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sábado, 24 de março de 2012

Polícia faz nova perícia em carro de Thor Batista neste sábado



A Polícia Civil realizou, na manhã deste sábado (24), a terceira perícia no veículo Mercedes Mclaren, de Thor Batista, filho de Eike Batista. O estudante atropelou e matou um ciclista na Rodovia Washington Luis, na Baixada Fluminense, no último sábado (17).
O objetivo dos peritos é verificar a velocidade em que o veículo estava quando atingiu o ciclista Wanderson Pereira Santos, de 30 anos. Segundo a polícia, foram realizadas várias medições no lado interno e externo do carro e nos pontos onde a bicicleta se chocou contra o Mercedes do estudante.
O delegado titular da 61ª DP (Xerém), Mario Arruda, vai continuar a ouvir outras possíveis testemunhas do acidente no inquérito policial. O laudo deverá ficar pronto em até 30 dias, de acordo com a Polícia Civil.
Laudo aponta que vítima consumiu álcool
O laudo do exame toxicológico do ciclista Wanderson Pereira dos Santos apontou a presença de 15,5 dg/L (decigramas por litro) de álcool no sangue. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil na tarde de sexta-feira (23).

O exame foi feito por peritos do Instituto Médico Legal (IML), e divulgado pela delegacia de Xerém, responsável pelo caso.
O acidente aconteceu na pista sentido Rio. Segundo o advogado Celso Vilardi, que defende o filho do bilionário, Thor estava trafegando dentro da velocidade permitida no local do acidente, e não ingeriu álcool antes de dirigir. O jovem estava acompanhado de um amigo, que também passou pelo teste do bafômetro. O delegado já descartou a hipótese de homicídio doloso.
Não é possível definir embriaguez, diz polícia
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, peritos do IML disseram que não é possível afirmar se uma pessoa está embriagada com 15,5 dc/L no sangue, já que vários fatores precisam ser levados em consideração. Entre eles, o metabolismo da pessoa, a estrutura corporal, se a pessoa estava de estômago vazio, qual o grau de resistência da pessoa ao álcool e há quanto tempo o álcool fora ingerido, itens que o exame de alcoolemia não detecta.
Já para efeito da Lei Seca, o condutor de veículo automotor não pode ter mais de 0,2 dc/L no sangue, sendo considerado índice tolerável de até 0,6 dc/L. Mas de acordo com a nova legislação, o motorista que for flagrado com nível de álcool acima do permitido (0,1 mg/l de sangue), será multado e terá carteira apreendida.
Segundo o coordenador da Lei Seca, major Marco Andrade, 0,6 dc/L de álcool no sangue equivalem a 0,3 mg/L de álcool por litro de ar, ao ser soprado no bafômetro.
Em junho de 2008 foi aprovada a Lei 11.705, modificando o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) sobre a Lei Seca, que proíbe o consumo da quantidade de bebida alcoólica superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue) por condutores de veículos.
O major considerou muito alto o nível de álcool detectado pela polícia na vítima atropelada pelo Thor Batista.

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