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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Na estreia, Serra ataca Dilma e petista alfineta governo anterior

Sem as sombras das punições por campanha antecipada, os presidenciáveis estrearam oficialmente na campanha eleitoral deste ano com direito a tumulto e troca de farpas. A partir de hoje, os candidatos estão oficialmente autorizados a fazer propaganda em busca de votos, com direito a utilizarem carros de som e organizar comícios.

Em Curitiba para a ocasião, o tucano José Serra (PSDB) aproveitou a viagem para criticar novamente a rival Dilma Rousseff (PT) por evitar a participação de debates. "Parece que a candidata Dilma não sabe por que quer ser presidente. Está chegando ao exagero em matéria de omissão e de comparação", afirmou o tucano, que passou o dia em companhia do candidato de seu partido ao governo paranaense, Beto Richa.


Foto: Agência Estado
Serra lança campanha em Curitiba, no Paraná
Serra também comentou as diretrizes do programa de governo entregue pelo PT à Justiça Eleitoral. Numa referência ao fato de o texto já ter sofrido alterações no Congresso Nacional do partido, Serra disse que "o segundo remendo" foi mal feito. E voltou a investir na tese de que os petistas têm "duas caras" - com fama de carrancudo, o tucano declarou em eleições passadas que sua "cara é feia, mas é uma só".

"Não são duas caras, são várias caras", disse o tucano desta vez, em referência à lista de propostas de Dilma. Sobre seu próprio programa de governo, o tucano disse que as diretrizes do PSDB foram minuciosamente escritas e detalhadas. Ontem, ao registrar sua candidatura, Serra reproduziu discursos feitos em 10 de abril e 12 de junho como síntese do seu programa de governo.

Em Porto Alegre para a largada, Dilma não bateu de frente com o rival. Ainda assim, aproveitou a chance para exaltar a imagem positiva conquistada pelo Brasil no exterior durante o governo Lula, em uma alfinetada à administração anterior, liderada pelo tucano Fernando Henrique Cardoso.

No lançamento da campanha, ao lado de Tarso Genro, Dilma afirmou querer ser presidente para “continuar mudando o país”.
"Hoje somos um povo de cabeça erguida, não falamos humildezinhos com os países desenvolvidos", ironizou. Por duas vezes, a petista afirmou que quer ser presidente para “continuar mudando o País”.

Acompanhada do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, a petista acabou tendo que desistir de almoçar na praça de alimentação do Mercado Público de Porto Alegre, devido ao tumulto provocado pela visita. Acabou optando por fazer a refeição longe da militância, com a filha Paula, que vive na capital gaúcha.

Improviso

Enquanto Dilma e Serra já colocavam em prática as agendas preparadas desde o último fim de semana, a senadora Marina Silva ainda acertava na manhã de hoje os detalhes de suas atividades para o primeiro dia de campanha. A campanha foi aberta com a inauguração da primeira “Casa de Marina”, espécie de comitê eleitoral doméstico e voluntário, no Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. Mas o promotor de vendas Adriano Prado Costa Silva, militante do PV, só foi avisado que sua casa seria transformada em comitê às 8h30.

De última hora, Marina inaugurou comitê domiciliar
Até a noite de segunda-feira, a coordenação da campanha trabalhava com a possibilidade de que o início da campanha fosse no Rio de Janeiro com a participação do candidato ao governo do Estado, o deputado Fernando Gabeira (PV). Mas Gabeira cancelou seus compromissos de campanha alegando que precisava ir a Brasília para votar a regulamentação do pré-sal, colocada em pauta na tarde de segunda-feira pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), candidato a vice na chapa de Dilma.

Marina minimizou o desencontro. “A ideia da agenda do Gabeira surgiu mas o Movimento Marina Silva já estava planejando esta agenda (a inauguração da ‘Casa de Marina’) há muito tempo. Obviamente o Gabeira é deputado e tem que cumprir com suas responsabilidades”, disse ela.

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