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domingo, 4 de março de 2012

Putin vence eleição na Rússia, indicam pesquisas de boca de urna



O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, foi eleito para um terceiro mandato de seis anos no país, indicaram neste domingo pesquisas de boca de urna divulgadas após a eleição presidencial, que lhe deram quase 60% dos votos.

Apuração de 22% das seções eleitorais mostram Putin na frente com mais de 62% dos votos, enquanto seu rival mais próximo, o comunista Gennady Zyuganov, tem cerca de 18%. Os resultados oficiais da maioria dos colégios eleitorais serão publicados na segunda-feira.

A se confirmar esse resultado, o atual premiê será eleito ainda no primeiro turno. Para evitar uma segunda rodada, é preciso que Putin supere a marca de 50% do total de votos.
Grupos de oposição dizem que a votação contou com fraudes generalizadas, com muitas pessoas votando mais de uma vez. Os ativistas convocaram protestos contra o resultado para essa segunda-feira.

Enquanto isso, segundo a polícia, mais de 110 mil se reuniram perto do Kremlin, no centro de Moscou, em uma manifestação de apoio a Putin. Slogans em faixas diziam "Putin, nosso presidente" e "Acreditamos em Putin", mas há indicações de que alguns receberam ordens para participar.

À multidão, Putin declarou vitória, afirmando: "Vencemos uma luta honesta e transparente."

A eleição presidencial vinha sendo questionada por vários russos após Putin ter anunciado que faria, na prática, um ''revezamento'' com o atual presidente, Dimitri Medvedev, que foi o seu primeiro-ministro durante a sua presidência, e que agora deve retomar o antigo cargo.

Eleição polêmica

A eleição ocorreu no domingo em toda a Rússia. Putin governou o país de 2000 a 2008, mas como a Constituição russa impede que um presidente se candidate a um terceiro mandato consecutivo, abriu lugar para Medvedev na presidência e atuou como primeiro-ministro nos últimos quatro anos.

A votação ocorreu em meio a uma forte onda de protestos, indignação popular e ceticismo, provocada por acusações de que teriam ocorrido fraudes generalizadas a favor do partido de Putin, Rússia Unida, nas eleições parlamentares de dezembro.

A fim de aplacar os críticos, Putin anunciou a instalação de webcams nos 90 mil postos eleitorais do país, mas muitos na Rússia e entre a comunidade internacional questionam a eficácia da iniciativa. Em um relatório, a Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) afirmou que ''câmeras não podem capturar todos os detalhes do processo de votação, em especial a contagem de votos''.

Uma missão conjunta da OSCE e do Conselho Europeu formada por 250 pessoas monitorou as eleições. Milhares de russos se voluntariaram como fiscais eleitorais e receberam treinamento para saber identificar e denunciar possíveis fraudes.

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