamos que mais de mil pessoas tenham perdido suas vidas", afirmou o porta-voz Yukio Edano. "Infelizmente, o número pode aumentar ainda mais, considerando a dificuldade de avaliar a extensão total dos danos."

Não há um número oficial de desaparecidos, mas a TV japonesa afirmou que 10 mil pessoas estão desaparecidas apenas na cidade portuária de Minamisanriku. O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse que cerca de três mil foram resgatados com vida.


Segundo o governo japonês, milhares de militares foram mobilizados para participar das operações, além de 300 aviões e 40 navios.

O premiê participou de reuniões de emergência na manhã deste sábado (horário local) e deve seguir para as áreas do desastre, inclusive para as usinas nucleares em estado de alerta. "Nosso governo fará todos os esforços possíveis para assegurar a integridade e segurança das pessoas e também minimizar os estragos causados pelo terremoto", disse o premiê.

O sábado ainda deve revelar toda a extensão dos danos causados pelo tremor seguido de tsunami de ao menos sete metros de altura que varreu vilarejos e cidades.
A imprensa japonesa teme um grande número de mortos na ilha de Honshu, na costa nordeste do país, onde ondas gigantescas destruíram mais de 3.000 casas. Segundo autoridades, cerca de 1.800 casas foram destruídas em Minamisoma, e 1.200 na cidade de Sendai, a mais próxima do epicentro do terremoto.

Na pequena cidade de Ofunato, mais ao norte, 300 casas foram destruídas ou arrastadas. Mais de 80 incêndios atingiam os arredores de Tóquio e as prefeituras de Iwate, Miyagi, Akita e Fukushima, informou a Kyodo, com base em informações do Departamento de Bombeiros.

Risco do acidente nuclear do Japão à saúde pública é muito baixo, diz ONU

A Organização Mundial de Saúde (OMS), agência das Nações Unidas, afirmou neste sábado (12) que o risco para a saúde pública oferecido pelo vazamento de radiação de uma usina nuclear na província de Fukushima, no Japão, parece ser "muito baixo".
Mas, se necessário, a rede de peritos médicos da agência estava pronta para ajudar, se o Japão solicitar.
"Neste momento, parece ser o caso que o risco para a saúde pública é provavelmente muito baixo. Entendemos que a radiação que escapou da usina é muito pequena em quantidade", disse Gregory Hartl, porta-voz da OMS.
A radiação vazou de uma usina danificada após uma explosão, ocorrida durante uma réplica do forte terremoto de magnitude 8,9, seguido de tsunami, que atingiu violentamente a costa do Japão na véspera.

A preocupação em relação à possibilidade de contaminação nuclear persiste, apesar de o governo japonês ter tranquilizado a população em relação às consequências do desastre.
As autoridades estavam se preparando para distribuir iodo para a população local para protegê-los da exposição à radiação.
O terremoto e o tsunami com ondas de até dez metros de altura destruíram parte da costa nordeste da ilha de Honshu, a principal do arquipélago japonês, e deixaram centenas de mortos.
As buscas por milhares de desaparecidos continuavam, e autoridades e imprensa previam que a cifra de mortos passe de mil.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Embaixada no Japão divulga telefone e e-mail para emergências

A Embaixada do Brasil em Tóquio divulgou e-mail e telefone para que os brasileiros residentes no Japão possam entrar em contato. Estes canais de comunicação também estarão disponíveis para familiares que estão no Brasil em busca de informações.

As informações podem ser fornecidas ou solicitadas pelo email comunidade@brasemb.or.jp e pelo telefone 813 3404-5211.

O Google também participa dos esforços para localização de pessoas desaparecidas e criou um site especial sobre o terremoto e o tsunami no Japão. Neste endereço, é possível tanto pedir quanto fornecer informações a respeito de mortos e desaparecidos.

Desastres

O Japão foi atingido por um terremoto e um tsunami nesta sexta-feira. As ondas chegaram a atingir até dez metros de altura. A região mais atingida foi a costa nordeste do país, especialmente as províncias de Miyagi e Sendai. O parque temático da Disney, localizado em Chiba, a alguns quilômetros de Tóquio, também foi atingido pelas ondas gigantes.

Na capital Tóquio, cerca de quatro milhões de pessoas estão sem eletricidade, e a zona portuária foi inundada. O governo faz o melhor que pode para coordenar as operações de resgate, "levando em consideração que o terremoto pode ter causado danos gigantescos", declarou à imprensa o porta-voz Yukio Edano. O metrô foi paralisado por causa do tremor.

Além do Japão, vários outros países da Ásia e também da Oceania se preparam para a chegada das ondas, que chegaram a atingir 10 metros. Um geofísico da USP informou que as ondas devem chegar nas próximas horas à Austrália e, posteriormente, aos Estados Unidos e América do Sul.

Forte terremoto atinge região central do Japão

Horas depois de um terremoto de 8,9 graus atingir a costa noroeste do Japão, causando um tsunami de ao menos sete metros de altura, a região central do país sentiu na madrugada de sábado (tarde de sexta-feira em Brasília) um abalo de 6,2 graus.

A Agência Meteorológica do Japão disse que o novo tremor atingiu uma parte montanhosa do país a uma profundidade de 10 quilômetros e cerca de 170 quilômetros de Tóquio, fazendo os prédios balançarem. Ainda não há informações sobre danos ou vítimas. Também não está claro se esse tremor tem relação com o que atingiu o país na sexta-feira.

Dezenas de abalos secundários atingiram o nordeste do Japão desde o tremor de 8,9, mas o mais recente terremoto foi em um lugar inteiramente diferente. A Agência Meteorológica do Japão também emitiu um novo alerta de tsunami para toda a costa leste do país.

O novo alerta foi emitido às 3h20 (de sábado pelo horário local; 15h20 de Brasília), advertindo para o "grande risco" de tsunami nas Províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima, as mais afetadas pelo terremoto de 8,9 graus.

Tremor e tsunami no Japão deixam mais de mil mortos e desaparecidos

O forte terremoto de magnitude 8,9 que atingiu nesta sexta-feira (11) a costa nordeste do Japão, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), gerando um tsunami (onda gigante com potencial destrutivo) de até dez metros de altura que varreu a costa do país, deixou mais de mil mortos ou desaparecidos, além de ter destruído regiões inteiras.
O tremor foi o 7º pior na história, segundo a agência americana, e também o pior já registrado no Japão.
A Polícia Nacional informou que 178 pessoas morreram, 584 estão desaparecidas e ao menos 947 estão feridas. A polícia da província de Miyagi disse que até 300 corpos de vítimas do tsunami foram encontrados na região costeira da cidade de Sendai. As autoridades acreditam que são corpos de residentes que morreram afogados pela onda de dez metros de altura que atingiu o litoral.

A agência Kyodo e outros veículos estimaram que o número de vítimas pode passar de mil. A maioria deles teria morrido afogada.

O abalo provocou um tsunami que alcançou áreas da cidade japonesa de Sendai, na ilha de Honshu, a principal do arquipélago japonês.
Carros, barcos foram arrastados, casas e outras infraestruturas foram destruídas, e as imagens da destruição, feitas de helicópteros, são impressionantes.
Um vídeo da TV local mostrou a onda gigante arrastando carros em sua chegada à costa.
Em muitos lugares, o mar ultrapassou os diques de proteção e avançou vários quilômetros por terra, recordando cenas do tsunami que ocorreu no Oceano Índico, em 2004.
Alerta no Pacífico
O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, agência americana, emitiu um alerta para vários países na costa do Pacífico, avisando da possibilidade da chegada de ondas de até dez metros, mas até agora não houve relato de destruição fora do Japão.
A Casa Branca avaliou que os EUA, principalmente o estado do Havaí, escaparam do pior, mas moradores foram retirados da costa da Califórnia.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Obama: EUA e Otan avaliam opção militar contra violência na Líbia

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que os EUA e a Organização do Atlântico Norte (Otan) ainda consideram uma resposta militar para a violência na Líbia. Falando na Casa Branca, Obama disse que os EUA ficarão ao lado da população líbia enquanto ela enfrenta uma violência "inaceitável". Ele também disse que autorizou um adicional de US$ 15 milhões em auxílio humanitário ao país.

O líder americano enviou uma forte mensagem ao líder líbio, Muamar Kadafi, dizendo que ele e seus partidários serão responsabilizados pela violência. Aviões líbios lançaram ataques múltiplos nesta segunda-feira contra rebeldes da oposição no segundo dia de uma dura repressão do governo para impedir o avanço opositor para a capital, Trípoli.
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que os EUA e a Organização do Atlântico Norte (Otan) ainda consideram uma resposta militar para a violência na Líbia. Falando na Casa Branca, Obama disse que os EUA ficarão ao lado da população líbia enquanto ela enfrenta uma violência "inaceitável". Ele também disse que autorizou um adicional de US$ 15 milhões em auxílio humanitário ao país.

O líder americano enviou uma forte mensagem ao líder líbio, Muamar Kadafi, dizendo que ele e seus partidários serão responsabilizados pela violência. Aviões líbios lançaram ataques múltiplos nesta segunda-feira contra rebeldes da oposição no segundo dia de uma dura repressão do governo para impedir o avanço opositor para a capital, Trípoli.
Segundo a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, os EUA estão longe de uma decisão sobre a questão. "Há muita prudência em relação às ações que poderíamos empreender em âmbitos distintos do apoio a missões humanitárias", acrescentou.

O chanceler britânico, William Hague, disse no domingo que a zona de exclusão aérea sobre a Líbia ainda está no estágio inicial de planejamento e descartou o uso de forças terrestres.

Opções militares dos EUA

Os analistas de defesa dos Estados Unidos estão preparando uma série de opções militares para a Líbia no caso de Washington e seus aliados decidirem intervir no país, informou o jornal New York Times. O jornal, que cita fontes anônimas do governo, uma das opções em análise seria a simples interferência nos sinais de aviões no espaço aéreo internacional, o que confundiria as comunicações do governo líbio com as unidades militares.

A mais recente força americana a se aproximar, apesar de com uma certa distância, de Trípoli, capital do país do norte da África, é a 26ª Unidade Expedicionária da Marinha, a bordo de dois navios anfíbios, o Kearsarge e o Ponce, segundo o NYT.

A unidade tem uma força completa por ar, mar e terra que pode avançar rapidamente por centenas de quilômetros. Segundo o jornal, outra tática seria fornecer armas e outros materiais aos rebeldes líbios. Outras opções incluem a inserção de pequenas equipes especiais de operações para auxiliar os rebeldes, como aconteceu no Afeganistão para derrubar a milícia islâmica do Taleban em 2001.

Essas equipes são treinadas para melhorar a eficiência dos combatentes com muita rapidez, com treinamento, equipamento e liderança, completou o New York Times.

Combates em terra

As discussões sobre a intervenção internacional e o estabelecimento da zona de exclusão aérea acontecem enquanto se intensificam os confrontos na Líbia, com os rebeldes anti-Kadafi afirmando que tentam se reagrupar após uma ofensiva aérea e terrestre lançada por forças leais ao líder líbio.

Nesta segunda-feira, aviões militares de Kadafi bombardearam Ras Lanouf, no leste do país, um estratégico enclave petrolífero controlado pelos rebeldes desde sexta-feira. As duas bombas, porém, não deixaram vítimas ao atingir uma zona desértica. Um dia antes, uma forte ofensiva governista paralisou o avanço rebelde para Sirte, cidade natal e reduto de Kadafi localizado a 200 quilômetros de Ras Lanouf.

Mohamad Samir, um coronel do Exército que luta ao lado dos opositores, disse à Associated Press que suas forças precisam de reforços do leste depois do revés de domingo. "As ordens são para ficar aqui e guardar a refinaria, porque o petróleo é o que faz o mundo andar", disse o guerrilheiro rebelde Ali Suleiman, falando de um dos postos de controle estabelecidos nos arredores de Ras Lanouf.

Os confrontos de domingo pareceram indicar o início de uma nova fase no conflito, com o regime de kadafi recorrendo a seu poder aéreo contra rebeldes que tentam pôr fim a seu governo de quase 42 anos. O pesado uso de bombardeios expõe a preocupação do regime de que é necessário supervisionar o avanço rebelde em direção a Sirte.

As forças anti-Kadafi teriam um impulso moral se capturassem a cidade, e isso tiraria do caminho um grande obstáculo na marcha para Trípoli. O levante contra Kadafi, que começou em 15 de fevereiro, vem sendo mais sangrento do que as revoltas relativamente rápidas que depuseram os líderes autoritários dos vizinhos Egito e Tunísia.

A Líbia parece se encaminhar para uma guerra civil que pode durar por semanas ou até mesmo meses. Ambos os lados parecem ser relativamente fracos e mal treinados, apesar de as forças de Kadafi ter a vantagem em número de membros e em equipamentos.

Centenas, se não milhares, morreram desde o início da turbulência - as fortes restrições à imprensa tornam quase impossível conseguir um total preciso. Mais de 200 mil deixaram o país, sendo a maioria trabalhadores estrangeiros. O êxodo está criando uma crise humanitária através da fronteira com a Tunísia - outro país do norte da África em tumulto depois da mobilização que levou à renúncia de Zine El Abidine Ben Ali.

Se os rebeldes continuarem a avançar, mesmo que lentamente, a grande dependência de Kadafi no poder aéreo poderia estimular o Ocidente a impor a zona de exclusão aérea sobre o país. A ONU já impôs sanções contra a Líbia, e os EUA moveram suas forças militares para mais perto da área costeira do país enquanto exige a renúncia de Kadafi.

Popularidade do Brasil é a que mais cresce em pesquisa global

Uma pesquisa anual do Serviço Mundial da BBC conduzida em 27 países revela que as opiniões positivas sobre a influência do Brasil no mundo tiveram o maior aumento entre as nações pesquisadas, passando de 40% a 49%.

Já as visões negativas sobre a atuação brasileira caíram três pontos percentuais, para 20%. Somente em um país, a Alemanha, as opiniões negativas sobre o Brasil suplantam as positivas (32% a 31%). Outra nação a destoar do resultado geral foi a China, maior parceiro comercial do Brasil, onde a visão positiva da influência brasileira caiu 10 pontos percentuais, para 45%, e a opinião negativa subiu 29 pontos, para 41%.

Leia mais sobre a pesquisa:
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O levantamento, coordenado pelo instituto de pesquisas GlobeScan e pelo Programa de Atitudes em Política Internacional (PIPA, na sigla em inglês) da Universidade de Maryland (EUA), foi feito entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011 com 28.619 pessoas, que opinaram sobre a influência de 16 países e da União Europeia.

Para Fabián Echegaray, diretor do Market Analysis, empresa que realizou a pesquisa no Brasil, a melhor avaliação do país pode ser atribuída à aprovação à diplomacia brasileira, à popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à atuação de empresas e ONGs brasileiras no exterior. "Nos últimos dois, três anos, ONGs brasileiras tiveram grande destaque na discussão sobre as mudanças climáticas. Esse papel é bastante percebido lá fora e acaba projetando a imagem do país", diz ele à BBC Brasil.

Segundo Echegaray, o bom desempenho da economia brasileira nos últimos anos, período em que muitos países sofreram intensamente os efeitos da crise financeira, também contou pontos a favor do Brasil, principalmente entre nações europeias.

A melhora na avaliação sobre o Brasil fez com que o país igualasse o desempenho obtido pelos Estados Unidos, cuja influência também foi considerada positiva por 49% dos entrevistados. Os dois países ocupam posições intermediárias no ranking da pesquisa, que tem a Alemanha (com 62% de aprovação) e a Grã-Bretanha (58%) nos primeiros lugares e Irã e Coreia do Norte (ambos com 16% de aprovação) nas últimas colocações.

Auto-imagem

Echegaray destaca, ainda, entre os resultados da pesquisa, a excelente opinião que os brasileiros têm da influência do próprio país: ela só é comparável à dos sul-coreanos. De acordo com o levantamento, 84% dos brasileiros acham que o Brasil tem influência positiva para o mundo, mesma porcentagem medida em 2009 e mesmo índice da Coreia do Sul.

Em 2008, ano em que o Brasil passou a figurar no questionário, 74% aprovavam a atuação do país. Neste ano, a aprovação à influência do próprio país atingiu 77% na China e na Índia, 69% na Grã-Bretanha, 68% na França, 64% nos Estados Unidos e 39% no Japão.

Para o pesquisador, a boa avaliação do Brasil entre seus cidadãos indica como o brasileiro está processando o acúmulo de notícias no exterior a respeito do país. "Os dados revelam um apoio à atuação externa do Brasil, seja via políticas públicas ou iniciativas de setores da sociedade."

O levantamento no Brasil foi feito com 800 adultos moradores de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Projeção

A pesquisa revela ainda que a imagem do Brasil ao redor do mundo ganhou mais clareza no último ano: o número de entrevistados que optaram por não avaliar a influência do país caiu seis pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

A visão positiva do Brasil cresceu principalmente na Nigéria (22 pontos percentuais, chegando a 60% do total), na Turquia (29 pontos, 48%), Coreia do Sul (17 pontos, 68%) e Egito (19 pontos, 37%). Na Europa, as maiores aprovações ocorreram em Portugal (76%) e na Itália (55%). Na Grã-Bretanha, embora a avaliação positiva do Brasil tenha crescido 12 pontos, chegando a 47%, a opinião negativa aumentou 13 pontos, atingindo 33%.

Além de ser o único país onde a avaliação favorável ao Brasil foi inferior à desfavorável, a Alemanha foi a única nação europeia a registrar aumento no número de entrevistados que optaram por não avaliar a influência brasileira.

Entre os países latino-americanos pesquisados, a aprovação à influência do Brasil chegou a 65% no México, 63% no Peru e 70% no Chile, ainda que neste país a opinião positiva tenha caído sete pontos, e a negativa, aumentado em seis. Outros países onde as opiniões favoráveis ao Brasil cresceram foram a Austrália (50%, ante 32 na pesquisa anterior), Estados Unidos (60%, ante 42%), Canadá (53%, ante 38%) e Indonésia (50%, ante 42%).

Egito nomeia novo gabinete sem integrantes da era Mubarak

O novo governo egípcio dirigido por Essam Sharaf, livre de várias figuras da era Mubarak, como exigiam os manifestantes pró-democráticos, prestou juramento nesta segunda-feira perante o chefe do Conselho Supremo das forças armadas, o marechal Hussein Tantawi.

Seis ministérios foram renovados, incluindo os de Interior, Relações Exteriores e Justiça.

Nabil al Arabi, um diplomata de carreira, substituiu Ahmed Abul Gheit - um barão do governo do presidente deposto - à frente da diplomacia egípcia. Enquanto isso, o general Mansur al Issaui foi nomeado titular de Interior, tomando o lugar de Mahmud Wagdi, e o ex-procurador geral Mohamed el Guendi foi designado para liderar a Justiça.

O ministério do Petróleo ficou a cargo de Abdullah Ghorab, antigo dirigente de uma sociedade petroleira pública; o de Cultura nas mãos de Emad Abu Ghazi, um professor de universidade; e o de Mão de Obra (Trabalho) sob a responsabilidade de Ahmed el Borei.

Em um discurso televisionado, Sharaf pediu aos jovens que iniciaram a revolta popular contra o regime de Hosni Mubarak que agora ajudem no processo de transição.

"Pedimos aos jovens que participem socialmente e economicamente como o fizeram politicamente", explicou Sharaf, que afirmou que o governo egípcio toma sua legitimidade e sua força do povo.

"O governo confirma seu compromisso total com os tratados e convenções internacionais", afirmou, referindo-se ao tratado de paz com Israel.

Por sua vez, o novo chanceler Al Arabi, de 75 anos, formou parte da equipe que negociou a paz com Israel em 1978-1979. Egito e Jordânia são os únicos países árabes que firmaram a paz com os israelenses.

Ex-embaixador na ONU, diplomata respeitado e especialista em Direito Internacional, Al Arabi figura em uma lista de 25 pessoas propostas para uma coalizão de movimentos de jovens que iniciaram a revolta contra Mubarak, que apresentou sua renúncia em 11 de fevereiro sob a pressão popular.

O novo ministro do Interior, Mansur al Issaui, se comprometeu no domingo a fazer todo o possível para "restabelecer a segurança e a estabilidade" e a tomar "todas as medidas necessárias para restabelecer a confiança entre o cidadão e a polícia".

Os policiais desertaram das ruas do Egito alguns dias após o início da revolta. Pouco a pouco vão retornando aos seus postos de trabalho, mas a situação ainda não voltou ao normal.

Sharak é popular entre os jovens militantes pró-democráticos. Nomeado na quinta-feira substituindo Ahmad Shafiq, que renunciou, compareceu no dia seguinte à Praça Tahrir, convertida no símbolo da "revolução", onde foi aclamado por uma multidão entusiasmada.

Perante milhares de pessoas, comprometeu-se a satisfazer os pedidos populares, que exigem uma mudança democrática.

Ahmad Shafiq e seu governo foram nomeados nos últimos dias de Mubarak no poder. Inclusive depois de uma primeira remodelação, o Executivo foi rejeitado pelos opositores, particularmente pelas organizações de jovens, devido à presença de diversas pessoas próximas ao presidente deposto.

O novo governo deverá enfrentar uma situação econômica complicada. A Bolsa do Cairo fechou "indefinidamente" e o país perdeu semanas preciosas de receita. Sharaf, no entanto, mostrou-se otimista sobre uma recuperação da atividade econômica.

O novo gabinete também deverá aplicar as reformas políticas tomadas pelo Exército, a quem Mubarak cedeu o poder quando renunciou.

O Conselho supremo das forças armadas suspendeu a Constituição e dissolveu o Parlamento. Está prevista a realização de um referendo sobre as emendas ao texto no dia 19 de março, antes das eleições legislativas e presidenciais que, a princípio, devem ocorrer antes de setembro.

sábado, 5 de março de 2011

Receita suspende entrega de declarações do IR no fim de semana

Uma manutenção no sistema fará a Receita Federal suspender a transmissão das declarações do Imposto de Renda pela internet no fim de semana de carnaval. A paralisação começa às 15h de hoje e o serviço será retomado às 11h de amanhã.

Nesse período, o contribuinte pode preencher e gravar a declaração no computador, mas não poderá enviar as informações à Receita pelo programa Receitanet. O programa de preenchimento do formulário também pode ser baixado em qualquer horário.

De acordo com a Receita Federal, a manutenção estava programada e não tem relação com a pane que afetou o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) nesta semana. Na quarta-feira, um problema no centro de dados do Serpro em São Paulo interrompeu, por algumas horas, a transmissão das declarações e a emissão de documentos nos departamentos de Trânsito (Detrans) de vários estados.

Diariamente, a transmissão das declarações fica fora do ar da 1h às 5h da madrugada. Segundo a Receita, o Fisco aproveitou o feriado para fazer uma manutenção mais prolongada dos computadores que processam as informações dos contribuintes.

Declarações

De acordo com o balanço mais recente da Receita Federal, até às 17h de ontem, 571 mil contribuintes haviam enviado a declaração. O prazo de entrega vai até 29 de abril. O programa gerador da declaração está disponível na página da Receita na internet. Este ano não poderá mais ser usado o formulário de papel. Quem perder o prazo para enviar a declaração pode pagar uma multa mínima de R$ 165,74.

A Receita Federal espera receber 24 milhões de declarações, praticamente o mesmo volume de 2010 e 2009. De acordo com o Fisco, o número de contribuintes não cresceu por causa de mudanças que desobrigaram a entrega do documento em determinadas situações. Este ano, a Receita desonerou os contribuintes com patrimônio entre R$ 80 mil e R$ 300 mil e acabou com a obrigatoriedade para quem preenchia o formulário apenas por ter sido sócio de empresa.

Mantega e Palocci lideram ranking da agenda de Dilma

A agenda de Dilma Rousseff mostra que a presidenta priorizou a economia e as articulações políticas nos dois primeiros dois meses de governo. De acordo com a agenda oficial de Dilma divulgada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, o líder do ranking de encontros com a presidenta é o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com oito reuniões. Em segundo lugar vem o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, responsável pela estratégia política do governo, com sete encontros.

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Empatados em terceiro lugar, com cinco compromissos oficiais cada, estão os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, de Planejamento, Miriam Belchior, e de Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.

A agenda mostra que, depois de todo o desgaste causado pelo caso da violação do sigilo de Verônica Serra, filha do candidato derrotado José Serra, Pimentel, que enfrentou resistências para chegar ao ministério, voltou a gozar de prestígio junto à presidenta. Dilma e o ministro são amigos pessoais desde a adolescência em Belo Horizonte. Pimentel está na China ajudando na preparação da viagem da presidenta àquele país.


Foto: AE
Presidenta Dilma Rousseff posa com seus ministros para foto oficial durante solenidade de posse realizada no Palácio do Planalto há dois meses
Meio-campistas

Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Orlando Silva (Esporte), Fernando Haddad (Educação) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) estiveram quatro vezes cada com Dilma.

Fernando Bezerra (Integração Nacional), Edson Lobão (Minas e Energia) e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), que em entrevista recente se gabou de ser um dos únicos com o privilégio de conversar a sós com a presidenta, tiveram três encontros oficiais cada.

O presidente da Câmara, Marcos Maia (PT), os ministros Aloizio Mercadante (Indústria e Comércio), Isabella Teixeira (Meio Ambiente), Paulo Bernardo (Comunicações), Iriny Lopes (Mulheres), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Alexandre Padilha (Saúde) e Nelson Jobim (Defesa) têm dois registros cada.

Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário), Ana de Hollanda (Cultura), Ideli Salvatti (Pesca), Luiza Bairros (Igualdade Racial), Maria do Rosário (Direitos Humanos), Carlos Lupi (Trabalho) e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, estiveram uma vez cada com Dilma.

Na fila

Os ministros Garibaldi Alves (Previdência), Pedro Novais (Turismo), Alfredo Nascimento (Transportes), Mario Negromonte (Cidades) e Wagner Rossi (Agricultura) ainda não tiveram compromissos oficiais com a presidenta.

A agenda omite algumas atividades da presidenta como, por exemplo, o almoço de Dilma com o ex-presidenta Luiz Inácio Lula da Silva no dia 28 de fevereiro no escritório da Presidência, em São Paulo.

Prefeitura no RS decreta luto oficial após 26 mortes em acidente em SC

Santo Cristo, no Rio Grande do Sul, e as cidades vizinhas, como Santa Rosa e Porto Vera Cruz, estão se mobilizando para identificar as vítimas do acidente ocorrido na madrugada deste sábado (5) de carnaval e dar apoio às famílias que ficaram na cidade. Até as 10h40, 26 mortes estavam confirmadas pela Polícia Rodoviária Federal e pelo hospital para onde foram encaminhadas as vítimas.
Os passageiros do ônibus que bateu em um caminhão que transportava madeiras na BR-282, na região de Descanso, Oeste em Santa Catarina, eram, na sua maioria da comunidade Linha Salto, localidade do interior de Santo Cristo. “São diversas famílias, e morreram alguns casais”, diz Adelaine Catarina Sezer, primeira-dama e vereadora do município.
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A prefeitura de Santo Cristo decretou luto facultativo por três dias. O prefeito da cidade, José Luís Sezer, seguiu de avião para o local do acidente, acompanhado de outras autoridades, como o secretário de saúde e o delegado de polícia.
Perto das 11h30, a vereadora e o vice-prefeito, Aloísio João Reis, seguiam para Linha Salto. “Os familiares estão concentrados no pavilhão da Sociedade Esportiva Tiradentes”, disse Adelaine. “Encaminhamos equipes e ambulâncias para dar assistência, porque muitas pessoas passaram mal. A polícia está dando assistência no trânsito, porque há uma grande concentração de pessoas no local.”

Em Linha Salto, Santo Cristo, famílias das vítimas do
acidente entre ônibus e carreta em Descanso, Santa
Catarina, reuniram-se (Foto: Agência RBS)
O pavilhão deve abrigar um velório coletivo. Santo Cristo tem 14.349 habitantes.
O ônibus seguia para Marechal Cândido Rondon, Oeste do Paraná, onde parte dos passageiros participaria de um evento esportivo de bolão – um esporte típico da região e semelhante ao boliche.
A prefeitura de Santo Cristo enviou um caminhão com câmara fria para fazer o traslado dos corpos, mas ainda não há previsão da chegada das vítimas a Linha Salto. “Estamos tendo auxílio do prefeito de Santa Rosa, Orlando Desconsi, e da prefeita de Porto Vera Cruz, Vanice de Matos, que inclusive tinha parentes no ônibus”, relata Adelaine.
Os feridos foram encaminhados para hospitais da região em que ocorreu o acidente. Cinco feridos foram transferidos para o Hospital São Miguel, em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina. De acordo com a instituição, todos estavam conscientes e nenhum deles corria risco de morte.
O Hospital Regional do Extremo Oeste Terezinha Gaio Basso, também em São Miguel do Oeste, recebeu 16 pacientes. Às 10h40, a instituição informou que 12 deles passavam bem, mas 4 haviam falecido. Com isso, o número de mortos no acidente subiu para 26.

Histórico
Em outubro de 2007, outra tragédia aconteceu na mesma BR-282, também perto de Descanso, matando 27 pessoas. Na ocasião, um ônibus que viajava de Chapecó (SC) para São José do Cedro (SC) com cerca de 40 pessoas chocou-se com uma carreta.
O ônibus e a carreta atingiram outro caminhão, e os três veículos caíram em uma ribanceira. Duas horas depois, outro caminhão acabou atingindo os veículos parados na pista, inclusive as equipes de resgate.