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quinta-feira, 15 de abril de 2010

ONU: assassinato de Benazir Bhutto poderia ter sido evitado

O assassinato da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto, em dezembro de 2007, poderia ter sido evitado com medidas de segurança adequadas, concluiu uma investigação independente realizada pela ONU e divulgada nesta quinta-feira.
Segundo o informe da ONU, a polícia paquistanesa fez deliberadamente fracassar a investigação sobre a morte da política. "O fracasso da investigação foi deliberado", acusou o informe.
Os policiais, "em parte temendo o envolvimento das agências de inteligência, estavam incertos sobre como deveriam atuar, mesmo sabendo, como profissionais, o que deveriam ter feito", acrescentou.
O informe disse também que a investigação do Paquistão "perdeu a direção, foi ineficaz e sofreu com a falta de interesse em identificar e trazer todos os criminosos à justiça". Acrescenta ainda que era dever das autoridades paquistanesas promover uma "séria e confiável investigação que determinasse quem planejou, ordenou e executou esse crime hediondo... e trazer os responsáveis à justiça".
O painel destaca que a responsabilidade na segurança de Bhutto no dia de seu assassinato repousava sobre "o governo federal, o governo de Punjab e o distrito policial de Rawalpindi". "Nenhuma dessas entidades tomou as medidas necessárias para agir nas extraordinárias e urgentes situações de risco que ocorreram", acrescentou.
Bhutto, a primeira mulher a se tornar primeira-ministra de um país muçulmano, foi morta no dia 27 de dezembro de 2007 em um ataque suicida e armado quando voltava de um comício em Rawalpindi, uma cidade próxima a Islamabad. Os partidários de Bhutto lançaram dúvidas em uma investigação inicial paquistanesa sobre sua morte, questionando se ela foi morta com um tiro ou na explosão, e perguntando a mudança da cena do crime poucos minutos após a morte de Bhutto.

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