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sexta-feira, 5 de março de 2010

Sindicato das videolocadoras pede boicote a "Lula, o Filho do Brasil"

O Sindicato das Videolocadoras do Estado de São Paulo (Sindemvideo) defende o boicote em todo o Brasil ao filme "Lula o Filho do Brasil", do cineasta Fábio Barreto. Em carta distribuída pela internet desde quarta-feira, o sindicato alega que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez gestos que incentivam a pirataria.

O boicote seria uma forma de chamar a atenção das autoridades. O presidente do sindicato, Luciano Tadeu Daniami, se filiou em 2007
ao PPS, partido de oposição ao governo.

"A sugestão é como primeira providência, não um boicote às distribuidoras, não um boicote de filmes, mas sim a não aquisição do filme "Lula, o Filho do Brasil", para que possamos provar a nossa força, e nossa indignação à pirataria desenfreada em todo o território nacional, onde nossas autoridades classificam este crime como não prioridade", diz a carta.

Segundo Damiani, o boicote não tem caráter eleitoral. "Não é campanha, não. É preciso chamar atenção das autoridades porque as videolocadoras estão acabando no Brasil", disse ele. De acordo com Damiani, no ano passado cerca de 400 das 2.400 videiolocadoras do estado de São Paulo fecharam as portas. O principal motivo é a pirataria.

"Antes isso acontecia às escondidas, em pequena escala. Agora tem uma banca da DVDs piratas em cada esquina", afirmou.

Conforme Damiani, Lula fez gestos que podem ser interpretados com incentivo à pirataria pelo menos duas vezes. Na primeira delas, em 2005, o presidente viu uma cópia pirata de "2 Filhos de Francisco" no avião presidencial durante uma viagem.

A segunda teria ocorrido na exibição de "Lula o Filho do Brasil" no Palácio da Alvorada. Segundo notícias de jornais, o presidente teria pedido uma cópia do filme ao produtor Luiz Carlos Barreto que disse não ter feito cópias para evitar a pirataria. "Este filme não vai ter cópia pirata?", teria questionado o presidente.

Para o Sindemvideo, a frase é um incentivo à pirataria. Além disso, o governo federal teria responsabilidades pois o combate ao contrabando de DVDs é atribuição da Polícia Federal. Damiani não disse se pretende fazer algum protesto em relação ao governo estadual de São Paulo, que controla as polícias civil e militar, responsáveis pelo combate à
venda dos produtos piratas, mas lembrou já ter feito protestos na prefeitura.

"Isso não tem nada de político. Só queremos evitar que nossa categoria desapareça do mapa", disse Daminiani.

Perguntado sobre os prejuízos que o boicote pode causar à LC Barreto, produtora do filme e que também é vítima da pirataria, o prisidente do Sindemvideo respondeu: "o maior prejudicado, na verdade, pode ser o consumidor".

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