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quinta-feira, 25 de março de 2010

PSDB não vai bancar salário de Serra

O governador de São Paulo, José Serra, vai ter de bancar do próprio bolso suas despesas pessoais a partir da semana que vem, quando deixará o cargo para disputar a Presidência da República na eleição de outubro.

O PSDB já avisou ao pré-candidato que – apesar de saber que ele não poderá mais contar com o salário do Palácio dos Bandeirantes – o partido não vai custeá-lo. Segundo o presidente da legenda, senador Sérgio Guerra (PE), "porque simplesmente essa não é uma tradição nossa".

Diferentemente do PSDB, o PT já decidiu que pagará à principal adversária de Serra, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, um salário que deve ficar por volta de R$ 10 mil. Dilma também vai deixar a pasta até o final do mês e, sem o cargo, não terá direito aos R$ 10,7 mil que recebe como ministra.

Além disso, por força da lei, ela não receberá o salário da Fundação de Economia e Estatística, órgão ao qual é vinculada, uma vez que estará licenciada.

“Serra não vai receber nem nunca recebeu. O estatuto do PSDB proíbe que membros do diretório regional sejam remunerados pelo próprio partido”, justificou Sérgio Guerra.

Nas campanhas anteriores, o PSDB disse que não pagou salários aos então candidatos Serra (2002) e Geraldo Alckmin (2006).

Tucanos envolvidos na pré-campanha disseram que o partido vai arcar com despesas de cunho político que Serra participar até julho, quando acontecerá a convenção que oficializa a campanha. Nestes custos estão inclusos aluguel de jatinhos e hospedagens em cidades visitadas.

Já Dilma Rousseff, quando questionada sobre o desembolso de seu partido, respondeu: “Posto que eu não posso viver de brisa e não sou rica, vou ter que ter uma salário do PT.”

A pré-candidata também terá sua moradia em Brasília bancada pelo partido assim que deixar o ministério, pois terá que desocupar o apartamento funcional na cidade.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse que o aluguel da mansão, no Lago sul, área nobre de Brasília, deverá custar aos cofres do partido “de R$ 10 mil a R$12 mil por mês”.

O governador Serra não deve ter uma casa custeada pelos cofres do PSDB porque tem residência fixa em São Paulo, no alto de Pinheiros.

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