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sábado, 11 de setembro de 2010

Atentado que mudou o mapa político mundial completa nove anos hoje

Há exatos nove anos, um atentado terrorista mudou para sempre os Estados Unidos e o mundo, levando destruição, morte e pânico a um lugar até então intocado pelas guerras há mais de 200 anos: o território norte-americano. No dia 11 de setembro de 2001, dois aviões pilotados por extremistas muçulmanos se chocaram contra as imponentes torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, matando mais de 3.000 pessoas. E o mundo nunca mais foi o mesmo.

Na manhã deste sábado, homenagens foram realizadas em vários pontos do país para relembrar os nove anos do atentado. As principais ocorreram na região onde estavam os edifícios do World Trade Center, hoje conhecida como Marco Zero. O presidente Barack Obama está presente no evento da capital, Washington.

Os atentados representaram muito mais que um mero ataque de terroristas contra cidadãos inocentes em uma grande cidade. Eles provocaram uma profunda mudança no mapa político mundial, ainda em processo de reorganização após o fim da Guerra Fria. Cerca de dez anos após o colapso do comunismo e da tensão entre os Estados Unidos e União Soviética, um novo e poderoso inimigo surgia nos discursos dos líderes norte-americanos: o terrorismo.

O impacto dos atentados foi enorme, a ponto de o dia em que eles ocorreram ganhar um novo e intenso sentido próprio. Hoje se fala em 11 de setembro não como uma data, mas como um acontecimento, algo que sintetiza toda uma era de medo surgida deste então.

Bin Laden

O autor intelectual dos atentados não demorou a se apresentar ao mundo, tornando-se uma espécie de celebridade do noticiário internacional. Osama bin Laden, herdeiro de uma milionária família saudita da indústria petrolífera, já integrava há anos a lista de homens mais procurados pelos Estados Unidos, na condição de comandante da organização terrorista Al-Qaeda. Após o 11 de setembro, ele se consolidou como inimigo público número 1 do Ocidente.

Já com o status de terrorista mais procurado da história, bin Laden apareceu diversas vezes em vídeos, com mensagens contra os Estados Unidos e seus aliados e apresentando uma visão particular da Jihad, a guerra santa.

O chefe da Al-Qaeda pregava contra a intervenção política e econômica promovida pelos Estados Unidos e Europa no Oriente Médio. Também criticava a cultura e o modo de vida dos países ocidentais. Para ele, estes países eram a encarnação do Grande Satã.

Represália

O ataque a Nova York motivou uma reação imediata dos Estados Unidos. O então presidente George W. Bush declarou uma “guerra ao terror”, realizando a ocupação do Afeganistão. Segundo o líder norte-americano, o país da Ásia Central era o centro de operações da Al-Qaeda, contando com o apoio do Taleban, organização islâmica extremista que governava o país desde 1996.

Um grande contingente das Forças Armadas foi mobilizado pelos Estados Unidos ao Afeganistão para derrubar o Taleban e encontrar bin Laden. O governo foi deposto e aliados dos norte-americanos ocuparam seu lugar, mas a guerra continua até hoje. Bin Laden não foi encontrado até agora e os talebans iniciaram uma série de atentados na busca para recuperar o poder.

Desde então, a “guerra contra o terror” envolveu vários outros países, como o Iraque, Irã e Paquistão, além de incluir a interminável questão palestina. Nove anos depois, os conflitos estão longe de acabar.

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