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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Com voto contra do Brasil, ONU aprova sanções contra o Irã

O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quarta-feira novas sanções contra o Irã, pela quarta vez desde 2006, para tentar convencer Teerã a suspender suas atividades nucleares sensíveis. As informações são da AFP.

Foram 12 votos a favor da resolução. O Líbano se absteve, enquanto Turquia e Brasil votaram contra.

As sanções foram reivindicadas pelos Estados Unidos, e contou com o apoio da maior parte dos países integrantes do Conselho de Segurança. Os norte-americanos acusam o governo de Mahmoud Ahmadinejad de realizar pesquisas nucleares com o objetivo de criar bombas atômicas, o que Teerã nega.

Com a decisão da ONU, as potências ocidentais ignoram o acordo firmado entre o governo iraniano com o Brasil e a Turquia para evitar as sanções. Teerã enviaria o urânio para Ancara, onde seria enriquecido. O material seria então reenviado ao Irã, para utilização com fins pacíficos.

Votação

Os 15 países do Conselho se reuniram para votar a proposta de resolução, resultado de cinco meses de negociações entre EUA, Grã-Bretanha, França, China, Rússia e Alemanha.

Segundo informações da agência Reuters, as quatro potências ocidentais queriam medidas mais duras, inclusive contra o setor energético iraniano, mas Pequim e Moscou conseguiram diluir as punições previstas no documento de dez páginas.

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse na terça-feira no Equador que estas serão "as sanções mais significativas que o Irã jamais enfrentou".

O Irã rejeita as acusações ocidentais, alegando que suas atividades de enriquecimento de urânio estão voltadas apenas para fins pacíficos, como geração de energia e pesquisas médicas.

Itens

A resolução prevê restrições a mais bancos iranianos no exterior, caso haja suspeita de ligação deles com programas nuclear ou de mísseis. Estabelece também uma vigilância nas transações com qualquer banco iraniano, inclusive o Banco Central.

Além disso, ela amplia o embargo de armas contra o Irã e cria entraves à atuação de 18 empresas e entidades, sendo três delas ligadas às Linhas de Navegação da República Islâmica do Irã, e as demais vinculadas à Guarda Revolucionária. No documento original, os Estados Unidos pretendiam atingir até 41 instituições.

A resolução estabelece também um regime de inspeção de cargas, semelhante ao que já existe em relação à Coreia do Norte.

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