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segunda-feira, 7 de março de 2011

Obama: EUA e Otan avaliam opção militar contra violência na Líbia

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que os EUA e a Organização do Atlântico Norte (Otan) ainda consideram uma resposta militar para a violência na Líbia. Falando na Casa Branca, Obama disse que os EUA ficarão ao lado da população líbia enquanto ela enfrenta uma violência "inaceitável". Ele também disse que autorizou um adicional de US$ 15 milhões em auxílio humanitário ao país.

O líder americano enviou uma forte mensagem ao líder líbio, Muamar Kadafi, dizendo que ele e seus partidários serão responsabilizados pela violência. Aviões líbios lançaram ataques múltiplos nesta segunda-feira contra rebeldes da oposição no segundo dia de uma dura repressão do governo para impedir o avanço opositor para a capital, Trípoli.
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que os EUA e a Organização do Atlântico Norte (Otan) ainda consideram uma resposta militar para a violência na Líbia. Falando na Casa Branca, Obama disse que os EUA ficarão ao lado da população líbia enquanto ela enfrenta uma violência "inaceitável". Ele também disse que autorizou um adicional de US$ 15 milhões em auxílio humanitário ao país.

O líder americano enviou uma forte mensagem ao líder líbio, Muamar Kadafi, dizendo que ele e seus partidários serão responsabilizados pela violência. Aviões líbios lançaram ataques múltiplos nesta segunda-feira contra rebeldes da oposição no segundo dia de uma dura repressão do governo para impedir o avanço opositor para a capital, Trípoli.
Segundo a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, os EUA estão longe de uma decisão sobre a questão. "Há muita prudência em relação às ações que poderíamos empreender em âmbitos distintos do apoio a missões humanitárias", acrescentou.

O chanceler britânico, William Hague, disse no domingo que a zona de exclusão aérea sobre a Líbia ainda está no estágio inicial de planejamento e descartou o uso de forças terrestres.

Opções militares dos EUA

Os analistas de defesa dos Estados Unidos estão preparando uma série de opções militares para a Líbia no caso de Washington e seus aliados decidirem intervir no país, informou o jornal New York Times. O jornal, que cita fontes anônimas do governo, uma das opções em análise seria a simples interferência nos sinais de aviões no espaço aéreo internacional, o que confundiria as comunicações do governo líbio com as unidades militares.

A mais recente força americana a se aproximar, apesar de com uma certa distância, de Trípoli, capital do país do norte da África, é a 26ª Unidade Expedicionária da Marinha, a bordo de dois navios anfíbios, o Kearsarge e o Ponce, segundo o NYT.

A unidade tem uma força completa por ar, mar e terra que pode avançar rapidamente por centenas de quilômetros. Segundo o jornal, outra tática seria fornecer armas e outros materiais aos rebeldes líbios. Outras opções incluem a inserção de pequenas equipes especiais de operações para auxiliar os rebeldes, como aconteceu no Afeganistão para derrubar a milícia islâmica do Taleban em 2001.

Essas equipes são treinadas para melhorar a eficiência dos combatentes com muita rapidez, com treinamento, equipamento e liderança, completou o New York Times.

Combates em terra

As discussões sobre a intervenção internacional e o estabelecimento da zona de exclusão aérea acontecem enquanto se intensificam os confrontos na Líbia, com os rebeldes anti-Kadafi afirmando que tentam se reagrupar após uma ofensiva aérea e terrestre lançada por forças leais ao líder líbio.

Nesta segunda-feira, aviões militares de Kadafi bombardearam Ras Lanouf, no leste do país, um estratégico enclave petrolífero controlado pelos rebeldes desde sexta-feira. As duas bombas, porém, não deixaram vítimas ao atingir uma zona desértica. Um dia antes, uma forte ofensiva governista paralisou o avanço rebelde para Sirte, cidade natal e reduto de Kadafi localizado a 200 quilômetros de Ras Lanouf.

Mohamad Samir, um coronel do Exército que luta ao lado dos opositores, disse à Associated Press que suas forças precisam de reforços do leste depois do revés de domingo. "As ordens são para ficar aqui e guardar a refinaria, porque o petróleo é o que faz o mundo andar", disse o guerrilheiro rebelde Ali Suleiman, falando de um dos postos de controle estabelecidos nos arredores de Ras Lanouf.

Os confrontos de domingo pareceram indicar o início de uma nova fase no conflito, com o regime de kadafi recorrendo a seu poder aéreo contra rebeldes que tentam pôr fim a seu governo de quase 42 anos. O pesado uso de bombardeios expõe a preocupação do regime de que é necessário supervisionar o avanço rebelde em direção a Sirte.

As forças anti-Kadafi teriam um impulso moral se capturassem a cidade, e isso tiraria do caminho um grande obstáculo na marcha para Trípoli. O levante contra Kadafi, que começou em 15 de fevereiro, vem sendo mais sangrento do que as revoltas relativamente rápidas que depuseram os líderes autoritários dos vizinhos Egito e Tunísia.

A Líbia parece se encaminhar para uma guerra civil que pode durar por semanas ou até mesmo meses. Ambos os lados parecem ser relativamente fracos e mal treinados, apesar de as forças de Kadafi ter a vantagem em número de membros e em equipamentos.

Centenas, se não milhares, morreram desde o início da turbulência - as fortes restrições à imprensa tornam quase impossível conseguir um total preciso. Mais de 200 mil deixaram o país, sendo a maioria trabalhadores estrangeiros. O êxodo está criando uma crise humanitária através da fronteira com a Tunísia - outro país do norte da África em tumulto depois da mobilização que levou à renúncia de Zine El Abidine Ben Ali.

Se os rebeldes continuarem a avançar, mesmo que lentamente, a grande dependência de Kadafi no poder aéreo poderia estimular o Ocidente a impor a zona de exclusão aérea sobre o país. A ONU já impôs sanções contra a Líbia, e os EUA moveram suas forças militares para mais perto da área costeira do país enquanto exige a renúncia de Kadafi.

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