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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Antes de sair pagando contas, veja como passar 2013 sem dívidas

Ano novo...vida nova...dívidas novas? Esta é a época do ano em que há mais riscos para quem ainda não se organizou financeiramente se endividar ainda mais. O pagamento de IPVA , IPTU, material escolar e das dívidas do Natal se concentram nos primeiros meses do ano, e podem ser o divisor entre passar 2013 no azul ou no vermelho. No entanto, com algum planejamento é possível montar uma estratégia para não deixar esses gastos prejudicarem sua situação financeira. “Este início de ano é mercado por um complô de sazonalidade, porque os gastos com férias e com as festas de fim de ano se juntam à compra de material escolar e ao pagamento de IPVA e IPTU”, diz a consultora financeira Waldeli Azevedo, do programa Finanças Práticas. Segundo ela, antes de pagar essas despesas, o ideal é fazer um “retrato” da sua situação financeira, que nada mais é do que colocar no papel sua renda e seus gastos. “Mas é preciso colocar todos os compromissos na planilha, incluindo parcelamentos e empréstimos”, diz. A partir daí, a organização financeira vai ditar os próximos passos: se você conseguiu guardar parte do 13º salário, a dica é aproveitar para pagar o IPVA e o IPTU à vista. “Muitas pessoas consideram o desconto de 3% (no caso do IPVA) pequeno, mas são seis ou sete meses de aplicação na poupança”, explica Edward Claudio Junior, educador financeiro da DSOP. No caso do IPTU, o desconto chega a 6% para pagamento à vista, o que é maior que a rentabilidade desse tipo de aplicação – que está em 5,07% ao ano, com a Selic a 7,25%. Se você não guardou esse recurso extra, mas tem uma reserva, use parte dela, indica Osmar Pastore, professor do curso de administração da Faculdade Anhembi-Morumbi, de São Paulo. “Mas cuidado para não esgotar a reserva, pois pode surgir uma situação de emergência, um problema no carro, por exemplo, e você precisa ter um dinheiro para fazer frente a isso.” A coisa muda de figura se houver dívidas antigas no horizonte, ou mesmo parcelamento de gastos decorrentes das festas de fim de ano. Nesses casos, é preciso, primeiro, verificar se o orçamento permite pagar as parcelas antigas e incluir novas despesas. Essa tarefa é importante para evitar o risco de não pagar a fatura integral do cartão de crédito, ou de entrar no cheque especial. As duas modalidades de financiamento estão entre os juros mais caros praticados no mercado. “Se você vir que não vai conseguir pagar o valor total, vale a pena trocar por uma dívida mais barata”, afirma Janser Rojo, diretor da QI Financeiro Consultoria. Entre as opções estão os empréstimos pessoais com juros menores, como o consignado. Uma dica para você não perder o controle das dívidas é fazer uma lista que indique para qual instituição se está devendo, o número de parcelas restantes e os juros que incidem no caso de atraso no pagamento. Material escolar No caso do material escolar, valem as mesmas regras mencionadas acima. No entanto, há formas de minimizar o impacto desses gastos no orçamento, de acordo com a consultora financeira Waldeli Azevedo. “É preciso se preparar para a compra, olhando a lista com calma. Muitos pais pegam a lista e querem comprar logo tudo, o que é um erro”, afirma. Depois de conferir os itens, faça um levantamento do que você tem em casa e veja o que pode ser reaproveitado de um ano para o outro. “Veja com a escola quais itens vão ser usados no primeiro semestre, para saber o que poderá ser comprado por etapas”, recomenda. Pesquisar na internet também é fundamental, assim como ver o que se pode comprar em maior quantidade. Para conseguir preço melhor vale se juntar com outros pais da sala do filho ou com um grupo de amigos. “A diferença de preço pode chegar a 29% quando se compra no atacado”, afirma Waldeli. Uma dica valiosa é dividir a lista e verificar o que você pode comprar sozinho e o que pode comprar com o filho, para evitar que ele fique pedindo produtos da moda. “Assim ele participa da compra, e você ainda consegue economizar”, diz. Evite também ir às lojas nos horários de pico, para não comprar o que não precisa, complementa. Alguns itens podem ser adquiridos com preço mais em conta se você comprá-los com meses de antecedência, como mochilas e lancheiras. O uniforme de inverno você não precisa levar no início do período letivo, que ocorre no verão, diz Waldeli. “E sempre negocie descontos e formas de pagamento. É uma forma de economizar um pouco”, complementa. E para evitar passar pelo mesmo estresse em 2014, comece a se planejar agora. “Os gastos de começo de ano giram em torno de R$ 1.800, o que equivale a R$ 150 por mês. Se não tiver condições de pagar isso, guarde R$ 100 e complemente com o 13º. Já garante que no início do ano haverá um valor provisionado”, ressalta o educador financeiro Edward Claudio Junior. “Se a pessoa está vivendo isso há muitos anos, tem que escolher um momento da virada, para se comprometer que no próximo ano será diferente. Tem que sair da zona de conforto e começar a fazer uma coisa que possa dar resultado lá na frente”, diz.

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