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terça-feira, 3 de agosto de 2010

País vive cenários extremos no desemprego

O Brasil vive um período favorável no emprego, com a geração de mais vagas com carteira assinada e aumento na renda média do trabalhador. Mas apesar de a taxa de desemprego atingir 7% em junho, uma das mais baixas da história, o dado frio da estatística nacional não revela os extremos da realidade do emprego.

Enquanto a região metropolitana de Porto Alegre registra uma taxa de desemprego de 4,7%, a mais baixa contabilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), numa situação considerada pelos economistas de pleno emprego, a Grande Salvador possui um índice de 12%, o mais alto do País, cinco pontos acima da média nacional.

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“O setor de serviços e a indústria do turismo são os grandes geradores de empregos em Salvador”, diz o economista da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, Luiz Chateaubriand, especializado na questão de emprego e renda.

Em junho, a Grande Salvador tinha 1,560 milhão de pessoas ocupadas, das quais cerca de 924 mil no setor de serviços, que também engloba as atividades ligadas ao turismo.

“Mas com a crescente formalização dos trabalhadores, o emprego autônomo, como o dos vendedores ambulantes, está perdendo importância e muita gente com um trabalho informal tem buscado uma oportunidade de emprego com proteção social e todos os direitos trabalhistas. Isso contribui para manter elevada a taxa de desocupação na região”, analisa o especialista.

Apesar dos sucessivos avanços verificados nos últimos anos, a região metropolitana de Salvador ainda carece de uma estrutura econômica capaz de gerar uma grande quantidade de empregos e suprir a demanda de mão de obra de forma mais intensa.

No Rio Grande do Sul, o economista Raul Bastos, coordenador do Núcleo de Análise de Emprego e Desemprego da Fundação de Economia e Estatística (FEE), diz que o aumento na geração de empregos formais, com carteira assinada, principalmente na área da indústria de transformação influenciou diretamente a redução do desemprego na região metropolitana de Porto Alegre nos últimos meses.

“O setor de serviços segue tendo um grande peso na geração de empregos, mas a indústria vem apresentando um forte incremento. O setor foi o mais afetado pela crise econômica e agora, com o crescimento do consumo e a retomada dos investimentos em produção, o segmento voltou a gerar postos de trabalho”, explica.

Segundo Bastos, em junho foram geradas na região metropolitana de Porto Alegre cerca de 22 mil vagas formais na indústria, cerca de 9 mil na construção civil, 6 mil postos no setor de serviços e outros 6 mil empregos no comércio, de acordo com dados coletados pela FEE.

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