Após registrar imagens contendo flagrantes do funcionamento do jogo do bicho nas proximidades de delegacias e batalhões da Polícia Militar no Rio de Janeiro, órgãos vinculados à Secretaria Pública do Estado, a Polícia Federal divulgou nota, nesta sexta-feira, para afirmar que não promove uma “guerra contra cidadãos ou instituições”.
Policiais podem ser expulsos por envolvimento com caça-níqueis
Segundo noticiou os jornais “O Globo” e Extra”, que tiveram acesso a parte das filmagens e ao dossiê elaborado pelos agentes federais, o relatório continha duras críticas à suposta omissão da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Na tarde desta sexta-feira, a PF se apressou em divulgar a nota, afirmando que conta com o “apoio” da secretaria. “Na repressão à prática de jogo clandestino associada a outras modalidades criminosas sempre que se depara com a participação de policiais civis ou militares, como no caso da recente operação ‘Alvará’, [a Polícia Federal] tem contado com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, com quem mantém relações de respeito, profissionalismo e cordialidade”, informou a nota.
O fragrante registrado pela PF deu origem a um relatório que foi encaminhado ao procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, que não investigou o caso.
Em nota divulgada no mesmo dia, o Ministério Público do Rio informou que o documento foi encaminhado para a coordenação da 1ª Central de Inquéritos, que requisitou, em 10 de fevereiro de 2010, a instauração de inquérito policial junto à Corregedoria de Polícia Civil para apurar possível omissão de agentes da corporação no combate à contravenção penal.
Segundo a nota, cópias da portaria foram remetidas ao secretário de Estado de Segurança Pública e ao Chefe de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
O caso, diz a Promotoria, é investigado pelo delegado da Polícia Civil Juber Baesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário