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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Israel instala comissão para investigar operação contra comboio

O gabinete de Israel aprovou nesta segunda-feira (14) a instalação de um inquérito israelense sobre a operação militar contra um comboio que levaria ajuda humanitária à Gaza. A comissão deve incluir dois observadores estrangeiros após pedidos internacionais por uma investigação imparcial.
Conforme havia anunciado, no domingo, um comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahua, a comissão será presidida pelo juiz aposentado da Corte Suprema israelense Yaakov Tirkel, de 75 anos, e "investigará os aspectos relativos às ações tomadas pelo Estado de Israel para impedir que os barcos chegassem à costa de Gaza no dia 31 de maio".
Os dois observadores estrangeiros são o prêmio Nobel da Paz irlandês David Trimble, ex-político protestante, e o ex-procurador geral do exército canadense Ken Watlkin.
Irritada pela morte de nove ativistas turcos pró-Palestina, a Turquia disse que a proposta de inquérito é parcial e reiterou pedidos de uma investigação comandada pela Organização das Nações Unidas.
"A investigação de um lado só de Israel não é válida para nós. Queremos que uma comissão seja estabelecida sob controle direto das Nações Unidas", disse o ministro turco do Exterior, Ahmet Davutoglu, em entrevista coletiva em Ancara, nesta segunda-feira.
"Se Israel não atender às exigências turcas, a Turquia tem o direito de revisar as relações e adotar medidas", acrescentou.
Elogio
A Casa Branca, em busca de acalmar as relações entre Israel e Turquia, dois importantes aliados dos EUA no Oriente Médio, elogiou a proposta de inquérito israelense, e disse que Israel tem capacidade de conduzir uma investigação justa.
A operação militar israelense no dia 31 de maio para impedir que o comboio de seis navios rompesse um bloqueio imposto à Faixa de Gaza, comandada pelo grupo islâmico Hamas, abalou as relações entre os, até então, próximos aliados Israel e Turquia.
A Turquia retirou seu embaixador em Israel e cancelou exercícios militares conjuntos. O governo turco também pediu o fim do bloqueio à região que abriga 1,5 milhão de palestinos.
Entenda o caso
Nove ativistas turcos foram mortos quando soldados israelenses invadiram os barcos em águas internacionais no dia 31 de maio.
Os seis barcos, que levavam ativistas e 10 toneladas de ajuda, tentavam furar o bloqueio israelense a Gaza, que já dura três anos.
Os ativistas dizem que os soldados atiraram sem provocação.
Já Israel afirma que suas tropas agiram em legítima defesa quando foram atacadas ao tentarem entrar em um dos barcos.

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