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domingo, 20 de fevereiro de 2011

“Menudos” de Lula crescem no governo Dilma

Seja no primeiro ou no segundo escalão, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva teve jovens em postos chaves da administração. Com a alternância de poder, os servidores apelidados de “Menudos da Esplanada”, muitos com menos de 35 anos, galgaram posições e passaram a comandar grandes orçamentos e cadeiras visadas do Planalto.

Um dos exemplos mais patentes é o de Beto Vasconcelos. Aos 32 anos era subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil. Em parceria com a Advocacia Geral da União foi o responsável por elaborar defesas de Lula e de seu governo em casos de grande repercussão, como o mensalão e a extradição do italiano Cesare Batistti. Hoje, com 34 anos, avançou e se tornou secretário-executivo da Casa Civil, substituto direto do ministro Antônio Palocci na mais poderosa pasta de Dilma Rousseff.

Em seu antigo cargo, pelo qual passou o também jovem advogado Dias Toffoli, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), está outro “Menudo”: Ivo da Motta Corrêa, de 31 anos, que foi Diretor de Políticas Penitenciárias do Ministério da Justiça (MJ) no governo Lula.

Outro jovem que ampliou sua participação no poder foi Paulo Abrão. Hoje, com 35 anos, acumula a Secretaria Nacional de Justiça (SNJ) com a presidência da Comissão de Anistia do MJ (cargo que está desde 2007). É ele o responsável pela concessão de aposentadorias a pessoas perseguidas pela ditadura, pela coordenação da política de Justiça no Brasil e, através da classificação indicativa de faixas etárias, determina o que nossos filhos podem assistir na televisão, no cinema ou jogar no vídeo game.

Apesar da ascensão de alguns, nem todos deslancharam com a troca de comando na Esplanada. Pedro Abramovay, de 30 anos, era a face mais conhecida dos “Menudos”. Ele, que chegou a ser Secretário de Justiça do MJ e seria o servidor mais jovem a ocupar a direção do Escritório da ONU sobre drogas e crimes, em Viena, foi exonerado após uma entrevista em que defendeu penas alternativas para pequenos traficantes de drogas, o que desagradou Dilma Rousseff.

Ministros

Não tão jovens, mas novos para o cargo, estão dois membros do primeiro escalão de Dilma que também ganharam poder na transição de governo. Com 39 anos (faz 40 em maio), Orlando Silva conseguiu se manter no ministério dos Esportes, que será turbinado com as Olimpíadas e a Copa do Mundo.

Ainda mais jovem é o ex-ministro das Relações Institucionais de Lula e atual chefe da Saúde no governo Dilma, Alexandre Padilha. 110 dias mais novo que Orlando, o político saiu um cargo de prestigio, mas que não contava com R$ 77 bilhões para gastar em 2011.

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