A "gota d'água", segundo Ferreira, foi o lançamento da candidatura de Luiz Bassuma ao governo da Bahia. "Ele é contra várias bandeiras do PV, e nós somos parte do governo (do governador Jaques Wagner, do PT)", ataca. "Não é compreensível, não é legítimo que a gente passe para a oposição da noite para o dia".
Ex-vereador na cidade de Salvador, Ferreira é entusiasta da candidatura de Wagner à reeleição na Bahia. Na esfera federal, vem defendendo voto na ministra da Casa Civil, a também petista Dilma Rousseff.
"A maneira de eu ser coerente é suspender minha filiação", argumenta o ministro, que não vislumbra mudar de partido pelos próximos doze meses, período de duração de seu afastamento.
- Como se diz no Carnaval da Bahia, hoje eu sou um cidadão pipoca: vou brincando sem pertencer a nenhuma agremiação.
"Quando a gente se separa, passa o tempo que os psicanalistas chamam de luto; eu tenho 22 anos de militância no PV, não é como trocar uma camisa", diz o ministro ao justificar a opção pela suspensão, e não pela desfiliação em definitivo do partido. "Minha indignação é que o partido está ficando conservador em termos comportamentais e fazendo alianças pela direita".
Apesar das discordâncias, Ferreira evita tecer críticas à candidatura de Marina Silva. "O PV tem direito de lançar candidato, ela é gabaritada e íntegra, além de ser uma pessoa representativa", avalia. "O problema não é a candidatura da Marina, e sim como ela está sendo construída".
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